Alguns dias atrás o ator Ashton Kutcher, famoso por atuar em filmes como... err... "Cara, Cadê meu Carro?" e "Efeito Borboleta", e que tinha uns 800 mil seguidores no Twitter, anunciou no YouTube que ia passar um trote no Ted Turner caso conseguisse se tornar o primeiro usuário do Twitter com um milhão de seguidores.

Foi o suficiente para disparar uma corrida entre ele (@aplusk) e a CNN (@cnnbrk), corrida que foi vencida pelo ator na madrugada passada.

Ashton vs. CNN

Muita gente arrumou um jeito de capitalizar em cima da corrida. A Electronic Arts disse que o milionésimo seguidor de Kutcher apareceria em um dos seus próximos games. O próprio Kutcher ofereceu uma cópia do Guitar Hero como prêmio para o eventual sortudo que estourasse a marca do milhão de seguidores. Até o Anonymous (lembra?) criou o @basementdad, um usuário inspirado em Joseph Fritzl (aquele pedófilo austríaco que manteve a própria filha em cárcere privado por 24 anos), e tentou colocá-lo na corrida.

Na minha opinião os fundadores do Twitter (Evan Williams e Biz Stone), que parabenizaram a vitória de Kutcher, deveriam ter se manifestado CONTRA esse tipo de coisa. A meu ver a naturalidade dos relacionamentos no Twitter é o que o serviço tinha de mais valioso, com as pessoas seguindo umas às outras por afinidade e apenas por isto. E esse teatrinho do Kutcher e da CNN é como uma corrida maluca onde só concorrem Dicks Vigaristas.

Maneiras artificiais para engordar número de seguidores - e aqui cabe lembrar da turminha brasileira que recentemente andou usando scripts para isto - são como câncer: um inchaço repentino e anti-natural que, no fim, mata seu hospedeiro.

Não é por nada não, mas eu acho que este é o começo do fim para o Twitter. Agora é rezar pro Google comprá-lo antes que ele imploda ou caia no ostracismo.