Posts da categoria “Internet”
O valuation-tion, o valuation... (e os sites de compra coletiva)
2011-03-27 15:45:26 +0000
Daí que o Facebook outro dia foi avaliado em 75 bilhões de dólares. Setenta e cinco. Bilhões.
A boa notícia é que não, isso não é uma segunda bolha de internet, então eu não devo perder meu novo emprego. A má notícia é que, na verdade, isso é tipo um esquema de pirâmide para venture capitalists. De qualquer forma, sempre tem alguém que perde muito dinheiro nessas histórias de "eu acho que tal coisa vale tanto".
E na real, eu acho um erro terrível estimar o valor de qualquer empresa de internet. Pra começar, você está usando métodos de valuation criados para um tipo de "ecossistema econômico" que é completamente diferente do que existe hoje na internet. Coisas que tem muito valor no offline podem não valer tanto assim no online, como por exemplo - ahá! - a informação.
"Ah, mas o Google tem ganhado muito dinheiro lidando justamente com informação", você deve estar pensando. Na verdade o grande segredo do Google é prover os meios de acesso à informação relevante e, na sequência, colocar os anunciantes pra venderem seus produtos no lugar onde as pessoas estão procurando por eles. O segredo de ganhar dinheiro com a internet continua sendo o de sempre: usar o meio digital para provocar um negócio no mundo real.
E o Facebook ainda está engatinhando neste sentido...
Update: perguntaram nos comentários o que eu acho do Groupon, avaliado em 25 bilhões, e que de fato provoca negócios no mundo real. Só que aí existe um problema muito sério... tanto que em 1962 (veja bem, quarenta e nove anos atrás), David Ogilvy já falava da falácia dos descontos, em seu livro "Confissões de um publicitário" (grifos meus):
Hoje em dia o mundo da publicidade enfrenta quatro problemas com dimensões críticas.
O primeiro problema é que os fabricantes de produtos de largo consumo, que sempre foram o fundamento da publicidade, estão gastando hoje duas vezes mais em acordos de descontos do que em publicidade. Eles estão obtendo volume através do desconto de preços, em vez de usar a publicidade para construir marcas fortes. (...)
Andrew Ehrenberg, da London Business School, é dono de uma das maiores inteligências do marketing hoje em dia. Ele relata que uma oferta de preço reduzido pode levar as pessoas a experimentarem uma marca, mas elas voltam para suas marcas habituais como se nada tivesse acontecido. (...)
Promoções de desconto são como drogas. Pergunte a um gerente de produto viciado o que aconteceu com seu market share depois que o delírio do desconto acabou. Ele mudará de assunto. Pergunte-lhe se o acordo incrementou os seus lucros. Mais uma vez ele vai mudar de assunto.
Ou seja, no caso do Groupon e demais sites de compra coletiva, o que se tem é o uso do meio digital pra provocar um problema de negócio no mundo real.
The ChatRoulette Piano Improv Guy (e uma reflexão sobre a infinita criatividade da internet)
2010-03-16 00:51:15 +0000
A modinha do momento na Internet é o ChatRoulette.com, onde você se conecta com sua câmera pra conversar com outro usuário do site, escolhido aleatoriamente em alguma parte do mundo. Quando você se cansa, dá "next" e o site sorteia outro anônimo pro seu prazer voyeurístico.
Então imagine só: você está "zapeando" pelo ChatRoulette e, de repente, aparece um cara sentado ao piano. E de repente o cara começa a cantar e tocar, de improviso. E ele está cantando e tocando sobre VOCÊ.
Este, meus amigos, é o ChatRoulette Piano Improv Guy.
É por coisas assim que eu amo a internet. Não pelo vídeo em si, mas pelo fato de que a rede tá aí há algumas décadas e, enquanto todas as outras mídias caíram num ciclo de repetição de velhas fórmulas para continuar rentáveis, a internet demonstra uma criatividade que aumenta exponencialmente a cada dia e que não parece ter fim.
Também é interessante notar a inversão do ciclo criativo "ideia-ferramenta". Antes as pessoas tinham ideias de ferramentas e as implementavam. Agora as pessoas implementam ferramentas, depois vem os usuários e têm as ideias. Uma busca no YouTube por "ChatRoulette reactions" mostra inúmeras pegadinhas e brincadeiras engraçadas que já se inventou no ChatRoulette (uma das minhas prediletas é essa). A ferramenta que nasceu para entreter apenas como chat ganhou vários novos usos e teve seu potencial de entretenimento quintuplicado pelos próprios usuários. E tudo espontaneamente, como os improvisos cantados pelo Piano Guy.
P.s.: Enquanto o mundo esbanja criatividade, os brasileiros seguem só na picaretagem, chupinhando todas as ideias gringas que surgem na internet. Já ouviu falar no CataPapo.com.br? Pois é.
Update (20/03): Segundo a jornalista Flávia Durante, o pianista é ninguém menos que Ben Folds.
Update (21/03): Não é o Ben Folds, e sim um tal de Merton. Mas aí - e olha como é a magia da Internet - o próprio Ben Folds fez um vídeo em tributo ao Merton, imitando-o num show.
O fim de um relacionamento
2009-07-24 22:44:32 +0000
Lembra da minha “lojinha de MP3 predileta” da internet, a eMusic, que tem até uma categoria de posts nesse blog e era onde eu comprava (sim, COMPRAVA) todas as minhas músicas? Minha relação com ela deu uma guinada e passou de namoro intenso para divórcio azedo, daqueles com advogados, porta na cara e agressividade velada.
Começou com um acordo que ela fez com a Sony (e que provocou um aumento de preços) e culminou nisso aí embaixo:
Então é isso, indústria fonográfica. Já que você está PEDINDO pra eu baixar música no torrent, é isso que eu vou fazer.
Manhê, olha eu na velha mídia…
2009-07-13 16:07:19 +0000
Isso aí é a Revista TI Digital de julho, cuja matéria de capa são as APIs. Como meu filho querido (o Blablabra) usa várias delas, a matéria contém uma breve entrevista comigo e um tutorialzinho que montei sobre a API do Google Chart, que o Blablabra usa pra montar seus gráficos.
Uma internet cada vez mais síncrona
2009-06-04 18:34:19 +0000
O boom do Twitter, o (atualmente meio esquecido) YouTube Live, e agora o Google lançando o Google Wave deixam uma tendência bem óbvia no mundo online: conteúdo cada vez menos assíncrono e cada vez mais em tempo real.
Pensa bem: antes o conteúdo ficava lá guardado, parado num site, numa caixa postal ou num agregador de RSS, esperando a hora que você quisesse acessá-lo. Claro, haviam os instant messengers, mas eles sempre pareceram estar meio à parte do resto. Agora você tem experiências como as transmissões do Roda Vida, da TV Cultura, na internet, com sua tela subitamente mostrando vídeo ao vivo num canto e, no outro, os comentários feitos numa sala de chat e no Twitter, pipocando na tela conforme vão nascendo. E o que passa a valer é não somente o conteúdo, mas o conteúdo entregue na hora em que é gerado.
Claro que uma tendência ao "tempo real" é convenientemente boa pra quem ganha dinheiro com a internet, afinal te obriga a ficar menos "multitarefa" e mais tempo atento ao que acontece - e a um eventual anunciozinho enfiado ali no meio. Mas eu não duvido nada que a própria velocidade do mundo (corporativo, social, whatever) comece a puxar a fila do tempo real. Logo logo, aquelas trocas de emails vão ser consideradas lentas e ser rapidamente substituídas por alguns tweets ou uma sessão de edição colaborativa no Google Wave.
Hábitos televisivos d'O Primo
2009-05-12 17:40:21 +0000
Última vez que liguei a TV e vi um programa inteiro da TV aberta: ANOS atrás.
Última vez que liguei a TV e vi um programa inteiro da TV a cabo: MESES atrás.
Última vez que liguei a TV e vi um programa inteiro baixado da internet: sexta passada. Era o último episódio de Lost. E hoje é dia de ver 24 Horas e House.
Última vez que liguei a TV e zapeei e/ou vi parte de um programa da TV aberta: ANOS atrás.
Última vez que liguei a TV e zapeei e/ou vi parte de um programa da TV a cabo: SEMANAS atrás. Possivelmente foi um pedaço de algum Mythbusters.
Última vez que zapeei e/ou vi parte de um vídeo na internet: Err... diariamente? :)
Nome de cinco novelas que passam atualmente na tv aberta (de cabeça, sem olhar no Google): Err... Favorita ainda passa? Não, né? Agora é aquela das índias, acho que é Caminho das Índias. Tem a dos mutantes na Record, mas não lembro o nome. Ah, e tem "Caras e Bocas", e... ok, desisto.
Nome de cinco sites de vídeo online (de cabeça, sem olhar no Google ou nos bookmarks): YouTube, Vimeo, Dailymotion, Joost (que agora é site, e não software), o brazuca Videolog, o CollegeHumor que inclusive produz vídeos, e ainda lembrei aqui do Hulu (que não funfa no Brasil) e do VideoSift, que é um agregador de vídeos populares em vários sites.
Conclusões:
1) Não sei por que ainda não cancelei minha TV a cabo.
2) Como todo império, o da TV está, sim, em franco declínio.
3) Considerando que o império da TV durou, sei lá, uns 50 anos, é possível que eu ainda esteja vivo quando o império da internet começar a ruir. Porque, sim, um dia ela vai ruir, é a sina de todo império.
4) ...e eu vou ADORAR poder ver o que virá depois da internet.
5 coisas que você talvez não saiba sobre o Twitter brasileiro
2009-05-06 14:44:27 +0000
- Não existem números oficiais sobre a quantidade de gente no Twitter, especialmente no Brasil, mas posso afirmar, com toda a certeza, que mais de 89 mil brasileiros usaram o Twitter nas últimas duas semanas.
- O brasileiro mais tagarela do Twitter é a @crispassinato, que foi quem mais tuitou nas últimas semanas. Outros usuários adeptos da verborragia, com tweets sendo enviados às centenas, são o @andrepelotas, @nomeaosbois, @icnunes, @jubakun, @__NaH__ e o pessoal do @programapanico.
- Entre os maiores twittadores brasileiros tem um cara do Rio Grande do Norte, um tal Abelardo Danger (@1milhao), que quer chegar a 1 milhão de updates. Ontem ele estava postando cúmulos, tipo "O cúmulo da rebeldia é morar sozinho e fugir de casa", e vários são repetidos . Mas falta muito pro Abelardo, coitado: até agora ele tem só 20 mil updates.
- Parece que o brasileiro ADORA ver TV e tuitar. Os programas noturnos que atingem o público mais jovem sempre aparecem no topo do ranking de assuntos mais comentados: segunda à noite só se fala em CQC, terças e quintas é O Aprendiz, domingo o Fantástico vira o assunto da hora, em dia de futebol só se fala do jogo e por aí vai.
- Assim sendo, como era de se esperar, os usuários mais retuitados são os que tem programa na TV, como a Rosana Hermann (@rosana), que tem média de 51 retweets/dia, ou a turma do CQC (@rafinhabastos, @marcoluque, @marcelotas, etc), com média de uns 100 retweets/dia. É impressionante ver como qualquer tuitadinha desse pessoal gera uma avalanche de replies e retweets na mesma hora.
A fonte de todos estes dados são as bases de dados do blablabra.net. Em breve isso vai virar um relatóriozinho diário/semanal/mensal lá no site.
blablabra - O que o Brasil anda twittando?
2009-04-24 14:30:13 +0000
Com o Twitter cada vez mais popular no Brasil eu fui ficando a cada dia com mais vontade de implementar uma idéia que me ocorreu no começo do ano: um timeline/trending topics só com tweets em português.
Então eu fui lá e fiz. Meus amigos, minhas amigas, eis o blablabra.
O blablabra mostra, em tempo real, o que os usuários brasileiros do Twitter estão discutindo: palavras-chave frequentes, #hashtags mais usadas e até os usuários mais comentados/retwittados. Para cada termo há uma página de estatísticas detalhada, que inclui até gráficos - coisa que nem o Twitter mostra.
Além de satisfazer o prazer voyeurístico de saber os assuntos do momento, o blablabra pode até ser útil para, por exemplo, encontrar outros usuários com os mesmos interesses que você: basta uma procura por alguma palavra-chave que te interesse e o blablabra mostra quem anda conversando sobre aquele assunto.
Fazer o blablabra consumiu algo em torno de 2 semanas. Deu trabalho - mas foi divertidíssimo. Use, divulgue e me diga o que achou aí embaixo nos comentários (ou pelo Twitter mesmo).
Uma corrida maluca onde só concorrem Dicks Vigaristas
2009-04-17 13:33:45 +0000
Alguns dias atrás o ator Ashton Kutcher, famoso por atuar em filmes como... err... "Cara, Cadê meu Carro?" e "Efeito Borboleta", e que tinha uns 800 mil seguidores no Twitter, anunciou no YouTube que ia passar um trote no Ted Turner caso conseguisse se tornar o primeiro usuário do Twitter com um milhão de seguidores.
Foi o suficiente para disparar uma corrida entre ele (@aplusk) e a CNN (@cnnbrk), corrida que foi vencida pelo ator na madrugada passada.
Muita gente arrumou um jeito de capitalizar em cima da corrida. A Electronic Arts disse que o milionésimo seguidor de Kutcher apareceria em um dos seus próximos games. O próprio Kutcher ofereceu uma cópia do Guitar Hero como prêmio para o eventual sortudo que estourasse a marca do milhão de seguidores. Até o Anonymous (lembra?) criou o @basementdad, um usuário inspirado em Joseph Fritzl (aquele pedófilo austríaco que manteve a própria filha em cárcere privado por 24 anos), e tentou colocá-lo na corrida.
Na minha opinião os fundadores do Twitter (Evan Williams e Biz Stone), que parabenizaram a vitória de Kutcher, deveriam ter se manifestado CONTRA esse tipo de coisa. A meu ver a naturalidade dos relacionamentos no Twitter é o que o serviço tinha de mais valioso, com as pessoas seguindo umas às outras por afinidade e apenas por isto. E esse teatrinho do Kutcher e da CNN é como uma corrida maluca onde só concorrem Dicks Vigaristas.
Maneiras artificiais para engordar número de seguidores - e aqui cabe lembrar da turminha brasileira que recentemente andou usando scripts para isto - são como câncer: um inchaço repentino e anti-natural que, no fim, mata seu hospedeiro.
Não é por nada não, mas eu acho que este é o começo do fim para o Twitter. Agora é rezar pro Google comprá-lo antes que ele imploda ou caia no ostracismo.
Tudo grátis na internet: até quando?
2009-03-26 18:06:17 +0000
Ontem o @pedrobeck mandou um link para uma matéria da The Economist intitulada “O fim do almoço grátis”, dizendo que essa onda de coisas grátis na internet é um modelo de negócio insustentável e que está prestes a ruir.
E é verdade. A idéia de atrair um caminhão de tráfego pro seu site oferecendo algo gratuito e depois tentar ganhar dinheiro “monetizando” a coisa com anúncios já se mostra furada no momento onde você descobre que o percentual do público que clica e/ou compra algo dos anúncios é baixíssimo, menor que 1% em vários casos. É uma conta que não fecha.
No entanto, o que a matéria não comenta é o segredo de quem anda realmente ganhando dinheiro com este modelo de negócios. Porque é possível sim ter lucro desta forma – desde que o empreendimento seja pequeno e os custos de operação, quase nulos.
Na internet é comum achar casos assim. Um lugar cheio de exemplos é a App Store – a lojinha da Apple que distribui programas para o iPhone:
Steve Demeter, o desenvolvedor do Trism, um jogo famoso para o iPhone que custa US$ 5, anunciou que obteve um lucro de US$ 250 mil em apenas dois meses. Sua equipe de trabalho? Basicamente ele mesmo, com ajuda de um amigo e um designer que ele contratou (pagando US$ 500). Se seus lucros continuarem neste ritmo, Demeter vai ganhar quase US$ 2 milhões até julho de 2009.
Quando as pessoas falam que “a internet mudou a economia”, não se trata apenas de globalização ou de velocidade nas transações – é meio que uma mudança em vários fundamentos da economia. A começar pelo ativo mais valioso do século XXI - a informação – que é distribuído livremente e gratuitamente por aí e que pode ser facilmente capturado por alguém com tempo e disposição e transformado em lucro. Capital inicial? Coisa do passado (a banda de Dinho Ouro Preto também, inclusive).
Talvez a bolha realmente estoure como a Economist está prevendo. As empresas grandes que tem serviços gratuitos e que ainda não sabem como gerar dinheiro com elas (cof cof Twitter cof cof), essas possivelmente vão morrer ou acabar compradas pelas megacorporações (cof cof Google cof cof). Mas eu acho que, entre os mortos e feridos, uma classe que vai se beneficiar fortemente disso são os micro-empreendedores: essas empresas de uma pessoa só que mantém serviços gratuitos ou de custo baixo sem fazer muita força. É óbvio que o dinheiro MESMO está em sites e serviços que funcionam no modelo econômico clássico do “eu te vendo algo, você me paga, eu tenho lucro”, mas a graninha pingada de um AdSense ou do jogo vendido na App Store é mais do que suficiente pra manter um desenvolvedor amador ou um “problogger” na classe economicamente ativa da sociedade. E por serem menores e trabalharem mais focados, eles ainda podem nadar de braçada na cauda longa, onde as grandes corporações não conseguem incomodá-los.
PL 84/99 – O fim da internet brasileira pode estar próximo
2008-11-15 19:57:09 +0000
Eu já falei disso aqui em julho deste ano, julho de 2007 e novembro de 2006. E falarei de novo hoje, atendendo à chamada para a blogagem política sobre o assunto.
Resumão da história: O projeto de lei 84/99, de autoria do senador Eduardo Azeredo, está tramitando entre câmara e senado neste momento. Seu objetivo é “tipificar crimes cibernéticos”, mas do jeito que está escrito acaba podando seriamente inúmeros direitos de quem usa a internet. Este artigo do G1 explica bem a polêmica.
Ontem teve um “mini-flashmob” na Av. Paulista contra o projeto. A petição online continua disponível caso você queira assiná-la (já tem mais de 120 mil assinaturas). O Mário Amaya fez uns cartazes (disponíveis em PDF) bastante elucidativos, que você pode usar pra divulgar a questão. Fora isso, agora só nos resta torcer.
“Do not feed the trolls”
2008-11-06 02:21:31 +0000
Aconteceu nos comentários deste vídeo de skatistas descendo uma ladeira em alta velocidade. O vídeo é espetacular e todos os comentários postados são de usuários impressionados, elogiosos e maravilhados. Aí chega o usuário Bevan Goldswain e diz:
O início com os dois se vestindo é meio gay… e é muito longo, nos primeiros 30 segundos você já viu todas as manobras deles. Isso não é balé, no balé você tem uma história que te prende por duas horas, mas depois de 30 segundos da mesma manobra no skate…
…e segue-se uma looooonga discussão aonde todos reclamam da atitude de Bevan Goldswain, que começa a rebater as reclamações com ofensas pessoais e comentários sarcásticos e, no fim, a discussão que era para ser sobre o vídeo acaba virando briga e deixando todo mundo irritado.
Este, meus amigos, é um exemplo de “trolagem” dos mais espetaculares que já vi.
Um dos arquétipos mais interessantes criados pela internet é o troll. Talvez você não conheça o termo, mas possivelmente já vivenciou algo parecido com isto em fóruns, blogs, listas de discussão ou no Orkut: gente postando coisas ofensivas, irrelevantes, mentirosas ou polêmicas, só pra avacalhar a discussão e enganar ou irritar os usuários, exatamente como no exemplo acima. Para um outro exemplo, desta vez em português, veja este tópico do Orkut intitulado “Trolls não existem”, criado por um troll, na comunidade “Não alimente o troll” :)
Ao contrário do que muita gente pensa, a origem do termo "troll" NÃO é o gigante monstruoso, e sim uma técnica de pesca chamada "trolling", onde um barco arrasta várias iscas pela água (como na figura ao lado) e vai atraíndo os peixes por onde passa. É exatamente isto que o troll faz na internet: suas mensagens polêmicas e ofensivas são as iscas para atrair os usuários desavisados que, indignados, são "fisgados" e começam a responder sem pensar. Aí vira briga e todo mundo sai chateado - menos o troll, que, atrás do seu teclado, se delicia com o caos que conseguiu provocar.
Aí está a diversão do troll. Seu prazer vem de prejudicar os outros, dando asas a um ódio recalcado que ele talvez jamais materializaria em atitudes da vida real mas que, graças ao anonimato da internet, acaba ganhando um canal pra se expressar. De certa forma isso é até bom, pois impede a pessoa de tornar-se sociopata dando a ela um canal relativamente inofensivo para descarregar sua agressividade. Afinal, é melhor que o cara fique avacalhando discussões no Orkut do que esmurrando gente na rua.
Mas o crescimento da internet e o aumento do número de trolls deu origem ao ditado que dá nome a este post: "Do not feed the trolls", ou seja, "não alimente os trolls". Ao perceber que alguém está deliberadamente tentando provocar polêmica, a melhor atitude é não responder para não "alimentar" a discussão. E assim o troll fica impedido de atuar.
O que me impressiona é que o "do not feed the trolls" é uma frase simples mas profundamente sábia. A idéia é contra-intuitiva, afinal quando você é agredido os seus próprios instintos te estimulam a bater de volta, mas é justamente por isso que a não-retaliação (não confunda com covardia) é genial, porque te coloca em uma posição completamente invulnerável ao seu agressor simplesmente por não dar a ele o que ele quer. De certa forma o "Do not feed the trolls" é uma versão para a internet do "se te batem numa face, oferece a outra" de Jesus Cristo, ou da filosofia da não-violência de Gandhi: uma reação passiva para uma ação agressiva...
Anorexia ao contrário
2008-10-09 03:18:15 +0000
Essa é uma daquelas coisas que só se descobre que existe por causa da internet…
Os tempos atuais são de febre de academia de ginástica, de modelos magricelas e de tratamento da obesidade como doença. Mas e se eu te dissesse que existe gente que sente prazer sexual em engordar e fazer outros engordarem?
Não, isso não é um “antes e depois” invertido. Note que a menina usa a mesma roupa só pra mostrar que o sutiã nem fecha mais.
Bem-vindo à um dos fetiches mais esquisitos da internet. Feederism (sem tradução para o português), segundo a Wikipedia, é assim:
Feederism refere-se aos rituais de alimentar, encorajar a alimentação ou receber grandes quantidades de comida de forma a se obter prazer sexual do processo de ganhar peso, se tornar mais gordo(a) e modificar seu corpo.
Há vários termos para descrever quem é quem nesta cultura: um feeder (“alimentador”) é aquele que alimenta outra pessoa (um feedee – “alimentado”) em excesso. O feedee, portanto, é aquele que, de forma submissa, engorda com a ajuda do feeder. Os gainers (“engordadores”) são parecidos com os feedees, mas normalmente tentam engordar por conta própria – embora sejam receptivos ao apoio de um encourager (“motivador”). O maintainer (“mantenedor”) é alguém que simpatiza com a comunidade, que engordou intencionalmente ou não e quer se manter como está, ou que está relutante quanto a engordar mais. Um appreciator (“apreciador”) é um admirador de gordura corporal que não tem interesse em engordar ou encorajar a engorda, mas gosta de admirar o progresso de outras pessoas.
E a turma feeder/feedee adora se exibir pela internet. Este fórum francês tem imagens impressionantes do processo de “engorda” de alguns membros - a mocinha aí embaixo eu tirei de lá. O MySpace tem um monte de perfis de feeders/feedees. Mas curiosamente, eu não achei nada no Orkut ou em blogs/sites brasileiros sobre o assunto.
O nível de envolvimento com esse fetiche varia: há desde as pessoas que apenas fantasiam sobre o assunto (sem comer ou forçar alguém a comer de verdade) até casos de alimentação forçada: o feedee é subjugado pelo seu feeder com amarras ou algemas e é forçado a comer grandes quantidades de comida. O filme “Feed”, do diretor Brett Leonard, é sobre a investigação de um caso desses onde uma mulher é forçada a comer até morrer. Felizmente é tudo uma história de ficção – ou pelo menos eu acho que que é.
Blip.fm - Um Twitter que faz barulho
2008-08-31 01:28:38 +0000
Na última sexta-feira só se falava no Twitter de um tal site novo chamado Blip.fm. À noite, chegando de viagem, liguei o computador e fui conhecer a razão de tanto hype.
Usei o Blip.fm por cinco minutos. Foi o suficiente para dar o meu veredito final sobre o site, que pode ser resumido nesta frase: "A coisa mais genial que vi na internet este ano".
O Blip.fm é um microblog, como o Twitter, mas com um diferencial matador: músicas anexadas aos seus micro-posts (chamados de "blips"). Então, na verdade, o que você posta são as músicas, junto com pequenos comentários sobre elas. Ou o inverso: comentários sobre qualquer coisa, mas "ilustrados" por músicas.
Se no Twitter a pergunta era "what are you doing?" ("o que você está fazendo?"), no Blip.fm a pergunta é "what are you listening to?" ("o que você está ouvindo?").
"Ah, mas a RIAA vai fechar o Blip.fm rapidinho!". Sim, eu e metade da internet pensamos exatamente a mesma coisa, mas enquanto eu escrevia este post percebi OUTRA sacada genial dos caras: as músicas que o Blip.fm toca NÃO estão hospedadas no próprio site - ele simplesmente toca músicas que estão espalhadas por toda a internet e que são facilmente encontráveis através do próprio Google ou de serviços especializados, como o Seeqpod.
É só dar uma olhada na barra de status do Firefox na hora em que você dá "play" numa faixa qualquer: cada hora os dados são lidos de um site diferente...
Uma olhadinha no FAQ do Blip.fm parece confirmar esta suspeita (grifo meu)...
Eu blipei uma música ontem e hoje ela está "não disponível", o que houve?
As músicas são armazenas por toda a internet em diferentes servidores e websites. Às vezes o servidor cai e a música não está disponível para tocar, ou o dono do arquivo o removeu da internet de uma vez por todas.
Assim eles têm o maior acervo de músicas do mundo, não tem problemas com largura de banda ou capacidade de armazenamento e - o melhor de tudo - não são legalmente responsáveis por eventuais quebras de copyright. Bom, pelo menos eu acho.
E não é só isso: além de tudo o Blip.fm já tem integração com o Twitter, Last.fm e vários outros (FriendFeed, Pownce, Tumblr, Livejournal e Jaiku). Você pode "blipar" músicas que ouviu recentemente - e que ele "pesca" do Last.fm pra você - e twittar automaticamente a cada vez que você "blipa" uma música. É muito prático.
Genial, fácil de usar, integrado com o que você já usa... o Blip.fm é quase bom demais pra ser verdade.
Sobre a terceira dimensão, foie gras, browsers e largura de banda
2008-08-29 04:03:10 +0000
Dia desses eu li, não lembro onde, que uma das estratégias de Hollywood para - adivinhe! - coibir a pirataria eram os filmes em 3D. Neles a "experiência" só é completa para o espectador se ele estiver no cinema, com os tais óculos especiais, então as cópias piratas não fariam sentido.
Mas hoje eu vi que a nVidia está anunciando uma tecnologia de 3D "real" para jogos de computador onde você usa - adivinhe! - óculos especiais e enxerga as cenas do jogo em três dimensões.
Aí eu fiquei pensando no futuro da pirataria de filmes, somei uma coisa com a outra e... adivinhe!
---
Hoje aconteceu a pesagem oficial do "Perder Para Ganhar" que a equipe aqui do projeto de Dead Cow City organizou. É um concurso inspirado no programa de TV homônimo, onde a meta era perder 5% do seu peso em um mês - e quem perdesse menos que isso pagaria para quem perdesse mais peso.
Sim, tinha dinheiro no meio. Sim, é ridículo. E, sim, eu estava participando. Mas eu empurrei a coisa com a barriga (hein, pegou essa) e não mudei muito minha rotina ou meus hábitos alimentares - que, felizmente, já estavam bem saudáveis desde meu último exame de sangue, que deu colesterol altchééézimo e uma leve esteatose hepática - vulgo "fígado gorduroso". Sabe foie gras? Pois é.
Saldo final da brincadeira: perdi 2,5 kg. E também 40 reais, já que fiquei bem longe dos 5% de meta.
---
Acabou que com o Firefox 3 eu abandonei mesmo o meu browser predileto: o Opera, que usei consistentemente pelos últimos cinco ou seis anos.
Tudo começou quando, no lançamento da versão 3, o Slashdot publicou um teste dizendo que o Firefox novo era muito mais eficiente no uso de memória que todos os outros browsers. Aí resolvi pagar pra ver, já que o abuso de memória do FF era um dos fatores que me afastava dele.
Em termos de velocidade o Opera continua sendo, comprovadamente, absurdamente mais rápido pra tudo - MENOS para as coisas do Google (Gmail, Google Reader, Google Calendar, etc), que uso o tempo todo. E aí veio o golpe de misericórdia: as extensões do Firefox, que nunca me atraíam o suficiente porque o que muitas delas faziam já era funcionalidade nativa do Opera. Acontece que eu só conhecia mas nunca tinha usado Greasemonkey, Firebug, FoxyTunes e a mais super-duper-útil de todas: Read It Later - a salvação dos que trabalham sob firewalls e precisam separar links para ver depois, na internet livre e desimpedida do hotel...
---
... que por sinal é excelente e me permite até o luxo de ver minha esposa pela webcam. E também meu cachorro, que fica desorientado quando ouve minha voz e não me vê no apartamento. Hoje ele até chorou, tadinho.
Quem diria: no século XXI, "largura de banda" significa "qualidade de vida"...
Livros sobre o Orkut
2008-08-06 03:25:16 +0000
Quando eu era adolescente li um manual do MS-DOS 6.0 inteirinho, de capa a capa. Eu estava de férias, na casa de um dos meus primos, e achei o livro lá, jogado num canto. Desde então é um mistério o fato de hoje em dia eu ter amigos e ser casado.
Piadas à parte este foi o único livro de informática que li em toda a minha vida, porque logo em seguida descobri que os bons softwares tinham uma extensa documentação online, logo ali na tecla F1. Ela sempre estava atualizada (ao contrário dos livros), tinha referências cruzadas (sim, hipertexto, como na web), ia direto ao assunto e era muito mais prática de consultar. Sem contar que, com o passar dos anos, os softwares foram ficando tão mais fáceis de usar que nem o F1 passou a ser necessário.
Então é com muita estranheza que eu entro nas livrarias e vejo prateleiras e mais prateleiras com livros de informática. Em tempos de fóruns, wikis e Google, precisa mesmo publicar um "Excel - A Bíblia"?
Mas as maiores aberrações são, de longe, os livros sobre o Orkut...
Esse aí em cima foi escrito por Marina dos Anjos Martins de Oliveira, produtora editorial e jornalista de formação. Suas 112 páginas, além de ensinarem a usar o site (nem comento!), tratam também de grandes questões da vida em comunidade, como:
- Como lidar com ex-namorados que surgem no Orkut?
- Achou colegas do primário? E agora?
- O que fazer se aquele chato o adicionar como amigo?
- Como funciona o “karma”?
- E os constrangimentos com o chefe, se ele olhar seu perfil?
De duas, uma: ou os leitores realmente precisam de alguém que pegue-as pela mão e mostre como faz ou, como eu já disse antes, quem compra o livro quer ficar deliberadamente no óbvio - que é muito mais confortável.
Mas tem as pessoas que, ao invés de conforto, querem dinheiro. O mercado editorial atende estes também:
Esse aí foi escitro por um publicitário chamado André Telles, e fala sobre as possibilidades de uso do Orkut para marketing. O autor não me pareceu lá muito articulado nesta entrevista ao blog "Yogurt Blog", então fui procurar o perfil do cara no próprio Orkut. Primeiro tive que me desviar de uns cinco profiles fake com nomes do tipo "Orkut Livro" que não continham nada além da capa, texto de divulgação e links "compre já" apontando para a Fnac e a Saraiva. Depois, quando finalmente achei o perfil real do autor, não achei NENHUMA informação profissional - mas vi que ele participa de várias comunidades relacionadas à suplementação alimentar para musculação.
Detalhe: Um dos primeiros assuntos tratados no livro é "marketing pessoal"...
Mas o melhor dos livros sobre o Orkut, o que inclusive me motivou a escrever este post, não é um livro técnico... é um romance!
Esbarrei com essa pérola semana passada numa prateleira daquelas paradas de ônibus de meio de estrada. A sinopse dispensa comentários adicionais:
Jader Bertola, trabalha de office-boy na funerária de seu tio, até viciar-se no Orkut (chegar ao offline do poço) e perder tudo, incluindo emprego e a namorada (que não estava disposta a continuar com um cara sem diploma, sem carro e sem vergonha na cara). O rapaz alvoradense entrou inocentemente na internet (...) e acabou tornando-se um dependente. Internado em uma clínica de desintoxicação orkutiana, Jader Bertola faz um download de suas memórias para um colega de quarto escrever um livro contando a sua decadência (do convite maligno até o offline), como um alerta aos jovens que dia após dia entram idiotamente no Orkut sem saber que estão entrando num caminho sem volta, pois a cada duas pessoas que deletam suas contas no site (e saem fora), entram três (sendo que duas dessas três são aquelas duas que acabaram de deletar.
Fica aí o alerta pra você não chegar também ao "offline do poço"...
P.s.: Escrever isso tudo aí me fez esbarrar com um ótimo post: "Entenda a lógica estúpida do mercado editorial em 7 tópicos". Seria cômico se não fosse trágico.
Como "funciona" este blog?
2008-07-16 20:42:55 +0000
Ontem eu esbarrei com uns posts interessantes: "Você compartilha conhecimento?", perguntava um deles. "Produzir e distribuir conteúdo, uma opção que expande conceitos", dizia outro. Foi a deixa que eu precisava pra falar de uma coisa que há muito queria explicar aqui: de como este blog foi desenhado para otimizar o compartilhamento de conhecimento. Pretensioso, não? Bem, era o que eu queria. Continue lendo e veja você mesmo se eu consegui...
Este blog tenta cumprir três propósitos:
1) Entregar ao leitor (e à rede como um todo) conteúdo novo. É isso que, em função da minha crescente insatisfação e desânimo com a internet brasileira, têm norteado todas as postagens que faço aqui, particularmente de julho de 2007 em diante. A idéia sempre é "acrescentar alguma coisa", seja divulgando alguma idéia boa que possa ser útil pra outras pessoas (como por exemplo minha gambiarra para ligar o iPod no som do carro), dando dicas para o dia-a-dia (como as dicas de segurança online ou macetes para melhorar slides de PowerPoint), etc.
Como é difícil ser inédito o tempo todo, às vezes eu pesquiso e aprofundo algum assunto já pre-existente ou traduzo textos em inglês para que os leitores "monolinguísticos" também possam ter contato com algum conteúdo legal.
2) Disseminar sites e links legais que eu encontro - porque, afinal, não dá pra ignorar o aspecto "viral" da internet - talvez um dos mais importantes. A diferença é que eu parei de fazer, por exemplo, um post inteiro só pra comentar ou divulgar um link legal. Afinal, o leitor não ganha nada lendo comentários meus do tipo "Putz cara, eu rachei de rir desse vídeo do YouTube aqui, saca só", entende? Não acrescenta, então tirei fora.
Então agora é assim: links legais vão quase todos pro meu del.icio.us, ali do lado, com um breve comentário só pra explicar do que se trata. Quando vou citar mais de um link ou quando o assunto é legal demais e quero comentar com mais destaque, aí sim eu faço um post e coloco na categoria "links".
Nota: Os links do del.icio.us vão, juntamente com os posts que faço, para o feed RSS deste blog.
3) Servir como um "diário virtual" onde eu possa contar o que ando fazendo ou opinar sobre alguma coisa. Afinal eu não sou problogger e foi pra isso que este site nasceu, em 2001. Mas ainda assim a idéia de "acrescentar algo novo" continua valendo, então eu tento ser o mais interessante possível para dar minha opinião ou falar da minha própria vida. Contar, por exemplo, que "o cachorro comeu meus sapatos" não é nada interessante. Mas contar que ele comeu meus sapatos num texto que fala dele como se fosse um artista plástico construindo "obras de arte" deixa o assunto bem mais divertido e interessante de ler. E com a chegada do Twitter, que funciona como um "Big Brother reverso", dá pra comentar todo tipo de pequenezas do meu cotidiano sem precisar cansar o leitor com posts desnecessários.
Além do conteúdo, o próprio layout do blog reflete estes três propósitos:
O conteúdo novo (A), caseiro e inédito, é o que tem mais destaque. As coisas interessantes mas "não-inéditas", que sinto vontade de divulgar, vão à parte, no Delicious (B), para não deixar de estimular o lado "viral" da internet. E as pequenezas do cotidiano, quando não viram posts, vão pro Twitter (C), também em separado.
É assim que tento fazer a minha parte para uma internet melhor. Não é muito, mas é de coração :)
Projeto de Lei pode fazer downloads virarem crime na internet brasileira
2008-07-07 19:20:06 +0000
Eu já falei disso no blog em novembro de 2006 e julho de 2007, mas como o assunto voltou a movimentar os blogs, vou ajudar a divulgar mais uma vez.
Resumindo bastante: O Senador Eduardo Azeredo está com um projeto de lei para tipificar “crimes cibernéticos ou de informática”. Até aí tudo bem, mas do jeito que ele está sendo proposto, na prática o que acontece é:
- O simples acesso à qualquer coisa, sem autorização expressa, vira crime. Você, leitor deste blog, poderia ser preso porque eu não te autorizei formalmente a acessar meu site. Desbloquear um celular também passa a ser crime. Usar redes Wi-Fi abertas, então, nem se fala.
- Os provedores vão ser obrigados a arquivar, por três anos, um registro com todo e qualquer acesso que você fizer na internet, além de terem que informar às autoridades - e sem te avisar - indícios de prática de crime de que tenham tomado conhecimento. Isso mata sua privacidade, pode forçar um aumento de preços dos provedores ou até o cancelamento de coisas como trocas de arquivos via P2P (bye bye, torrents).
Mais informações aqui, aqui ou aqui. Você também pode assinar a petição online contra o projeto, mas o melhor mesmo é enviar um email pro Azeredo e para o senador do seu estado (use esta lista de nomes e emails dos senadores aqui).
Coisas como "marketing viral" e "SEO" são o câncer que vai matar a internet
2008-06-17 03:48:49 +0000
Propaganda real, de um tal "Mestre SEO". E eu achando que as pessoas faziam sites para que outras pessoas gostassem...
Sabe o que é mais legal? Agora eu vou opinar sobre marketing e publicidade mas não entendo nada disso. No entanto aqui é meu blog e nele eu posso dizer seja lá o que for que eu pense sobre o assunto. Quem ler pode ignorar, dar umas risadinhas, xingar a minha mãe ou até achar legal e botar um link pra esse post no blog dela, por exemplo.
E aí é que está a mágica da internet: se o que eu escrever for realmente interessante ou relevante, mais e mais pessoas vão botar links apontando pro que eu disse. Note então que o próprio esquema de se fazer referências na internet (ou seja, o link) retira da vala comum o conteúdo relevante e serve como um filtro razoavelmente bom do que é legal ou não. Tanto que os caras que sacaram isso antes de todo mundo ficaram gazilionários.
Aí vem o publicitário, olha pro Sergey Brin e pro Larry Page, se enche de inveja e pensa: "Hmpf, eu quero ser rico igual esses caras".
Mas aí, ao invés de dançar conforme a música, ele inventa o Search Engine Optimization: técnicas para fazer seu site aparecer mais em resultados de buscas. Mas a internet é terra de ninguém, então vale tudo: encher seu blog de palavras muito procuradas (como o clássico "sandy nua"), forçar a barra pra fazer seu site ser linkado e conseguir maior pagerank no Google (usando link baiting e vários outros métodos)... e aí não é mais o conteúdo relevante que é automaticamente promovido por sua popularidade, e sim o conteúdo do publicitário, que, malandrops como só ele, força as regras pra se promover mais que os outros.
"Olhem para mim! Eu sou um publicitário carente!"
E a espontaneidade democrática da internet - sua característica mais importante e uma das principais razões pela qual ela ganhou a importância absurda que hoje tem - vai indo pro buraco para que os marketeiros capitalistas encham os respectivos rabos de dinheiro.
Mas o que mais tem me irritado é o marketing viral. Recentemente circulou por aí uma história do "maior desenho do mundo" - um cara que botou um GPS numa maleta e saiu enviando-a pelo mundo, de modo que a trajetória da maleta formasse um desenho sobre o mapa-múndi...
E enquanto todos ficavam maravilhados com a criatividade da idéia, os publicitários pulam e gritam "RÁÁÁ! Pegadinha do Mallandro!" e você descobre, dias depois, que o esquema todo era mentira e serviu só para fazer propaganda da DHL, empresa de entregas expressas.
Sabe, senhor publicitário, não tem problema nenhum você querer usar a internet pra se promover. Mas faço minhas as palavras de Lainey Taransky, filha do personagem de Al Pacino no genial filme chamado "S1mone":
"Seu erro não foi fazer algo falso, papai. Não nos importamos com coisas falsas - desde que você não minta sobre elas".
Por que Deus nunca te ajuda nos seus problemas com computadores?
2008-04-10 02:45:21 +0000
Sabe, às vezes o CD com o trabalho de faculdade dá erro de leitura. Ou a senha do email não funciona. Ou então o pen drive (do seu chefe) com o trabalho de três semanas (do seu chefe) desaparece.
Ou então você liga o computador e dá de cara com isto:
...e, obviamente, não tem backup de nada.
Aí o cidadão, desesperado, apela para a divindade:
- Ai meu Deus me ajuda!! Se eu perder isso aqui eu tou ferrado!!
Tem gente que fecha os olhos e reza mesmo. Alguns prometem ir à missa todo domingo, ficar um ano sem beber, doar o salário todo pra caridade, se o computador voltar a funcionar.
Mas o que você não sabe é que, no instante em que você faz seu apelo, sua prece é automaticamente encaminhada para Deus através de um framework ultra-rápido, com 100% de disponibilidade (ser onipotente tem lá suas vantagens), que carrrega seu pedido diretamente para a "prayer queue" do desktop do computador da Inteligência Suprema. São milhões de pedidos por segundo, mas Ele analisa um por um no instante em que chegam (ser onipoten... ah, você já sabe).
E então Ele diz assim: "Vejamos. Problema de computador... urgente... ah, é Windows?".
E pressiona DELETE.
"Aff... esses meus filhos, nunca aprendem"
Moral da história: Se Steve Jobs é Deus e você está pedindo a Deus que te ajude, é bom que você tenha um Mac...
Bookmarks esquecidos na gaveta
2008-04-08 04:28:39 +0000
E nesse meu processo de testar o Firefox 3 beta 5 para ver se ele, finalmente, chegou no nível do Opera (hehe), inventei de importar meus bookmarks do Opera no Firefox.
Só que, há ANOS, eu nem mexia nos meus bookmarks do Opera.
Acabei revendo muitos sites interessantes, alguns arquivados anos atrás, em eras onde não existia RSS ou delicious. Saca só:
- The Scene - Uma minissérie, feita para a web, sobre um "release group" - hackers responsáveis por pegar filmes e botar na internet antes que eles saiam no cinema. O mais legal é que ela é 100% fiel do ponto de vista de tecnologia: o vídeo mostra o que acontece na tela do computador dos caras e é tudo baseado em pesquisas reais sobre como os grupos atuam, que ferramentas usam, etc. Eu acho até que a série foi produzida por um release group real.
- Ishkur's Guide to Electronic Music - Um guia ultracompleto de tudo que rolou nos 40 últimos anos da música eletrônica, com samples de cada gênero e comentários (bem humorados).
- Trendalicious - Ranking em tempo real das 100 páginas mais populares de acordo com o del.icio.us, digg, e reddit. Hoje uso o Popurls para esse tipo de coisa.
- Transcrições dos diálogos de TODOS os episódios de Friends. Para quando você precisar saber em qual episódio Chandler fez *aquela* piada engraçadíssima.
- Cooking by numbers - Tem um listão de comidas na página. Você clica indicando o que tem disponível na sua casa e o site te dá opções de possíveis receitas.
- Versão do clássico "Campo minado"... em 3D.
- Coleção ENORME - não, você não entendeu, ENORME MESMO - de GIFs animados de videogames. Excelente para achar papel de parede pro celular.
- Todos os DJ sets tocados no Chillits, um festival anual de música ambient - 2007, 2006, 2005, 2004, 2003, 2002, 2001 e 2000 (os dos outros anos não foram gravados). Foi aí que eu descobri DF Tram, um dos maiores gênios do gênero.
- Blentwell - De longe o melhor lugar para DJ sets na internet.
- Pop Experiment - Ilustrações lindas de morrer. Na época era um site estático, hoje descobri que virou um blog e continua atualizado.
- Tabela com a programação da TV norte-americana - Essa eu ainda uso, você se cadastra e filtra só os seriados que acompanha pelo, er, "torresmo"...
- Camisa Online - Você manda a estampa e eles imprimem. Meio que um Camiseteria de pobre :)
- Vídeo do Gato Fedorento (grupo de humoristas portugueses) intitulado "Primo Zé Carlos". Como é o meu nome é ainda mais engraçado.
- Webcam em Belo Horizonte, no topo da CEMIG. Para matar a saudade. Note que ela ainda funciona positiva e operante num domínio GEOCITIES!
- Bash.org - Repositório de citações de IRC. Para nerds das antigas e para quando a largura de banda tá faltando (o site é megarápido, só texto e HTML simplão).
- Let them sing it for you - Digite qualquer coisa (em inglês) e o site "canta" pra você usando palavras sampleadas de músicas reais.
Anonymous - O dia em que a internet saiu às ruas
2008-03-17 18:46:31 +0000
Tudo começou em janeiro deste ano, quando um vídeo de um culto da Igreja da Cientologia vazou e foi postado no YouTube. No vídeo, o ator Tom Cruise (famoso adepto da religião) fazia uma palestra para outros membros ao som da trilha sonora do filme de "Missão Impossível". Os advogados da Cientologia, com ameaças de protesto, fizeram o vídeo ser retirado do ar.
Desde então a Cientologia virou alvo de protestos de um "grupo da internet" chamado Anonymous ("anônimo", em inglês).
O tal Anonymous começou fazendo ativismo online: fez alguns ataques aos sites da cientologia, distribuiu documentos sigilosos da seita pela internet, etc. Até que, no dia 10 de Fevereiro, cerca de 7600 manifestantes mascarados saíram às ruas de 109 cidades de todo o mundo e fizeram piquetes em frente a prédios da cientologia. Os protestos se repetiram neste último sábado e devem acontecer mais uma vez no dia 20 de abril.
Mas o que é realmente fascinante sobre estes protestos é o conceito por trás do tal "Anonymous". Todas as definições que li na imprensa ("turma de arruaceiros online", "hackers turbinados", etc.) não fazem justiça ao que o Anonymous realmente é.
Para entender o grupo de verdade é preciso voltar às suas origens, nos porões da Internet, em fóruns obscuros, canais de bate-papo das antigas e, em especial, nas image boards - que são lugares barra-pesada MESMO, muitas vezes frequentados por pedófilos, racistas e outros maus elementos. Foi nestas image boards que passei o último mês, tentando entender mais sobre o Anonymous.
O porquê do nome foi a primeira surpresa...
As image boards normalmente permitem (e estimulam) postagens anônimas. Cada post é "assinado" como anonymous, o que virou o nome de todo mundo e, ao mesmo tempo, de ninguém.
Além de não ter nomes, o Anonymous não tem hierarquia: A multidão que protestou em Atlanta no último sábado gritava para a polícia: "We have no leader!" (não temos líder), o que é a mais pura e impressionante verdade. A coordenação dos protestos aconteceu online e via ferramentas colaborativas (wikis, fóruns e salas de bate-papo), sempre por todo mundo e por ninguém em especial. Resumindo: não há lideranças no Anonymous.
Parece um contra-senso, mas o anonimato e a falta de hierarquia fortaleceu ainda mais o senso de comunidade: não se trata de indivíduos querendo criar reputações, e sim de idéias lançadas anonimamente e que, quando boas o suficiente, começam a ser reproduzidas por outros anônimos, o que resulta numa cultura própria totalmente criada de forma viral. Uma cultura simplesmente fantástica.
As máscaras, por exemplo, vieram direto dessa cultura.
Esta máscara é usada nas image boards pelo Epic Fail Guy (ou EFG), o personagem aí do lado, que sempre fracassa em longas e elaboradas piadas feitas colaborativamente. É um meme que saiu da internet e ganhou as ruas...
Note que entre as faixas de protesto há uma que diz que "o Longcat é loooooooooooooongo". Esta é referência a outro meme: o Longcat, o gato com corpo absurdamente longo.
A frase "Anonymous is legion - Anonymous does not forgive, anonymous does not forget" (o anônimo é legião - anônimo não perdoa, anônimo não esquece), usada meio que como slogan e estampada em vários cartazes, veio de outro elemento dessa cultura: as regras da internet, um conjunto bem-humorado de 48 diretrizes criadas a várias mãos. Algumas delas:
1) Não fale sobre o /b/
2) NÃO FALE sobre o /b/
3) Anonymous é legião
4) Anonymous não perdoa, anonymous não esquece
(...)
34) Existe pornografia de tudo. Sem exceção.
Eu deixei a regra 34 aí porque, vou te contar... os caras não estão brincando. Já viu pornografia dos Mythbusters? E do Calvin e Haroldo? Não queira, é traumatizante.
Eu podia ficar horas falando dos memes do Anonymous que apareceram nos protestos (são muitos, dizem até que os Lolcats surgiram lá) mas vou citar só mais um deles: Em Londres um dos manifestantes botou pra tocar "Never gonna give you up", o antigo sucesso de Rick Astley, para delírio da multidão. Aquilo era um "Rick roll" ao vivo: uma versão real da brincadeira virtual de enganar seus amigos pra fazê-los assistir ao videoclipe.
Esta imersão na cultura do Anonymous deixou bastante claro que os protestos não são exatamente um ato de rebeldia de "hackers politizados". Muitos manifestantes foram mais pela diversão ou pelo sentimento de grupo do que pelo protesto em si (este relato do protesto em Londres - de onde saíram as fotos deste post - deixa isso bem claro).
Quer seja ou não ativismo, o mais interessante de toda essa história é a demonstração de até onde é possível chegar com um modelo de atuação descentralizado e anônimo. Ainda mais num mundo como o nosso, cheio de regras, líderes, chefes e presidentes. Um mundo onde você não é ninguém se não for devidamente identificado e onde coisas como o direito autoral - o vínculo entre o autor e sua idéia - costuma ser mais importante que a idéia em si.
Essa história mostrou que, quando se retiram os nomes, os líderes e os autores da equação, o resultado nem sempre é uma anarquia. Sobram apenas idéias que, sem restrições, florescem por sua própria força, ganham dimensões às vezes absurdas e resultam em coisas como o Anonymous - esta mente coletiva descentralizada que se tornou grande o suficiente para extrapolar a internet e ganhar as ruas de várias partes do mundo.
Ao contrário do que normalmente acontece, o virtual, pela primeira vez, se tornou real. O dia dos protestos marcou, sem dúvida nenhuma, um momento histórico: o dia em que a internet criou vida e saiu às ruas.
P.s.: Este post foi escrito especialmente para o dia da "Blogagem inédita", promovido pelo Interney como estímulo para que a blogosfera produza mais conteúdo relevante e inédito. Eu sou absurdamente a favor desta causa e simplesmente não podia deixar de participar. Espero que tenham gostado...
Rápidas
2008-03-12 03:48:50 +0000
Aqui no prédio onde eu trabalho pode até ter revistas pornográficas à venda na lanchonete. Mas em compensação também tem uma galeria de arte com pinturas de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e outros grandes nomes. É um contraste, no mínimo, curioso.
Mesmo com mulheres peladas disponíveis (tanto na banca quanto na galeria de arte), os funcionários públicos daqui estão se rebelando e querendo fazer greve.
Durante a tarde tinha um carro de som na porta do prédio, aonde os piqueteiros discursavam no último volume. Mas o melhor era a "música ambiente" que tocava quando não tinha ninguém falando: "How deep is your love", "Unchained Melody" e outros clássicos do cancioneiro mela-cueca. Não me perguntem por quê.
O duro foi que, à tarde, durante uma reunião com o CIO da empresa, tivemos que parar por uns cinco minutos porque, no meio do protesto, soltaram uma looooonga saraivada de fogos de artifício. No final, o CIO fez uma cara contrariada e disse:
- É complicado. Quanto mais os sindicatos vão enriquecendo, mais longo fica o foguetório...
Durante o dia, no Twitter, um protesto bem-humorado virou um meme divertidíssimo: o pessoal postava nerdices nostálgicas com a tag #anteriorr, relembrando coisas de outrora como:
- "Em qual vizinhança do Geocities está sua homepage?"
- "Desisto de jogar Mortal Kombat 2. O Meu SuperNES não tá salvando..." e, na sequência, "assopra a fita!"
- "Disco cheio? Use o DoubleSpace e DUPLIQUE a capacidade do seu HD!!"
- "Minha câmera nova armazena fotos em disquetes, tem resolução de 640 x 480. uau!"
A coisa se estendeu até a noite e o pessoal acabou numa sessão de nostalgia hardcore coletiva no jurássico Bate-Papo do UOL... que continua exatamente igual o de 1996 mas ainda é uma das maiores audiências do portal (segundo um certo funcionário)
Sites úteis para internet lenta
2008-03-06 03:10:34 +0000
Está conectado pelo celular? A internet do seu hotel é horrivelmente lenta? A do meu hotel é, e de dia só tenho internet pelo celular, graças aos administradores de rede paranóicos do meu cliente.
Como a necessidade é a mãe da invenção, eis o que ando fazendo pra sobreviver nessa vida sem largura de banda:
1) Navegar com as imagens desligadas
Firefox: Ferramentas/Opções/Conteúdo/desmarque "Carregar imagens"
Opera: View/Images/No images.
Internet Explorer: Ferramentas/Opções da Internet/Avançadas/Em "Multimídia", desmarque "Mostrar Imagens"
2) Usar as versões "mobile" dos sites
Vários sites tem uma versão "para celular". Gmail tem, Google Reader tem, Twitter tem, Wikipedia tem. Não fosse isso e eu já teria enlouquecido por passar um dia inteiro sem ler meu email.
3) Usar o proxy para celulares do Google
Tio Google, gente boa como sempre, tem um proxy que reformata as páginas num HTML simplinho e que gasta pouca banda. Ideal para celulares e conexões lerdas.
Compro esta camiseta também
2008-02-26 22:54:37 +0000
A diferença da que mencionei antes é que esta, sim, tem pra vender. US$ 25 (com frete, sem impostos). É caro, mas muito tentador.
(Via blog da revista Mental Floss - altamente recomendado, por sinal)
O dia dos namorados do egocêntrico
2008-02-14 20:09:26 +0000
Como hoje é "Valentines Day" nos EUA, o Twitter implementou uns coraçõezinhos (digitando <3) e um esquema de "correio elegante": você pode mandar coraçõezinhos para alguém de quem você goste. Aí a pessoa recebe a twittada e pode responder se também gosta de você.
Quando descobri que era assim que se usava isso, pensei por um instante... e mandei ver:
For the Lulz
2008-01-05 19:02:15 +0000
Você sabe que é realmente nerd quando vê a figura abaixo e chora de rir.
Por que eu fico desanimado com a internet brasileira
2007-10-10 03:34:03 +0000
Justifico fazendo uma análise rápida de uma coisa bem web 2.0: sites de confissões anônimas.
Confissão do famoso Post Secret.com:
O texto diz: "Este é o recibo que me deram no dia que abortei meu bebê. Eu ando com o recibo e olho para ele todo dia, para me lembrar. Tenho medo que Deus me castigue um dia, por ter feito essa escolha, mas hoje eu estou deixando isso para trás".
Agora, uma confissão do Grouphug.us:
Toda noite, antes de dormir, eu rezo e peço para acordar e ter 18 anos novamente, para ter uma chance de fazer escolhas diferentes e não ferrar com a minha vida do jeito que ferrei...
Outra confissão, agora do unburdened.org:
Recentemente eu descobri que meus pais faziam "swing" no final dos anos 60, início dos anos 70. Sem problemas, eu pensei. Eles eram os clássicos hippies "flower power" na época. Depois do meu choque inicial e de me divertir imaginando meu pai pegando uma hippie numa sala cheia de gente cabeluda, eu me toquei de uma coisa:
Ele pode não ser meu pai biológico.
A minha cara quando me toquei disso deve ter sido bem óbvia, poruqe minha mãe disse "pois é, nós não sabemos". Tomara que meu pai biológico seja rico.
Agora uma confissão brasileira, do (extinto) EuConfesso.com.br:
confesso que eu só consigo cagar peladão !!!
Inscrições abertas para o BlogCamp MG
2007-10-05 18:28:22 +0000
E em novembro vai rolar aqui em Belo Horizonte o primeiro BlogCamp MG.
O BlogCamp é um encontro de blogueiros no formato "desconferência" - uma conferência sem programação prévia. Quem quiser falar, vai lá e inscreve sua palestra na hora. Assiste e participa quem quiser. É tudo informal e aberto - e, portanto, divertido.
Este formato é famoso na internet e conhecido como BarCamp - assim, "BlogCamp" ficou sendo o BarCamp dos blogueiros. O primeiro BlogCamp brasileiro rolou em agosto, em São Paulo. Vão rolar outros no Rio, em Curitiba, no Ceará e, agora, aqui na terrinha.
Para o evento de Beagá, a coisa é promissora. A Oi Futuro está por trás da divulgação e tem patrocínio do BlogBlogs e do Dinheirama.
Data: 17 e 18/11, sábado e domingo
Horário: 9:30 às 18:00
Local: Oi Futuro - Museu das Telecomunicações - Avenida Afonso Pena, 4001, térreo
Eu, que sempre tive preguiça da web brasileira, já estou inscrito. Essa movimentação atual dos blogueiros brasileiros é uma coisa ímpar que muito me anima.
Aguardem ampla cobertura aqui no blog e "drops" ao vivo via Twitter nos dias do evento.
Empilhando dados
2007-09-28 18:29:58 +0000
Sabe, a internet tem um histórico de vídeos que, de tão impressionantes, chegam a ser irreais.
Começou com o speed cubing, depois teve o speed stacking e agora tem o dice stacking...
É impressionante o que esse muleque faz.
eMusic agora também vende audiobooks
2007-09-18 20:59:04 +0000
A eMusic, minha loja de MP3 predileta, estreou hoje uma seção nova de audiobooks, com aproximadamente 1.000 títulos a partir de US$ 9,99.
O preço está nos padrões eMusic, ou seja, barato pra carvalho. Segundo um artigo do NY Times:
"The Audacity of Hope", lido por seu autor Barack Obama, custará $9,99 na eMusic, contra $18,99 na iTunes. O preço de varejo para a mesma versão em 5 CDs é $29,95.
Outra coisa que está nos padrões eMusic é a falta de DRM. Os audiobooks são em MP3, sem proteção nenhuma.
Obviamente, os audiobooks estão em inglês. Aqui no Brasil, numa pesquisa rápida, encontrei apenas dois sites de audiobooks em português: o Voolume e o Audiolivro.com. Ambos vendem com DRM, o que é bem chato. O Voolume tem a chatice adicional de vender em WMA, que é incompatível com o iPod. Os preços giram em torno dos R$ 15.
You've been Rick Rolled!
2007-09-17 12:34:55 +0000
A nova mania nas internetchas da gringolândia é mandar pra seus amigos um link do YouTube, dizendo algo do tipo...
"Ei, cara! Saca só, um dos senadores filmou a votação secreta do Renan Calheiros pelo celular! - http://www.youtube.com/watch?v=eBGIQ7ZuuiU
Aí você abre a parada e dá de cara com o vídeo abaixo. A descrição do vídeo diz apenas: "You've been Rick Rolled!" ("você tomou um Rick Roll", numa tradução livre).
O vídeo é de lascar. É nada menos do que esse moleque ruivo, chamado Rick Astley, cantando "Never gonna give you up", o seu hit de 1987. Tudo no clipe é ridículo: as dancinhas, os ângulos de câmera, o figurino, o cenário, o barman negão dançarino...
O verbete do Rick Astley na Wikipedia já cita o fenômeno do Rick Rolling. A coisa também já está no Urban Dictionary e nas citações do Bash.org. Tem até um hilário clipe do Family Guy com a mesma música. E, obviamente, tem site "oficial".
Como o meme nasceu na língua inglesa, parece que no Brasil ninguém reparou. Mas bem que ia ser divertido ter um "Rick Roll" nacional. Talvez um "Sidney Magal pegou você!", sei lá. Sugestões nos comentários, por favor!
The Mp3 Experiment
2007-09-04 11:58:00 +0000
Imagine 853 pessoas se encontrando ao sul de Manhattan. Agora imagine que todos estão com fones de ouvido e baixaram um MP3 especialmente preparado para o evento, com músicas e uma narração que diz o que fazer.
Aí, pontualmente, às 4 da tarde, todos pressionam play ao mesmo tempo.
Este é o MP3 Experiment número quatro, idéia dos malucos do Improv Everywhere. É genial e imperdível.
Passei!
2007-08-30 21:05:00 +0000
...mas confesso que queria, pelo menos, um A-.
Free Online Dating from Mingle2
(Via Petulância)
13 excelentes recursos online para descobrir novas bandas
2007-08-29 22:54:00 +0000
Blogs sobre música
17dots - É um blog do pessoal da eMusic, minha loja de música online predileta. É atualizado com muita frequência e comenta a maioria dos lançamentos do site. O blog é "não oficial", então nada impede que os editores desçam o pau nas bandas ruins ou ignorem os lançamentos pouco importantes, portanto pode ir com fé que as opiniões são imparciais.
Lúcio Ribeiro - Tem gente que detesta o cara, tem gente que idolatra o cara. Eu não dou a mínima pra essas rixas, mas presto bastante atenção nas bandas que ele menciona, pois ele usualmente está à frente de tudo que é hype. Uns são horríveis (vide Cansei de Ser Sexy), mas muitos são bem interessantes.
London Burning - Primeiramente tenho que citar que eu detesto o editor do site, o Luciano Viana. Ele é um babaca metido a fodão. Pra provar que não é implicância minha, acesse o site e veja a frase que ele deixa lá em cima, no topo do cabeçalho do site.
Egos inflados à parte, nada impede que eu faça uma visitinha ao seu site de vez em quando (hehehe). Principalmente na virada do ano, época das famigeradas listas de "Top 100".
Fail - É de um paquistanês doido. Todos os lançamentos que ele comenta são eletrônicos experimentais obscuríssimos, ou seja, uma delícia.
Networking Social Musical
Last.fm - É a maior meca musical da Internet. Acho até que todo mundo deveria, diariamente, rezar ajoelhado e virado para Londres, onde o site fica hospedado.
Para recomendações esporádicas, vale usar a rádio streaming do site. Você digita um artista de sua preferência e o Last.fm monta um playlist baseado em artistas/bandas semelhantes. Mas o lado "social" do site é o mais legal: usando um plugin que manda todas as músicas que você ouve no computador (ou no seu iPod) pro site, ele casa seu gosto musical com o de outras pessoas e gera as recomendações musicais mais personalizadas que já vi.
eMusic - Sim, além do blog que mencionei ali em cima, o próprio site da eMusic é um achado. Mesmo que você vá "adquirir" seus MP3 por meios cuja legalidade é questionável, a visita vale o boi só pra ouvir umas amostras das músicas, dar uma sacada nos "similar artists" das bandas que você curte, etc.
Como se não bastasse, o eMusic tem também "dozens" - listas de 12 discos criadas em volta de um tema. Dá pra perder horas achando coisas legais nestas listas. Tem dozens sobre gêneros musicais (como a de microhouse/minimal techno ou a de pós punk inglês), tem dozens criadas por artistas (como a de Sam Prekop, do The Sea and Cake)...
Orkut - Antes de torcer o nariz ("Aargh! Orkut não!!"), faça uma visita nas comunidades das bandas que você gosta. Quando o bate-papo nelas é bom, rola de descobrir coisas boas e similares. Um exemplo: Foi na comunidade do Godspeed You! Black Emperor, num tópico sobre projetos paralelos da banda, que descobri Explosions In The Sky, Set Fire to Flames e A Silver Mt. Zion.
Podcasts
XLR8R - O melhor podcast do meu iTunes. É bem alternativão e às vezes puxa muito pro lado do hip-hop/rap, mas frequentemente revela algumas pérolas: foi por ele que descobri Daedelus e J Dilla, por exemplo. E as músicas do podcast da semana ficam disponíveis pra download, de grátis, no site.
Banana Mecânica - Esse é brazuca. Muito bom para saber o que anda rolando fora do mainstream brasileiro, embora o podcast também inclua umas bandas gringas de quando em vez.
Outros
Musicovery - É uma rádio streaming que tem uma bela interface e um jeito muito criativo de dar sugestões musicais. Você escolhe os gêneros musicais que prefere e, usando um gráfico cartesiano (é sério!) marca se quer músicas mais calmas, energéticas, tristes ou alegres. Dá pra escolher também se você quer velharias ou coisas mais novas, hits ou não hits. A qualidade do áudio para a versão free do site é bem chinfrim, mas se o que interessa é descobrir bandas, ele dá pro gasto.
YouTube - Vale praqueles momentos onde você só quer saber como diabos é o som daquela banda que você vive ouvindo falar mas nunca se dispôs a baixar um disco e conferir. O "VocêTubo" normalmente tem um clipe ou um pedaço de show ao vivo do artista/banda que você procura.
Sites das gravadoras - Este é um estágio mais grave de vício musical: depois de descobrir de quais bandas você mais gosta, chega o ponto onde você descobre quais as gravadoras que tem mais bandas que você gosta. Eu, por exemplo, que adoro Tortoise, nunca me decepcionei ao experimentar outros artistas da mesma gravadora (a Thrill Jockey). Meus melhores eletrônicos estão em gravadoras que lembro de cabeça: Warp, Tigerbeat... Já Luiz, meu primo, é fã das bandas da Matador...
Não negligencie a gravadora das suas bandas, especialmente se ela for mais alternativa/obscura/independente. Às vezes eles tem preciosidades escondidas...
Outras listas com recursos online para descobrir músicas que são muito melhores que os meus - Não gostou das minhas sugestões? Ora, vá pra... esta lista do Mashable com 90 itens (!!) e seja feliz.
Ah, e me conte nos comentários o que você faz pra achar bandas novas.
Essa doeu no vernáculo
2007-08-25 12:24:00 +0000
No Orkut, na comunidade "Eu Amo BH Radicalmente" tem uma enquete...

Meu português bem dizido vai te deixar de boca abrida
2007-08-23 18:12:00 +0000
Fiz 25 pontos (83,3%) no teste de vocabulário do blog do Edney.
Momento Ctrl+C
2007-07-24 20:40:00 +0000
No último fim-de-semana este blog recebeu a maior honra de todas, o maior dos elogios: um plágio. O primeiro plágio de sua história.
O blog de um tal Anselmo (hoje fora do ar, mas na época composto só de posts plagiados) copiou meu post sobre fones de ouvido. Inteirinho. Até as imagens. O post plagiado só foi removido depois que achei o Orkut do salafrário e mandei um scrap pedindo a remoção. O post já saiu do ar, mas guardei um print screen de recordação deste momento lindo...
Pedobear!
2007-07-12 22:07:00 +0000
Você conhece Pedobear, o ursinho pedófilo?

Souu euuuuu!
Sim, eu disse "ursinho pedófilo"! "Pedo" de "pedófilo", "bear" de "ursinho"...
Só na internet pra aparecer uma coisa dessas mesmo... A Encyclopedia Dramatica tem mais informações:
Pedobear é um dos memes mais famosos e antigos do site 4chan(...). Pedobear é o mascote da legião de pedófilos escravizadores do 4chan, que ataca especificamente meninas pré-adolescentes (ou "loli").
O verbete da encyclopedia tem altas montagens com imagens do Pedobear, algumas bem engraçadas. Mas rir disso é errado, eu acho.
Assine a petição pelo debate e transparência no Projeto de Lei de Controle da Internet no Brasil
2007-07-10 17:33:00 +0000
A petição é relativa ao Projeto de Lei de Crimes Virtuais, de autoria do senador Eduardo Azeredo, que pode aleijar completamente a já frágil internet brasileira.
A idéia da nova lei é tipificar "crimes cibernéticos ou de informática". Acontece que ela pretende definir crimes virtuais sem antes fazer a regulamentação técnica e civil da internet: é um "carro na frente dos bois" do ponto de vista jurídico.
Pra ficar ainda mais evidente a gravidade da coisa toda, saiba que, do jeito que a lei está sendo proposta:
O sigilo das suas comunicações vai para o espaço, pois os provedores vão ser obrigados a monitorar tudo que seus usuários fazem e guardar os registros por três anos (imagine os custos disso!), pois tudo que você transmite online pode ser "apreendido" e usado como prova num processo criminal.
O simples acesso à qualquer coisa pode ser criminalizado, de acordo com o texto da lei. Você, leitor deste blog, poderia ser preso porque eu não dei "autorização expressa" pra você acessar meu site. Parece loucura, mas a lei permite esta interpretação.
Clique na imagem abaixo, leia o texto da petição, assine, divulgue.

(Fiquei sabendo via URBe)
YouTube Brasil: um problema sério?
2007-07-06 15:30:00 +0000

Já faz algumas semanas que temos YouTube em "versão brasileira", com interface em português e destaque para o conteúdo nacional. Isto é um marco importante no mundo online brasileiro, certo?
Não pra mim. Eu acho que o YouTube brasileiro, do jeito que está, pode significar um golpe sério na nossa frágil internet, por causa de duas coisinhas:
1) O destaque para o conteúdo da tevê (principalmente a Globo) e dos grandes portais (UOL, Terra, iG, etc.);
2) A falta de conteúdo produzido pelos próprios usuários.
Pois é. Já notou a quantidade enorme de clipes da novela Malhação que aparecem em destaque? E as notícias da TV Terra? E os clipes do iG? A razão está nesta nota da Folha, com o interessante título de "YouTube brasileiro reproduz TV aberta em seu primeiro dia": o portal está fechando parcerias com os grandes conglomerados de comunicação do mundo. Uma pena.
Pra mim o melhor do YouTube era o "you". Era o usuário criando uma opção de conteúdo diferente do que o que está na televisão. Eu tinha um sonho de que o YouTube se tornaria a tevê que você faz para você mesmo assistir, e que consequentemente teria a sua cara, a sua cultura.
É isso o que acontece lá fora: o YouTube internacional pode até ter um monte de conteúdo retirado da tevê, mas o que domina a página de destaques são clipes produzidos por gente normal, que se filma tocando violão, soltando fogos de artifício por conta do dia da independência ou construíndo uma Millenium Falcon com lego. O destaque não é o que a mídia empurra, e sim o que o povo produz.
Já aqui no Brasil, para fazer um teste, acessei a página de vídeos mais vistos. Ela tem 20 vídeos. Eu contei 15 com conteúdo retirado da tevê - incluindo 6 do Ídolos do SBT e 6 de futebol. Dos cinco restantes, um era um show do portal iG, outros dois eram pornográficos e os outros 2 eram "reprise" de vídeos americanos. Não tinha NADA criado pelos usuários.
Neste ritmo, o YouTube do Brasil vai perder rapidinho todo o seu potencial e acabar servindo muito mais como uma extensão da tevê do que como um canal de mídia diferente, focado no usuário. E a culpa não é da Globo, e sim da nossa atitude leecher em relação a internet: todos querem consumir, mas não querem produzir. Mas isso é assunto para um outro post...
LOLcats!
2007-07-05 16:11:00 +0000

Numa tradução livre: "OH NAUM! Vc dsablita eu cu krinho na kbça! ...td bem, ieu tenhu tempu"
Da Wikipedia (que, pelo número de citações no artigo, estuda seriamente os LOLcats):
"Um lolcat é uma macro de imagem com uma foto de um gato e uma legenda bem-humorada e idiossincrática. O nome "lolcat" vem da mistura de lol (laughing out loud - "Rindo em voz alta") e gato (cat). (...) Lolcats são criados para serem usados em fóruns e sites de compartilhamento de imagens, especialmente aos sábados ("caturdays"). Os lolcats são parecidos com outras macros baseadas em imagens, como a coruja do "O RLY?", mas a beleza infantil do gato potencializa o apelo e a proeminência do meme"

"Ei, seja bonzinhu - gatinhu emo eh sensivel."
Legendas em vídeos online. Tem jeito?
2007-07-03 16:30:00 +0000
Quando lançaram o YouTube Remixer, a primeira coisa que pensei foi: "finalmente, vamos poder legendar vídeos direto no YouTube"! Mas o Remixer, infelizmente, não tem essa funcionalidade.
Eu achava que ninguém se importava com legendas em vídeos online, até que, via Springwise, esbarrei com dois bons sites sobre o assunto:
dotSUB - O dotSUB hospeda vídeos e suas legendas, em várias línguas. Ele tem um player proprietário que exibe as legendas sobre o vídeo, exatamente como no cinema ou na TV.
As legendas são construídas pelos próprios usuários. Primeiramente, alguém transcreve o vídeo em sua língua original. Depois, esta legenda fica disponível para que qualquer pessoa falante de outra língua possa "retraduzí-la". Todas as traduções que nascem deste processo podem ser usadas ao assistir o vídeo. Tem até um demo no site, se você quiser brincar de tradutor.
Project Readon - A idéia do Readon é interessante: você clica num vídeo e duas janelas aparecem: uma com o vídeo em seu site original (YouTube, Metacafe, etc) e outra com as legendas.
Diferentemente do dotSUB, o Project Readon só tem legendas em inglês e não é colaborativo (usuários não podem enviar/traduzir legendas). E o "player de legendas" costuma sair de sincronia com o vídeo, já que ambos estão em sites separados que nem sempre carregam ao mesmo tempo.
Second Life - Bolha prestes a estourar?
2007-06-28 17:39:00 +0000
"Eu já sabia!"
Na Folha:
Bolha do Second Life começa a murchar, apontam especialistasO Second Life completou quatro anos no último dia 23. O mundo virtual continua a crescer, mas isso não significa que a empolgação do mercado com o simulador seja a mesma de um ano atrás.
A revista de economia "Forbes", na edição de julho, traz uma matéria sobre as decepções que algumas empresas tiveram no mundo virtual. Uma delas: o público efetivo não cresce como era esperado. (...)
No final do ano passado, David Churburk, vice-presidente global de marketing na web da Lenovo, enumerou pontos que ele considera negativos no mundo virtual. O mesmo fez Erik Kintz, vice-presidente de estratégia de marketing global da HP, em abril deste ano.
Eles destacam coisas como a dificuldade em medir estatísticas, o caráter sexual de grande parte do conteúdo e o controle frágil de propriedade intelectual dentro do SL.Além disso, considerando as ondas de escândalos sexuais e pedofilia do mundo virtual, é bom ouvir a opinião de um especialista. Lembram do discurso do Arquiteto da Matrix, no segundo filme da série?
"A primeira Matrix que criei era naturalmente perfeita, uma obra de arte, inefável, sublime. Um triunfo cuja grandeza é igualada apenas pelo seu fracasso monumental. A inevitabilidade de seu fim é, agora, aparente para mim como consequência da imperfeição inerente a cada ser humano."
Pois é, o barbudo aí sabia das coisas. Como bem disse Jason Kottke, "não dá pra ter coisas legais na internet", porque sempre aparece um bando de idiotas pra estragar tudo...
Prometeus - A revolução da mídia
2007-06-19 02:12:00 +0000
Videozinho que ilustra um possível futuro da mídia, toda convergindo para a internet. Muito bem feito e bastante plausível.
Só esqueceram do ponto de vista técnico: eu ainda acho que no meio do caminho mostrado no vídeo acontece um "global crash" da internet, surgem redes mais robustas, novos protocolos, novas limitações...
Bem, daqui a uns 20 anos eu leio este post e vejo se acertei.
Sete dicas de segurança online nada convencionais (e que funcionam!)
2007-06-19 00:23:00 +0000
1) Aprenda português.
...porque, felizmente, golpistas não sabem escrever. Eu nunca vi nenhum email de phishing que não tivesse um português assustador, do tipo "Nós da administrassão do Orkut, vamos estar abrindo cadastramentos de moderadores. Clique no link abaixo, e disgite seu logim e senha"...
Quando o email tem cara de oficial mas o português é de lascar, pode crer que é golpe.
2) Aprenda datilografia.
Eu já perdi a conta do tanto de senhas que descobri acidentalmente, só de ver a pessoa "catando milho" no teclado ao digitá-la. Você não precisa digitar 400 toques por minuto o tempo todo, como uma secretária executiva, mas pelo menos a digitação das suas senhas precisa ser rápida.
3) Não use Internet Explorer... muito menos o Firefox.
Já ouviu falar no Opera? Eu uso o Opera desde a versão 4 (hoje está na 9.21). Pra mim, é o melhor navegador que existe. Ele é gratuito, leve, rápido, funcional... e muito pouco conhecido, o que faz com que os hackers/crackers nem se importem em procurar brechas de segurança nele.
4) Seja um mentiroso.
Quando pedem meu email para colocar um simples comentário num blog eu digito "[email protected]". É meu email predileto para estes casos, principalmente pelo fato dele não existir. E quando pedem meu nome, sobrenome e endereço só pra eu criar um usuário num fórum ou fazer um download, subitamente eu passo a me chamar "Wladislav Severino", residente do Acre, nascido em 1920 e do sexo feminino.
Ou você acha que eu vou digitar meus dados reais por aí sem necessidade?
5) Use os palavrões da Turma da Mônica
Lembra das revistinhas do Maurício de Sousa, quando alguém xingava e seus palavrões eram substituídos por caracteres estranhos, tipo "!$&*@%"... lembra? Você não faz idéia do quanto estes caracteres tornam qualquer senha mais segura. Mesmo uma simples exclamação no final de uma senha manjada (como por exemplo "manuela!") aumenta em muito a segurança. Duvida? Faça o teste, com e sem a exclamação, neste "verificador de senhas seguras" online da Microsoft, e note que a segurança passa de "fraca" (weak) para "média" assim que você digita a exclamação. E, além do mais, em locais públicos como uma lan house, dá pra ser discreto ao pressionar shift e fazer algum bisbilhoteiro pensar que você, na verdade, está teclando "1".
6) Piadas sem-graça são extremamente seguras
Durante muito tempo eu tive uma senha que nada mais era do que uma piadinha ridícula: "Mas que senha grande você tem!"
Sim, isso era a minha senha. A piadinha é horrível mas a senha é supersegura: tem 30 caracteres, inclui espaços, letras acentuadas, maiúsculas, minúsculas e sinais de pontuação. Mesmo um programa de computador especializado, rodando em uma máquina superveloz, levaria milhares de anos para quebrar uma senha dessas na base da tentativa-e-erro. E ela é tão ridícula que fica fácil de decorar.
Um pouquinho de senso de humor pode ajudar a criar senhas longas, seguras e difíceis de esquecer. Dá até pra rir sozinho ao acessar seu email, clicar no campo "senha" e digitar: "Ih, esqueci"...
7) Escreva seu email sem escrever seu email.
Existem programas chamados spambots que ficam varrendo a internet e procurando endereços de email escritos em sites e blogs públicos, pra depois entupí-los com spam. Uma técnica frequentemente usada para que você possa divulgar seu email de forma que todo mundo entenda (menos os spambots) é digitá-lo de forma fonética. Um exemplo: meu email é tinocoso arroba hotmail ponto com. Viu? Todo mundo entende, menos os spambots (e, talvez, os golpistas analfabetos da dica número 1...).
O Primo recomenda: Joost
2007-05-25 17:12:00 +0000
Eu ia fazer um loooongo post sobre o Joost. Porque o troço é revolucionário e, se deixar, eu falaria dele por horas a fio. Mas vou tentar me concentrar só no que interessa mesmo.
A idéia do Joost, criado pelos mesmos caras que fizeram o Skype e o Kazaa, é distribuir conteúdo legal de TV pela internet. Digo "legal" nos dois sentidos: "divertido" e "judicialmente nos conformes". Por baixo do capô o Joost usa tecnologia peer-to-peer - ironicamente, a mesma usada pra piratear séries e filmes -, para garantir vídeo de qualidade sem "engasgar" na velocidade da sua internet.
O maior ponto forte do Joost é que ele, bem, ele é lindo, simples, poderoso e funcional. Coisa rara no mundo dos softwares de hoje em dia.

Assistindo um videoclipe. Note os controles no rodapé e nas bordas da tela, que aparecem e somem com apenas um clique.

Cada canal tem esta tela para escolha dos (inúmeros) programas. Ao fundo está passando o impagável videoclipe do "Chacarron", para fins... didáticos.
Além disso, o conteúdo do Joost ainda gira muito em torno dos canais pequenos e independentes. A programação de "TV de verdade" depende de convencer aqueles velhos executivos das emissoras, com suas cabeças (e advogados) retrô, que liberar seus programas, de graça, pela Internet, nesses tempos de pirataria desenfreada, é bom. Pra mim o sucesso do Joost depende exclusivamente disto. Mas parece que os velhos executivos estão ganhando, já que o Joost recentemente implantou "bloqueios regionais" e parou de transmitir alguns canais para fora dos EUA, o que deixou vários usuários europeus xingando no fórum do Joost.com.
Ainda assim o Joost é muito promissor e vale uma boa olhada. Recomendado.
P.s.: Como o Joost ainda é beta, precisa de convite para poder usá-lo. Pegue um aqui, mas corra antes que acabem...
Legenders: os "Heroes" da Internet
2007-05-19 15:05:00 +0000
Eu tenho uma rotina de downloads semanais das minhas séries favoritas: na terça eu baixo o Heroes novo, na quinta eu baixo o Lost novo e, na sexta, baixo o The Office novo.
Depois que vão ao ar, as séries mais quentes (como Lost) levam no máximo uma hora para aparecer na internet, normalmente via Bit Torrent. Isso acontece por volta de uma da manhã. A fomeagem é tanta que muitas séries são capturadas no Canadá porque passam mais cedo do que nos US and A.
Lá pelas quatro e meia da manhã já começam a aparecer as legendas, que são o tema deste post.
Na Internet brasileira há uma "cena" interessante e ativa de grupos de tradução. Uma molecada, boa de inglês, que se junta em equipes que se subdividem por função: tradutores, revisores e sincronizadores. Existem grupos de uma pessoa só ou equipes grandes com até treze pessoas, que ficam acordadas por madrugadas a fio e fazem tudo só por diversão... e para verem os seus nomes se espalhando nos créditos das legendas.
A série The Office, minha comédia favorita, não tem tanta competição: no site Legendas.tv apenas um grupo (The Office BR), de duas pessoas, faz as traduções. A legenda fica pronta no domingo, três dias após o episódio ir ao ar. Este fato, somado com o meu excesso de tempo livre, me despertou uma curiosidade: "E se eu legendar a série? Será que consigo lançar antes deles?"
Uma rápida conversa com o Tio Google e eu já tinha tudo que precisava para legendar o episódio 23, o penúltimo da temporada, ainda sem legenda até a semana passada. Graças a um software chamado VisualSubSync, o processo todo é estupidamente simples.
No canto esquerdo tem o áudio do episódio, em forma de onda sonora. Você seleciona o trecho onde alguém diz algo e digita a legenda naquela parte branca abaixo da tela. Acima dela fica a lista das legendas já digitadas. O programa, apesar de freeware, é estável, extremamente fácil de usar e poderoso: além das legendas ele tem uma função de checagem que mostra um relatório de erros nas legendas, indicando lugares onde ela ficou muito longa ou muito curta, ou onde o texto não fica tempo suficiente na tela para ser lido. Coisa linda de Deus.
Apesar de fácil, legendar um episódio de uma série leva tempo. Muuuuito tempo. Pelos meus cálculos, eu levei uns dez minutos para legendar cada minuto do episódio, contando o tempo de revisão. Um episódio de meia hora, que tem vinte minutos "úteis" de conteúdo, feito por uma só pessoa (eu, no caso), fica pronto em umas três horas e meia. Se contarmos cada fala - cada trecho de texto mostrado na tela - um episódio desses costuma dar umas 600 falas, digitadas e sincronizadas uma a uma. O "season finale" do The Office, que durou mais de 40 minutos, teve quase mil falas legendadas...
Como se o volume de trabalho já não fosse suficiente, ainda tem os problemas inerentes da linguagem, como quando dá briga e vários personagens falam ao mesmo tempo, trechos onde eles falam muito rápido e você tem que encaixar muito texto em pouco tempo ou ainda trechos com piadas com a língua inglesa, citações de personalidades americanas ou nomes próprios em inglês que são desconhecidos em português. E ainda tem os momentos onde o pessoal fala e você não entende nada, não porque você não sabe inglês, mas porque você desconhece o assunto que eles estão citando. Enquanto legendava o episódio 23, eu levei uma meia hora para "decifrar" uma piada que envolvia personagens do mundo de Harry Potter, já que nunca li os livros.
Depois de muito sangue, suor e lágrimas (e piadas), às 10 da manhã de sábado eu botei no ar a legenda do episódio 23, lançada mais cedo do que nunca, 36 horas após o episódio ir ao ar. Confesso que tive um prazer egocêntrico ao ver as pessoas baixando, às centenas, a legenda no Legendas.tv, e ao ouvir os comentários de "já tem legenda? valeu!" no Orkut. A versão do grupo "oficial" de tradução saiu apenas no domingo, como de costume. Eu baixei só pra comparar e ainda acho que minha legenda ficou melhor.
Eu me animei com a coisa e passei o dia de hoje traduzindo o "season finale" da série: 40 minutos de episódio, seis horas de trabalho para legendar. Mas, modéstia às favas, a legenda ficou ótima. Eu ia bater meu recorde e colocá-la no ar na tarde da própria sexta-feira, menos de 24 horas após a exibição do episódio, mas Lady Murfy não deixou: o Velox fez o favor de sair do ar às cinco da tarde, logo que terminei a legenda. Só consegui colocá-la no ar no sábado de manhã.
A moral dessa história toda é que temos que dar os devidos créditos pros legenders, que ficam trabalhando madrugada afora: não é nada fácil, eles nao ganham nada com isso, mas são eles que garantem a diversão "legalmente questionável" de muita gente. E digo mais: esse tipo de atitude virtual comunitária e voluntária para distribuir entretenimento é base da revolução que, pouco a pouco, vai apagar os antigos modelos de TV, rádio e copyright do mundo de hoje. É legal fazer parte disso, é legal ver isto acontecer. Pode me chamar de nerd, mas é algo que vou adorar contar pros meus netos.
Ah, antes que vocês perguntem nos comentários, sim, eu vou mandar um email pro grupo "oficial" de tradução da série e oferecer uma mãozinha: não faz sentido ficar morrendo de trabalhar só pra competir com eles, sendo que tenho muito a oferecer para ajudar. E além do mais, se Deus quiser, na próxima semana eu já não terei o dia inteiro para legendar: tem um projeto novo engatilhado pra mim, possivelmente aqui em BH. Será mesmo? Veremos...
Semiocupado
2007-05-04 14:20:00 +0000
Eu já ia completar um mês de "férias forçadas" quando, semana passada, pintou uma visita promocional - ou seja, ir ao cliente para fazer um diagnóstico e tentar vender um projeto.
A coisa toda seriam dois dias de trabalho, no interior de São Paulo. Um destes dois dias caiu exatamente no dia do aniversário de Bethania, que não gostou nadinha da história. Além disso, eu faria o trabalho - que nunca havia feito antes - sozinho, e meu desempenho ainda tinha que ser fora de série para deixar o cliente inspirado a nos contratar. Em resumo: nada diferente da rotina de sempre.
Pelo menos o trabalho seria em Ribeirão Preto. Apesar de estar no interior, Ribeirão Preto (ao contrário de Windturn City) tem aeroporto, táxi, essas coisas de lugar civilizado. O hotel era bem legal, confortável, e até tinha internet. Numa das noites, quando voltei do trabalho, perguntei pra mocinha da recepção quanto custava o acesso:
- É cinquenta reais, senhor - disse ela, sorridente.
- Hehehe, tá certo... agora deixa de brincadeira e fala quanto é de verdade.
- Uhh... é cinquenta reais mesmo.
Eu juro que queria entender porque diabos os hotéis metem a mão ao cobrar acesso à internet. Se eles fossem realmente inteligentes, davam o acesso de graça para atrair mais hóspedes.
Felizmente, após uma maratona de reuniões, planilhas, cafezinhos (muitos) e perguntas capciosas do cliente durante os horários de almoço, a coisa toda correu bem. Na próxima segunda estarei de volta para apresentar o diagnóstico aos chefões da empresa. Agora é torcer pra dar tudo certo.
Windturn No More
2007-03-16 02:57:00 +0000
Tá bom, é o terceiro post seguido sobre Windturn City... mas meus instantes finais por lá foram peculiares:
Logo depois do almoço fui até o quarto da hospedaria para terminar de arrumar as malas. Liguei a tevê na Globo (ou melhor, TV Vanguarda) e qual não foi a minha surpresa ao ver a falta de luz de ontem noticiada no jornal local...
Lembram da história da demora pra instalar internet? Bem, eu e Michael ficávamos fazendo piada: "só falta eles instalarem no último dia de projeto", dizíamos nós...
Adivinha só: exatamente na hora em qua eu estava saindo da hospedaria e entrando no carro para ir embora e nunca mais voltar, vi o pessoal da informática passando e perguntei:
- E aí gente, consertaram a internet?
- Sim.
Uma foto que me esqueci: o pseudônimo de "Buraco City", a cidade vizinha, tem origem nesta placa, que fica na estrada, bem do lado da entrada da cidade...
O pichador se enganou: o buraco é uns 15km mais embaixo...
O mundo dos gamers surdos
2007-03-01 02:43:00 +0000
Há algum tempo atrás Bethania me deu de presente a expansão do Doom 3, chamada "Resurrection of Evil". Só recentemente eu tive tempo de instalá-la pra jogar, e ainda tive um contratempo: eu precisava do Doom 3 completo pra conseguir instalar a expansão. Acabei recorrendo ao Capitão Gancho e baixei uma cópia pir... digo, de legalidade questionável, via Bit Torrent.
Acontece que a cópia que baixei estava em italiano. Enquanto fuçava na net pra descobrir como mudar o idioma do jogo, esbarrei em um link muito interessante: Doom 3 [cc], um mod, feito para deficientes auditivos, que adiciona closed caption no jogo.
Pra quem não sabe o termo mod vem do inglês "modification". Mods são programas que modificam ou acrescentam funcionalidades no jogo original, como novas armas, mapas, etc. Mas até então eu nunca havia visto um que tivesse finalidade tão altruísta...
Este mod nasceu de um post de um cara, nos fóruns do PlanetDoom, onde ele comentava porque diabos a Id Software não teve a decência de adicionar closed caption ao jogo. É que ele tinha um amigo com deficiência auditiva que sofria pra jogar Doom 3, já que grande parte da jogabilidade depende do som (exemplo: códigos dos armários de munição aparecem nas gravações de áudio dos PDAs que você acha no jogo).
As respostas que ele obteve do resto dos frequentadores do fórum foram de lascar:
"Seu amigo devia ir jogar Tetris"
"Nem tem tanto diálogo assim. Você esperava o quê?"
"Este é um dos posts mais idiotas que já li. Esse tipo de jogo não é para deficientes auditivos. Sabe por quê? Porque daria em legendas do tipo "demônio grunhindo atrás de você", "ruído de bola de fogo vindo da esquerda", "balas passando zunindo pelo seu ouvido". Ia ser muito idiota. Resumindo: JOGOS DE TIRO EM PRIMEIRA PESSOA NÃO SÃO PARA SURDOS. Caso encerrado. Como é que um surdo conseguiria jogar algum jogo desse tipo? Vê se cresce e pára de bancar o bebê chorão"
Felizmente, além desses babacas aí, também apareceram várias pessoas se dispondo a ajudar. Hoje vários jogos possuem mods de closed caption, e uma pequena comunidade já começa a se formar para garantir acessibilidade para jogadores com necessidades especiais.
Mas o mod para o Doom 3 é muito legal. Além das legendas normais, que descrevem os diálogos, há legendas para o som ambiente, barulhos de pegadas, de portas abrindo e, obviamente, dos inimigos. Além disso, há um pequeno "radar" no canto da tela que mostra de onde estão vindo os sons - o que permite que o jogador, mesmo surdo, saiba que o personagem "ouviu", por exemplo, um grunhido do lado esquerdo, alguns metros adiante. Este vídeo mostra como fica o jogo com as legendas.
Além do mod, os caras ainda foram gentis o suficiente para escreveram elaboradas transcrições do jogo, em documentos ilustrados contendo o timeline da história e todos os diálogos de todos os personagens.
Só porque outro dia eu comentei da pobreza online ...
2007-02-15 19:13:00 +0000
Só porque outro dia eu comentei da pobreza online do Brasil, eu entro no Rec6 e olha qual o primeiro headline:
Yahoo! Pipes - A Web como um banco de dados
Esse aí merecia um prêmio de pior manchete do ano. Desde quando a Web não era banco de dados?
A pobreza online do Brasil
2007-02-08 18:12:00 +0000
Toda vida eu só acompanhei a movimentação da internet "internacional". Pra mim, acompanhar a internet brasileira era perda de tempo, pois em termos de conteúdo novo ela era, simplesmente, patética.
Recentemente resolvi adicionar alguns sites brasileiros nos meus bookmarks de leitura diária, pra ver se alguma coisa tinha melhorado. Aí hoje eu entro no Rec6 (um dos muitos clones brasileiros do Digg) e dou uma olhada nos 10 headlines...
Três são de conteúdo original. Uma notícia nacional, útil e inédita (pra mim) - e que, ironicamente, saiu do ar, um anúncio do Google Docs & Spreadsheets em português e um "comentário do editor" sobre uso de internet.
Vários outros são replicação de notícia do resto da internet. Nada contra isso: afinal, sites do tipo do Digg existem exatamente para replicar esse tipo de coisa. Acontece que apenas em um deles a notícia replicada vêm mesmo do Brasil. Ou melhor, quase, já que ele repete uma notícia que eu tinha visto na Folha de São Paulo sobre o blog da Wired. O resto dos "repasses de notícia" relatam um novo serviço de hosting da gringolândia, ataques nos DNSs da gringolândia (que eu já tinha visto no Slashdot) ou traduzem artigos dos sites de notícia americanos... Tem também este aqui, que é só uma reedição de um artigo em inglês (que é citado apropriadamente, com todos os créditos, etc).
Digo isso porque outros dois artigos (em destaque, lembre-se bem) são cópia descarada. Este aqui é plágio de um artigo em inglês que estava ontem entre os populares do del.icio.us. O autor simplesmente traduziu o texto e adicionou um parágrafo no fim. O post está como se fosse de autoria dele. Ele não botou nada entre aspas, não falou que está citando outro artigo, e por muito pouco ele não deixa de dar o link para o original. O outro é um artigo (hoje fora do ar) sobre a página inicial da Apple ao longo dos anos. O autor nem se preocupou em avisar que pegou as imagens de um cara do Flickr...
Resumo: de dez links, três eram originais, quatro eram notícias do exterior, um era notícia "quase" brasileira e dois eram plágio. Acho que com isso dá pra vocês tirarem suas próprias conclusões...
Parabéns pro Opera Mini!
2007-01-26 18:32:00 +0000
Um ano de vida e 10 milhões de usuários ativos (incluindo eu).
Pra quem não sabe, o Opera Mini é um navegador de internet, em Java, pra usar no celular. Ele é revolucionário porque roda até nos telefones mais toscos que existem, e automaticamente formata QUALQUER site para caber na tela do telefone.
Ele e meu Gmail Mobile são uma mão na roda quando eu estou viajando - ou seja, o tempo todo.
Diga adeus
2006-11-07 17:03:00 +0000
Essa foi de lascar: Tá em votação no senado um projeto de lei que torna todo acesso a internet um crime se o usuário não se identificar previamente. Essa bomba aí é de autoria do Eduardo Azeredo (PSDB), e aparentemente nasceu do lobby dos bancos, operadoras de cartão de crédito e empresas de certificação digital.
Nem mesmo os EUA com toda a sua paranóia tentaram aprovar um projeto de lei tão imbecil como esse. O MinC já tá dando o grito, inclusive.
A enormidade da estupidez dessa lei pode ser facilmente exemplificada por este comentário que eu vi no Slashdot:
"Mas como eles vão saber as identidades das pessoas que postam no anonimato pra poder processá-las?"
Pois é. Como disseram no Fórum HardMOB, "Leis para internet criadas por velhos noobs sempre vão ser esses lixos que não servem pra porra nenhuma"
Quem tem YouTube tem tudo
2006-09-29 15:02:00 +0000
Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a dominação global do YouTube, é só dar uma olhadinha nesta notícia da Folha de São Paulo sobre o VMB (que foi ontem). Ela é toda "ilustrada" com trechos da premiação que estão hospedados no YouTube...
Coisas pequenas demais para virar post mas grandes demais pra não irem pro blog
2006-07-21 17:36:00 +0000
Esqueci de contar que estarei de férias toda segunda e terça até o dia do casamento.
O lado bom? Putz, é férias, e vai dar pra resolver um tanto de coisa do casório.
O lado ruim? Eu recebo por dia trabalhado, portanto...
Fiquei feliz ontem: fiz meu cooper quarta-feira, em Copacabana, e nenhum velhinho me ultrapassou como da última vez. Culpa do Rather Ripped, disco novo do Sonic Youth que ouvi durante os exercícios. Ainda acho que Incinerate vai ser a música do ano de 2006...
Aí quinta minha garganta ficou ruim e na sexta veio outra crise de sinusite.
Eu sempre curti aquela mensagem de erro do Flickr que dizia que o "Flickr is having a massage"
Aí vi no Cool Hunting que eles inventaram uma ainda melhor: aparecem dois círculos grandes na tela e uma mensagem dizendo: "Arrrgh! Nossa tubulação entupiu toda!". E mais abaixo instruções sobre o que fazer enquanto o Flickr não volta: imprimir aquela página, colorir os círculos como quiser, tirar uma foto, mandar pra lá e concorrer a uma conta Pro por um ano. Genial...
Luiz tinha razão, DJ Shadow é bom mesmo.
Sou só eu que acha ou a Cow Parade de Belo Horizonte realmente tá um lixo?
Tente dizer a seguinte frase em três segundos:
"Serviço de relacionamento com o cliente Gol informo que esta ligação está sendo gravada Solange bom dia um momento"...
Foi o que a mulherzinha do 0800 da Gol acabou de fazer aqui.
Nerdices
2006-05-23 00:36:00 +0000
Nerdice light: Seen on slash, site que reúne os comentários mais inacreditáveis já postados no Slashdot. É divertido e deprimente ao mesmo tempo.
Nerdice hardcore: A Febre dos Vídeo Games (parte 1, 2, 3 e 4). Passou no Globo Repórter, em... 1991. Meu primo Luiz gravou e assistiu dezenas de vezes quando era criança. Eu também. Algumas partes eu até lembro de cor...
É incrível. Se bobear, a maioria dos jogos que apareceram no documentário eu consigo jogar, hoje, no meu celular. O que será que meus filhos vão jogar daqui a alguns anos?
Update: E o prêmio Primo de nerdice do dia vai para este link. Vou até traduzir o comecinho.
A noite passada eu tive um sonho (...)
Jon e eu estávamos na platéia de uma conferência sobre blogs, digitando nos nossos laptops. Eu dei uma olhada no que ele estava escrevendo e notei que ele não estava fazendo anotações da palestra, e sim conversando com alguém no iChat. Tentei não bisbilhotar, mas eu não resisto a esse tipo de coisa. No início eu acho que a luz fraca do salão está fazendo minha vista embaralhar, mas depois de piscar várias vezes eu podia afirmar com certeza que ele está conversando com Gisele Bundchen.
Tentei me conter o mais que pude, mas eu já sentia o gosto do sangue no lugar onde eu mordi a própria língua. Aí eu me inclinei e, como estávamos no meio de dúzias de pessoas, falei o mais discretamente possível: "Que diabos você acha que está fazendo??", sussurrei, só que o que saiu foi mais parecido com um tiro de ar direto no ouvido dele.
Ele sentiu a raiva no meu tom de voz, e tentou me acalmar logo de cara: "Eu estou tentando explicar as diferenças entre MySQL e Perl pra minha amiga", ele responde, como se fosse a coisa mais lógica do mundo...
"Tá, mas você é amigo da Gisele Bundchen?", perguntei.
"Bem, sim", diz ele. "Conheci ela num fórum de WordPress há alguns meses."
A prova da existência de Deus
2006-04-25 05:15:00 +0000
Thanks, Luiz!
A aposta
2006-04-06 13:39:00 +0000
Garoto conversa com a namorada:
- Ah, qualquer site besta de internet consegue milhares de acessos, simplesmente pelo fato de que as pessoas sempre estão mortas de tédio.
- Você é um idiota! Você jamais poderia fazer um site que tivesse milhares de acessos!
- Ei! Você me chamou de idiota!
- Chamei sim, e você jamais faria um site que conseguisse milhões de acessos...
- Quer apostar?
...
- Então os termos da aposta são esses: Se eu fizer um site e ele não tiver 2 milhões de visitas, eu admito que sou um idiota. Mas se o site conseguir mais de 2 milhões de visitas, você vai fazer um menage a trois comigo e com outra menina... apostado?
- Tá apostado.
Agora, o mais legal: essa história é verdadeira. E o site estava com 2.300.000 hits quando eu escrevi este post.
Super Tan Girl
2006-01-26 18:03:00 +0000
Conheçam o mais novo futuro fenômeno da internet... é a SUPER TAN GIRL!!!

Esta é Crystal Parizanski, que apareceu na TV num teste para o programa American Idol.
Ela tem um bronzeado artificial de dar medo. E uma sombra no olho de dar medo. E quando ela fala, é como se as palavras dela fossem faladas tipu akelas miguxas ki ixkrevem assim:
"Tipo que eu acho que eu sou tipo sabe igual a Christina Aguilera porque, tipo assim, eu tenho atitude tipo eu vou lá e não importa como ninguém vai me fazer parar, saca..."
Crystal Parizanski mudou todo o significado da expressão "burra igual uma porta". Subitamente, todas as portas do mundo ficaram um pouco mais inteligentes pra mim...
O vídeo dela fazendo o teste é simplesmente hilário - está neste link, mais ou menos no meio da página. Se você for anti-americano, vai AMAR o vídeo e se deleitar com a estupidez dos nossos brothers da américa de cima.
P.s.:
2005-12-24 06:35:00 +0000
Luiz Otávio quase me mata de susto nos comentários falando que a Microsoft comprou o Opera.
Felizmente é mentira. Mas que deu MÊDA deu, porque sem o Opera eu não sou absolutamente ninguém.
Bye bye, privacidade
2005-11-20 15:27:00 +0000
Acabei de ver na Foia de Sumpaulo:
Projeto cria cadastro de internautas para inibir crime
Os usuários de internet no Brasil deverão ser cadastrados, e os registros das correspondências eletrônicas armazenadas durante um período pelos provedores de internet. É o que prevê o projeto de lei do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que foi discutido hoje em audiência pública na Comissão de Educação.
A proposta tem como objetivo estabelecer algum tipo de controle sobre o que é veiculado na internet e facilitar a apuração de crimes cometidos na rede mundial de computadores, explicou Amaral.
Ma putaquepariu nesse governo de merda. Tomanucu. Cambada de burro do caralho. Desculpem os palavrões, mas assim não dá.
O melhor freeware do mundo
2005-09-21 13:09:00 +0000
A partir de hoje, o Opera (melhor browser da atualidade, na minha opinião) é gratuito. Sem banners, sem registro.
Opera de graça
2005-08-30 21:54:00 +0000
Essa é demais: O melhor browser do mundo, o Opera, fez 10 anos. De presente, eles estão dando códigos de registro do programa de graça no site.
Corra e pegue o seu.
Fast Books
2005-04-21 03:43:00 +0000

Esta aí é a tela do meu Soulseek baixando o disco novo do The Books.
Levou apenas 11 minutos e 13 segundos. Eu vou levar mais tempo pra ouvir o disco do que levei pra baixá-lo.
Pornografia na Internet - Uma droga pior do que o crack?
2004-11-29 02:06:00 +0000
Deu na Wired...
Mary Anne Layden, co-diretora do Programa de Trauma Sexual e Psicopatologia do Centro para Terapia Cognitiva da Universidade da Pensilvânia, definiu a pornografia como "a coisa mais preocupante para a saúde mental da qual eu tenho notícia na atualidade".
"A Internet é o sistema perfeito de distribuição da droga porque você está anônimo, excitado e tem modelos de conduta para cada comportamento", disse Layden. "Ter drogas enviadas direto pra dentro de casa, 24 horas por dia, sete dias por semana, de graça, e crianças sabem usar o sistema melhor do que os adultos - É o sistema de distribuição perfeito perfeito se quisermos uma nova geração de jovens viciados que jamais vão tirar esta droga de suas mentes."
Viciados em pornografia tem mais dificuldades de se recuperar do seu vício do que usuários de cocaína, já que estes podem retirar a droga de seus organismos, enquanto imagens pornográficas ficam no cérebro para sempre, segundo Layden.
E o pior é que ela falou isso tudo aí pro senado americano. Já estou até vendo a onda de paranóia vindo rapidamente...
Eu também acho o vício em pornografia problemático, mas nem tanto quanto foi retratado. Os americanos sempre exageram quando se trata de algum tipo de ameaça em massa. Na minha opinião, Darwin vai continuar fazendo o seu ótimo trabalho de seleção natural. Só temos que esperar.
Não funciona
2004-11-26 20:33:00 +0000
Eu (e mais um tanto de gente) não consigo entrar no Orkut pelo Firefox. Nem pelo Opera.
Bye Bye Blogger
2004-10-06 13:27:00 +0000
Evan Williams está deixando a companhia que fundou e que foi tão fodassa que o Google a comprou: trata-se do Blogger.
Esse foi um momento tocante para mim e para este blog que já completa 3 anos e 4 meses de vida. Se não fosse pelo trabalho do nosso amigo Ev, vocês não estariam lendo as agrúrias dos meus dias estressantes de trabalho ou os meus comentários nerds sobre qualquer coisa.
É isso aí, boa sorte ao Mr. Evhead.
"Quer que eu desenhe? Eu desenho!"
2004-09-25 17:01:00 +0000
Deu na Folha que a Internet é o meio de comunicação preferido dos americanos entre 18 e 54 anos. Dentre os pesquisados, 70% usam a net para entretenimento.
Eu acho que a Internet vai ultrapassar a TV em termos de entretenimento. Na TV, poucos são os programas interessantes, e eles não passam nos canais abertos. O próprio Gugu tem um quadro do seu Domingo Legal onde um cara lá fica mostrando as últimas da Internet, com os vídeos e fotos engraçadas que se espalham pelas caixas de e-mail do mundo. E se você quiser dar risada, suas únicas opções são o batido Casseta e Planeta, as tentativas de inovação humorística (como A Diarista ou Sexo Frágil) ou os asilos de artistas, como A Turma do Didi, A Praça é Nossa ou Zorra Total.
Em compensação, eu racho de rir nas comunidades do Orkut (como a de Discussões Infundamentadas).
Jamais subestime o poder do Orkut
2004-09-22 15:30:00 +0000
Na comunidade de Discussões Infundamentadas, alguém perguntou: Por onde anda Jordy?
E, pasmem, alguém encontrou. Ele hoje tem 16 anos, vive numa fazendinha na França, seus pais se divorciaram e (valha-me Deus) agora quer ser um produtor de techno.
HAHAHAHAHAHA
2004-07-30 22:08:00 +0000
Depois me perguntam pra que serve o Orkut...
Para navegar melhor e sem riscos...
2004-06-29 13:45:00 +0000
Grande coisa
2004-06-23 22:38:00 +0000
E hoje os brasileiros tornaram-se maioria de usuários no Orkut, superando os americanos. Na verdade, os brasileiros tão que invadem várias outras comunidades online, como o Fotolog, por exemplo.
Legal. Agora que somos os primeiros em várias comunidades online, vamos começar a nos comparar com os outros países em outras lideranças mais significativas. Como renda per capita, percentual de alfabetização ou de desemprego...
Mendigando um iOrkut
2004-06-01 02:45:00 +0000
Caiu na minha caixa postal:
Olá,
vc não me conhece...
mas eh que gostaria mto de entrar no Orkut e naum conheço ninguem que possa me indicar... tem como vc fazer isso pra mim?
Muito obrigado pela atenção,
Alexandre
Vejam só, um modismo de internet fazendo pessoas esmolarem contas no Orkut. Eu fiquei tão apiedado do menino que indiquei ele.
Leak-ut
2004-05-06 20:58:00 +0000
The Memespread Project
2004-04-08 15:45:00 +0000
I <3 U. Gimme my wallet.
2004-03-31 03:39:00 +0000
Outro dia o Dequejeito definiu muito bem o Orkut: É uma comunidade onde você acumula amigos e ... tira onda com a quantidade de amigos que você tem. Mais nada.
Agora tem o FunHi (leia matéria na Wired), onde você dá presentes virtuais pros seus amigos. Só que os presentes (que NÃO EXISTEM) custam dinheiro REAL e os donos do site estão se entupindo dele.
Legal. Some o capitalismo com a internet e você tem o quê? Comércio de carinho.
No MSN
2004-03-05 02:00:00 +0000
Zé diz:
Working??
.:Norton:. diz:
neim...
.:Norton:. diz:
killing
Zé diz:
killing??
Zé diz:
Halo?
.:Norton:. diz:
class.
.:Norton:. diz:
hahaha
Zé diz:
Hahah! Boa
Realmente, a internet revolucionou a comunicação.
Warp goes Bleep!
2004-01-15 15:41:00 +0000
Internet is shit
2003-12-23 05:22:00 +0000
A internet é uma merda. (em inglês)
Eu estive prestes a concordar com o (interessantíssimo, curto e muito bem escrito) texto, mas acho que ele pulou o item mais importante: O que dá poder pra Internet como mídia é a facilidade de se encontrar a informação.
Se eu quero descobrir um endereço, eu posso pegar uma lista telefônica e olhar. Ou ir no site da Telemar. Ou no ComoVou. Qual é o mais prático?
Aí tem a confiabilidade... mas isso depende de onde você pega a informação. Lembro de uma vez ter visto no telejornal local da Globo que a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais ia tocar num dia xis, no Teatro Ipsilon. Liguei pro Teatro Ipsilon e me disseram que a orquestra não ia tocar e que a notícia tinha sido dada por engano. Eu vi num telejornal da Globo, na TV, e a informação não foi confiável.
Lembro de já ter lido um sem-número de coisas equivocadas em jornais, livros e revistas, em notícias sobre sobre música eletrônica ou tecnologia (que são áreas que eu entendo a ponto de poder perceber enganos). Na web o problema parece mais grave porque qualquer pessoa pode colocar qualquer enganação no ar.
Mas o problema está é no fato de que as outras mídias (TV, jornal, revista) tem uma atmosfera de confiabilidade muito maior do que a Internet. E nenhuma delas é realmente confiável. Assim, tem-se a falsa impressão de que as coisas na Web são menos confiáveis, embora nas outras mídias a informação possa ser ainda mais distorcida e editada.
Essa é a minha opinião: se dessem um "reset" na Internet, nos moldes que o texto prega, ela se tornaria como um jornal ou uma emissora de TV, e com seus mesmos problemas.
Agora, o texto acerta num ponto fundamental: colocar a Internet como fonte exclusiva de informação é, no mínimo, estupidez. Quando eu vou comprar alguma coisa, como por exemplo um discman com MP3, eu procuro informações na Internet, leio reviews do aparelho escritos por profissionais e por pessoas comuns... e converso com meus amigos que possuem um discman desses. A dimensão de informação que eu obtenho pessoalmente serve como um excelente "filtro" para a informação que eu obtive online.
Falei demais. Mas, não vá por mim, leia o texto do internetisshit.org e tire suas conclusões.
Pobres gatinhos
2003-11-17 02:06:00 +0000
Entrei no Fark hoje e vi uma notícia assim:
"Two high school girls make out in protest of homophobia, suspension ensues, also mass kitten extinction"
Aí eu rachei de rir com a parte do "mass kitten extinction"... e depois me senti um idiota nerd. Se você não entendeu nada, eu explico.
Há algum tempo atrás uma certa foto rodou a Net. Aí virou uma coqueluche, as pessoas passaram a querer comprar um Domo Kun (de onde saiu esse bicho?) e a coisa ficou bem popular...
Pronto, agora você perdeu uns instantes da sua vida comigo.
Ortopedia sexy
2003-07-31 03:19:00 +0000
Existem fetiches estranhos. Outros, bizarros. Alguns, doentios. Tem aqueles que você não acredita.
E tem esse aqui.
Tem coisas que só a Internet mostra pra você.
(P.s.: Vi no Fazed)
Entendeu errado
2003-03-30 06:30:00 +0000
Misunderstood Computer Terms - Um dos concursos de photoshop mais engraçados que já vi no SomethingAwful....
(Nota: Não perca seu tempo se não souber inglês e informática além de Word e Excel)
Sempre o último a saber
2003-03-17 04:09:00 +0000
Ah não. Ah, não.
Só agora a CNN descobriu que é possível compartilhar pornografia usando Kazaa.
Eu conferi e reconferi o link três vezes pra ver se não era boato.
Blogs sem fio na palma da mão
2003-01-04 05:50:00 +0000
Estou testando aqui pra conseguir blogar do meu Pocket PC usando o celular pra se conectar à Internet. Do Pocket PC, acesso o Wapblogger pelo Internet Explorer mesmo, cuja conexão à Internet é via GPRS do celular. A conexão PPC/Celular é sem fio, via infravermelho (IrDA). Até agora não consegui postar porque, aparentemente, o Blogger tá com pau de novo.
Quanta nerdice.
O Homem Sem Rosto!!!
2002-12-12 19:10:00 +0000
Acabo de receber a MELHOR LENDA DO ANO pela Internet!!
Estou tendo que controlar o riso porque a pessoa que me mandou está na minha mesma sala...
É um arquivo do Power Point que, em resumo, diz:
Essa história nos mostra claramente que a energia do viver suplanta quaisquer problemas ou obstáculos (...) É um fato verídico. "O HOMEM SEM ROSTO"
Numa noite, ao voltar a pé para casa, um jovem foi atacado por cinco bandidos assaltantes. (...) Eles esmagaram seu rosto, com suas botas (...) Quando foi colocado na maca, uma enfermeira, para seu horror, notou que o jovem não tinha mais um rosto. Cada uma das órbitas oculares estavam esmagadas, seu crânio, pernas e braços estavam fraturados, seu nariz estava literalmente pendurado em sua face, todos os seus dentes haviam se partido e sua mandíbula estava separada de seu crânio. (...) Ele passou cerca de um ano no hospital. E quando saiu, seu corpo estava recuperado, mas seu rosto era algo repulsivo de se olhar. Ele não era mais o bonito jovem que todos admiravam (...)
Ele chegou a ter pensamentos suicidas. Um dia, ele passou diante de uma igreja (...) O Padre, através de contatos pessoais, foi capaz de assegurar os serviços do melhor cirurgião plástico da Austrália, sem custo algum (...) A cirurgia foi um milagre. O melhor serviço dentário foi providenciado para ele. O jovem tornou-se tudo que ele prometera a Deus.
Trata-se de "MEL GIBSON"
BWAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!
MEL GIBSON!!!! HAHAHAHAHAHAHA!!!
E o pior é que tem gente que acredita!!!!!!!
Her name was Lola... AAAAAARGH!!
2002-12-11 20:30:00 +0000
Fatal Auto Collision Song, a idéia mais legal que já vi no HalfBakery; Fiz questão de traduzir porque é muito massa:
Eu estive preocupado com isso por um bom tempo. Imagine o seguinte: estou dirigindo, compulsivamente mudando a sintonia do rádio pra tentar achar uma música que eu goste quando, de repente: Pow!! Crash!! Boom!! e os restos do carro (e de mim) são envolvidos numa nuvem fumegante...
Meu sangue se esvai rapidamente, escorrendo pelo acostamento. A minha vista vai ficando escura. É o fim. Mas o rádio ainda está funcionando e meus últimos suspiros acontecem enquanto "Copacabana", do Barry Manilow, serve de trilha sonora para a minha passagem para o além. "Her name was Lola, she was a showgirl," etc., enquanto a minha essência se vai.
Mas que maneira intolerável e indigna de morrer! Com o "Fatal Auto Collision Song", um dispositivo de som é instalado no seu veículo. Quando uma quantidade insuportável de danos acontece com o carro, o sistema cancela o rádio e toca a música que você prefere ouvir em seu leito de morte.
De acordo com esses testes da Internet...
2002-12-10 18:58:00 +0000
...como este, Eu deveria ser um publicitário.
Eu deveria ser uma foca chamada "otária" que apesar do nome é "sociável e inteligente, adora estar na companhia dos amigos e tem senso criativo".
Eu deveria ser aquele filme, Imensidão Azul, do Luc Besson. Ou o Beleza Americana...
O melhor rótulo imbecilóide que me define é "nerd" e, se eu fosse um fim, seria um fim de noite.
A minha personalidade é cheia dos bizius, altamente esquizóide (prefiro a solidão, evito relacionamentos e não demonstro emoções), muito "schizotypal" (tipo uma esquizofrenia leve, meu modo de pensar é estranho e nem todos conseguem acompanhar) e moderadamente obsessivo-compulsiva (dou valor em excesso à perfeição das coisas, evito trabalhar em equipe porque acho os outros não tão competentes quanto eu).
Minha resolução de ano novo deveria ser "sair com menos gente que me faça sentir que sou superior a elas".
Se eu fosse um personagem de videogame dos anos 80, seria aquela barrinha do BreakOut.
Se eu fosse um vampiro, seria do clâ Toreador.
Minutos de Sabedoria
2002-12-04 21:20:00 +0000
"Nobody wants to pay for content on the web -- especially when you can probably find similar content in a half dozen different places for free." - Li aqui.
Você percebe a simplicidade dessa frase? Melhor, você percebe a infinita sabedoria contida nessa frase?
Pois é, muita gente não...
"It was kind of... a bummer..."
2002-11-08 22:50:00 +0000
A propaganda da Apple com a Ellen Feiss é, sem dúvida, a melhor coisa que já aconteceu na Internet esse ano.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=l2-UuIEOcss[/youtube]
Eu adoro a Ellen Feiss. Ellen Feiss é a melhor. Eu rolo de rir toda vez que revejo a propaganda e ela faz aquela cara de "muita maconha" e diz: "And I was like... hm?"
Não, a moleza não acabou!
2002-11-07 15:25:00 +0000
Ok... tá correndo por aí uma lenda (eu vi no blog do Cris Dias, que inclusive já desfez o engano) de que a Telemar parou com aquele esquema de cobrar só um pulso por chamada nos sábados à tarde e no final de semana. Como "prova", mandam esse link aqui, pra tabela de tarifas do site:
http://www.telemar.com.br/31/home/fixofixo.asp?Estado=MG
Só que essa tabela é de interurbano, pô!! Olha aqui a tabela certa, de ligações locais, confirmando que não é verdade:
Wireless Nerd
2002-10-03 04:20:00 +0000
Hoje, por volta das 7 da noite, estou eu subindo a escada rolante do Shopping Cidade... e me dá uma vontade de ver quem está no meu ICQ.
Pego o celular e acesso o portal WAP do iG, o SeliG e, sim, acesso meu ICQ de lá. Daí, passo no McDonalds e, enquanto como, fico conversando com um colega que tá lá em Brasília.
Pois é né... realmente, eu sou nerd demais.
Tarifa única
2002-09-30 12:34:00 +0000
Quer navegar na net sem preocupar com a linha telefônica? Diga sim a Tarifa Única para acesso discado.
Sangue é engraçado
2002-09-26 17:40:00 +0000
Ou... o mundo não tem conserto mesmo não. Cheguei do almoço e na sala tava todo mundo rachando de rir de alguma coisa no computador. Fui ver o que era...
http://review.mondominishows.com/happytree.html
Isso é coisa de gente doente.
Bumfights - Now on court
2002-09-26 13:02:00 +0000
Vocês não imaginam como eu fiquei feliz em ver essa notícia: O "Bumfights.com" era de dois caras (obviamente americanos de Las Vegas) que pagavam mendigos pra brigar ou fazer coisas imbecis (como pular de uma ponte), filmavam tudo e vendiam os vídeos no site. Aí se lembraram que isso é muito irracional e foram lá prender os caras.
Nine Eleven
2002-09-11 12:45:00 +0000
Saco, começaram as canseiras de 11 de setembro. Help Desk não publicou strip hoje.
Domínios dominando
2002-03-28 22:43:00 +0000
Caramba, fui procurar uma receita de tomate seco para minha mãe, acabei achando o www.tomateseco.com.br
As redes wireless estão... fritas
2002-03-18 23:24:00 +0000
Use uma latinha de Pringles para espionar sinais de redes sem fio.
É batata. Tem até uma "receita" de como fazer, nesse site.
Falsos Cognatos da Internet
2002-02-14 21:35:00 +0000
http://www.fatheaded.com - Site de estudos bíblicos
http://www.daddy.com - Serviço de "acompanhantes"
http://www.tricycle.com/ - Uma revista sobre budismo
http://www.snake.com/ - Tem apenas um link para www.chicagocds.com que por sua vez vende CDs pornográficos.
(Fonte: SeeThru's Random URL Generator)
Late Night Reading
2002-01-15 06:00:00 +0000
Não sabe o que fazer na Internet de madrugada? Faça como eu: leia os fóruns do Audiogalaxy!!
Tem uns muito instigantes, como um sobre Anime... desenho japonês seria uma forma de escapismo?
Tem os toscos, que só tem xingamento. Esses são engraçados, principalmente os de artistinhas famosos como Christina Aguilera ou Kid Rock.
Tantofaz não tem, dona
2001-11-01 18:23:00 +0000
Hoje eu lembrei do tantofaz.com, um site que sempre me trouxe coisas interessantes pra ler quando eu estou atoa.
De cara, na página principal, reportagem sobre o fim dos Raimundos, com a seguinte frase:
"O que o Raimundos uniu, só Deus separa!! Rodolfo anuncia sua saída e a banda se separa!!"
Tá pra nascer uma frase mais mal formulada. Daí, continuo a leitura e...
"Grande dia para fãs do Backstreet Boys!! Você que esperou até hoje, agora vai ter... Um mega apanhado da tragetória da banda"
Uaaieou!
Tourist Guy
2001-10-19 17:59:00 +0000
Hahahahahahahaha!!! Zilhões de montagens com esse cara em TouristGuy.com!!!!!
l33t sp34k
2001-10-18 20:18:00 +0000
Tudo começou um dia, quando alguns hackers criaram o Back Orifice. Ele acessava a porta 31337 do seu computador.
Este número tinha um significado. Se você forçar a vista, lerá um ELEET (elite) no meio dos números.
Sim, esta é uma língua da Internet. Chama-se l33t (leet, de eleet, que vem de elite). Dá uma sacada.
3$+3 8L0g 3H L33+, R4P4Zi4d@!! pH3aR MY 8L09NE$$, L@m4hZ!!!
GeoSHIT
2001-10-11 15:42:00 +0000
Geoshities filho duma franga...diz que esse site excedeu a cota máxima de visitas e tira o site do ar por alguns momentos...
Prestenção Geoshities!! Nem 10 pessoas vem aqui por dia!!
Sites feios
2001-08-22 18:47:00 +0000
"O medo dá origem ao mal", diria Chico Science...
Uma amiga do tempo de faculdade me mandou um email, perguntando qual seria um site feio e ruim de navegar.
Bom, pra mim, o HPG é o pior dos piores...fala a verdade, aquele logotipo com um olho grande é quase satânico! E a página inicial é a coisa mais confusa que eu já vi na net.
Daí eu vou ler o Loser, como leio todo dia...hein?! O cara batizou o chimpanzé de Tinoco! Tinoco é meu sobrenome, Pedro Ivo filho duma macaca!!!!!
Tribos online
2001-07-31 21:29:00 +0000
Tudo o que eu queria é poder atualizar o blog usando meu browser Opera...cê já usou o Opera? O Opera é o Audiogalaxy dos browsers: pequeno, rápido, de grátis, e eu te amo.
Mas nada interessante hoje, de novo...quer dizer, o Ford Fiesta que comprei sai da concessionária amanhã. Mas isso só é interessante pra mim mesmo...então, vamos à reflexão inútil do dia:
Entre os adolescentes é muito comum termos aquelas "tribos urbanas": mauricinho, punk, nerd, alternativo, clubber...mas como será que eles são em termos de computação?
Mauricinho/Patricinha:
Browser preferido: Internet Explorer fornecido pela AOL...
Computador: Imac, ou um PC de marca (Compaq, Itautec, etc.)
Skin do Winamp: Britney Spears para as meninas e Ferrari F120 para os meninos
O que tem no mousepad: Logomarca de um curso de Inglês/Francês/Espanhol. Isso quando não tem "Planet Hollywood" ou "Hard Rock Café".
Sites preferidos: Afterdark, ObaOba, UOL, AOL, BOL, todos os OL da vida. E as colunas sociais dos jornais online.
Punks e Metaleiros:
Browser preferido: Netscape, pois Internet Explorer é fruto do capitalista podre chamado Bill Gates...
Computador: PC normal. O destaque são os adesivos de bandas colados por todo o gabinete e monitor.
Skin do Winamp: Qualquer uma de banda. Ou alguma com caveiras.
O que tem no mousepad: Geralmente não tem mousepad. Quando tem, ele tem a marca de loja de informática, porque veio de brinde com o computador. E tem sujeira também, pois não é trocado há anos.
Sites preferidos: IRC, Audiogalaxy, e qualquer um que tenha preto.
Nerds:
Browser preferido: Opera, Mosaic, Netscape, qualquer um com versão para Linux (Internet Explorer é considerado um crime)
Computador: No mínimo dois, com todos os números grandes (512Mb de RAM, 100Gb de HD...)
Skin do Winamp: Que winamp? Ele usa é Sonique ou K-Jofol.
O que tem no mousepad: O mousepad é liso, porque é ergonômico, tem almofadinha de teflon para evitar tendinite.
Sites preferidos: Slashdot.org, todos com a palavra "warez" e, eventualmente, playboy.com.
Alternativo:
Browser preferido: Netscape, porque é (supostamente) diferente.
Computador: PC, com placa de som permanentemente tocando MP3 da Banda de Pífanos de Caruaru e outras esquisitices.
Skin do Winamp: Aquelas bem malucas do Radiohead.
O que tem no mousepad: Varia. Pode ser uma folha de maconha, o rosto do Elvis, uma claquete de cinema (com nome de um filme francês escrito nela).
Sites preferidos: Epitonic, SonicNet, coisas sobre cinema francês, marxismo e Mao-Tsé Tung, etc.
Clubber:
Browser preferido: Internet Explorer com NeoPlanet e um skin flúor.
Computador: Imac laranja, ou PC (mas sempre com monitor/teclado/mouse translúcidos)
Skin do Winamp: Qualquer uma com cores flúor.
O que tem no mousepad: "Love Parade 2000". Ou um grande comprimido com um "E" no meio.
Sites preferidos: Fiberonline, Rraurl, coisas relacionadas à baladas e alucinógenos.
Napster está morto mas não está fazendo falta
2001-06-29 15:35:00 +0000
Tem um novo ícone perto do relógio do meu Windows. É o ícone do AudioGalaxy Satellite, de longe o melhor "pegador" de MP3 que já vi. Fui testar o programa, só pra desencargo de consciência, e me deu até medo: Logo na página inicial já tinha MP3 da Anjali pra baixar (Anjali é trip-hop do bão), coisa que eu procurei igual doido no BearShare e no WinMX e não achei. Anjali até tinha no Epitonic, mas só uma música chamada Strawberry Mousse.
Definitivamente, o AudioGalaxy é o "way to go" depois do fim do Napster. É até bom, a indústria musical já processou alguém e fica lá pensando que a ameaça do MP3 tá resolvida.
Fiquei ainda mais feliz quando caçei coisas do Minutemen e Marco Carola no AudioGalaxy e achei tudo...de primeira. E, enquanto eu me esforçava pra entender o esquema de baixar arquivos do programa, os MP3 já tinham sido silenciosamente transferidos pro meu HD, ou seja, quando eu ia baixar, já baixou. Pontos, muitos pontos pro AudioGalaxy!
E falando em MP3, um formato musical vindo do computador Amiga era muito popular entre os geeks que compunham a cena demo européia nos anos 80/90. Era o MOD, de MODule. Era um arquivo que concentrava em si, basicamente, os sons dos instrumentos e a melodia a ser tocada com eles. O MOD evoluiu para o XM (eXtended Module), que era feito com programas chamados "trackers". O "Pelé" dos trackers é o Fast Tracker, programeta genial para DOS que usei para compor entre 1997 e 1999.
E/N
2001-06-22 18:52:00 +0000
Ah, cê não sabe o que é E/N? Vai aqui (em inglês).