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Velhice e videogames
2014-07-30 18:37:40 +0000
Envelhecer é uma experiência bem... interessante. Você fica melhor em um monte de coisas, em outras você fica pior, e com certeza você fica assustado ao ver o tanto que agora precisa rolar o mouse no campo "ano de nascimento" ao preencher um formulário online.
Outro lado ruim da idade é que o mundo começa a ficar realmente entediante, porque você percebe que as novidades de hoje raramente são, de fato, novidades, e sim as mesmas coisas de décadas atrás, só que disfarçadas com outro nome. Você olha pros hipsters e vê exatamente o que o seu pai e sua mãe usavam nas suas fotos de infância. Os filmes reciclam infinitamente as mesmas histórias de "o bem vence o mal", "o casal sofre mas fica junto no final", "o herói quase morre mas no fim explode tudo e ainda dá um beijo na mocinha", etc, etc. Os heróis dos seus livros e quadrinhos (que ainda eram de papel) da infância surgem no cinema, em reboots e mais reboots, como se Hollywood fosse um grande computador com defeito. Na música, então... você finalmente entende porque Cazuza falava do "futuro repetindo o passado", do "museu de grandes novidades".
E se você envelhece mas continua jogando videogames, aí meu amigo... aí a rebordosa é ainda pior, porque além do repeteco de histórias você tem também o repeteco de mecânicas e artifícios de jogo, de clichês, de enredos, de tanta coisa... todos os first person shooters são iguais, todos os RPGs são iguais... e todos batem recordes de vendas, porque a molecada pega o Call of Duty: Ghosts, que é IDÊNTICO A TODOS OS OUTROS DA SÉRIE, e acha do caralho porque "agora dá pra jogar com personagem mulher, cara!". E a mesma molecada, quando confrontada com o genialíssimo e inovador Portal, reclama que "pô, não dá pra atirar em ninguém?".
Mas o problema não é a molecada, e nem a mentalidade de "na minha época era melhor". O problema é que os trintões como eu jogaram os pais e avôs dos FPSs, dos RPGs, dos jogos com sandbox e open world, então a novidade deles já não é mais novidade pra nós.
Outra questão que aflige o gamer balzaquiano é que a idade traz - felizmente! - o refinamento dos prazeres. Aos vinte anos a gente até topava encher a cara de Skol e vinho Chapinha; agora curtimos apreciar um cabernet sauvignon e a cerveja tem que respeitar a Reinheitsgebot - e nos jogos acontece a mesma coisa. A gente não fica satisfeito só com explosões e gráficos fantabulósicos: o jogo tem que ter uma boa história. Videogame, convenhamos, não é filme pornô. Recentemente joguei a trilogia Mass Effect, que é um bom exemplo disso: a mistura de shooter com RPG é bem básica, mas a profundidade da história é fantástica e, pra completar, é construída num universo tão criativo e minucioso que ouso dizer que é melhor que o de Star Wars ou do Senhor dos Anéis: é uma obra-prima de ficção científica. Paradoxalmente, eu morria de tédio nas partes de combate e passava horas explorando as opções de diálogos com cada personagem e conhecendo mais sobre cada raça alienígena - e são dezenas (clique na imagem abaixo), todas com uma história complexa e interessantíssima - e quando vou visitar meu irmão (de 12 anos) ele dá skip em todos os diálogos dos seus jogos...
Há problemas também no universo multiplayer: quando jovens, nossos modems não transmitiam a mais de 14.4 kb/s e o jogo online estava na sua infância. Hoje estamos no paraíso multijogador, com internet rápida e sem fio e centenas de milhares de pessoas conectadas te esperando... e eu simplesmente não tenho saco. Recentemente baixei o beta do Destiny, o FPS online da Bungie que está surfando a crista da onda do hype para seu lançamento em setembro. Primeiro você só tem acesso aos modos cooperative, onde não vi cooperação nenhuma: às vezes aparecia um outro jogador, fazia uma dancinha na minha frente (sério!) e saía correndo sozinho. Aí cheguei na parte de deathmatch e a idade pesou mesmo. Quando jovem eu botava um hard techno nos fones e passava horas online no Quake 3 tranquilamente. Hoje em dia, pra conseguir um resultado minimamente relevante jogando contra a molecada, é preciso fazer um esforço enorme. Não é divertido ficar o tempo todo tenso, correndo feito louco pelo mapa, em estado de alerta total e incessante porque basta uma bobeira de uma fração de segundo pra alguém lhe explodir a fuça.
(pra não dizer que não gostei de nada, a trilha sonora do Destiny me agradou bastante :) é um ambient bem espacial e relaxante).
Por sinal esta é outra coisa que vem com a idade e que transforma sua experiência de jogar: você passa a buscar sossego e tranquilidade ao invés de agitação. Esse ano eu ganhei o Watch Dogs de presente de Dia dos Namorados, e ele tem uma funcionalidade bem inovadora: como o jogo tem temática hacker, uma das coisas que dá pra fazer é invadir o jogo de outra pessoa, numa mistura bem criativa do single player com o multiplayer: você está lá, cuidando da sua vida, sozinho no mundo do jogo, e de repente surge a mensagem "you are being hacked", e você tem que procurar o jogador que se conectou pela internet ao seu Playstation e "invadiu" seu jogo para eliminá-lo. Acontece que, no meu caso, toda vez que eu era invadido a sensação era realmente de que estavam se intrometendo no meu momento de jogo single player, e ao invés de ser emocionante eu achava aquilo extremamente irritante.
Felizmente, o mercado dos jogos cresceu o suficiente para poder ter nichos onde o gamer trintão consegue achar algo interessante - em especial na comunidade indie. Tem muita gente boa inovando e criando obras de arte em forma de jogo, como o sublime Journey (que o Bruno explicou melhor do que eu explicaria neste post). E recentemente encontrei uma preciosidade independente que vai consumir todas as minhas horas de jogo daqui pra frente: o Euro Truck Simulator 2.
O nome diz tudo que você precisa saber sobre o jogo: o Euro Truck Simulator é um simulador de caminhões ambientado na Europa. Só isso. Ele não é multiplayer, você não aposta corrida com ninguém, o caminhão não tem turbo nem nenhuma firula intergalática: exatamente como na vida real, você simplesmente transporta carga de um canto a outro, dirigindo a prosaicos 80 km/h nas autobahns alemãs ou nas charmosas estradinhas francesas. Sua maior preocupação é respeitar os limites de velocidade, dar seta antes de fazer as curvas e parar de 12 em 12 horas para dormir. Pra passar o tempo, o rádio do caminhão, convenientemente, pega streaming de estações de rádio reais europeias, deixando a experiência ainda mais envolvente e, principalmente, relaxante.
E assim as novas e velhas gerações de jogadores vão convivendo, cada uma no seu mundinho particular. A molecada, vermelha de raiva, martela os botões do controle e segue gritando impropérios aos n00bs em seus headsets. Nós, os gamers de trinta e muitos anos, abrimos uma Heineken e calmamente transportamos uma caçamba de areia de Dusseldorf para Stutgard. E o mundo segue girando até o dia em que, finalmente, chegará o nosso inevitável game over.
O Primo recomenda: God of War 3
2010-06-16 02:43:24 +0000
Outro dia eu e Bethania estávamos na cozinha fazendo comida e pensando no que poderíamos ver na TV enquanto almoçávamos. Nossa opção normalmente são as séries que eu “obtenho” via internet, mas Lost tinha acabado, 24 horas também, Fringe também, então não restavam muitas opções. Daí eu tive uma ideia:
- Bom, eu posso ir jogar God of War 3.
Bethania pensou por alguns instantes. Depois disse:
- Mas comer e jogar ao mesmo tempo não vai te atrapalhar?
Pois é, meu amigo. God of War 3 é um jogo tão bom, mas TÃO BOM, que minha esposa para pra ASSISTIR o jogo. Normalmente ela brigaria comigo porque estou jogando videogame na hora do almoço. Em GoW3 ela briga comigo é quando eu faço alguma idiotice no jogo e acabo morrendo.
O bom do GoW3 é que não há limite nenhum para exageros nas cenas de ação. Afinal, como é um videogame ambientado num universo mitológico de deuses e titãs, vale tudo. Coisas que forçariam a barra em qualquer filme ficam perfeitamente factíveis – e absolutamente embasbacantes – no jogo. Como no fim da batalha contra Poseidon, aonde Gaia, a mãe-terra, desfere o golpe final (leia-se “SOCO DA ROÇA”) no monstro de água criado pelo deus dos mares, e impulsiona Kratos para que atravesse o “coração” da criatura e arranque Poseidon de lá. Essa foi uma das raras vezes que, em duas décadas de vivência com videogames, eu larguei o joystick, levei as duas mãos à cabeça e gritei “putaquepariu” em frente à TV.
É aos 3m50s do vídeo abaixo:
Detalhe: tudo isso acontece nos primeiros 20 minutos de jogo.
E sobram momentos embasbacantes em God of War 3: eviscerações de centauros, cavalgadas sobre cérberos cuspidores de fogo, olho de troll sendo arrancado e por aí vai.
Acho que o grande trunfo de God of War 3 é que ele, apesar de ser basicamente um “joguinho de porrada”, ele contém uma série de elementos de gameplay e detalhes visuais que não somente mantém o seu interesse no jogo como fazem com que ele fique cada vez melhor conforme você vai jogando.
É importante destacar também que GoW3 não é só bonito. A história da trilogia está no seu ápice – o que, no caso do God of War, significa que Kratos está matando todo mundo que ainda não morreu nos dois últimos jogos da série. E como Kratos está matando deuses, e estes deuses governam a Terra, Kratos está, efetivamente, acabando com o mundo. E não dá a mínima…
Minha abalizada opinião sobre a polêmica da DM9DDB
2009-09-03 03:12:41 +0000
Eu não tenho mais tempo de ler toda a minha timeline do Twitter durante o dia: só dou umas lidinhas nos segundos em que estou no elevador ou esperando uma reunião começar. E nessas “lidinhas” vi que o assunto da vez era uma certa polêmica envolvendo um tal anúncio da agência DM9DDB e os atentados de 11 de setembro.
Só agora à noite eu consegui ver o tal anúncio, feito para a WWF: é uma foto do sul da ilha de Manhattan – incluindo as torres gêmeas – e centenas de aviões se aproximando delas. O texto diz que “o tsunami matou 100 vezes mais gente que o 11 de setembro”.
Eu olhei longamente a foto do anúncio, pensei bastante, e concluí que, realmente, a parte sul da ilha de Liberty City (a cidade do jogo Grand Theft Auto IV) é IGUALZINHA à da ilha de Manhattan.
A cena mais barra-pesada de Grand Theft Auto IV
2009-07-04 23:40:07 +0000
Nas últimas semanas eu recomecei a jogar o GTA IV porque meu savegame com quase 100% do jogo concluído se corrompeu (é uma longa história – e outro caso onde eu faço um backup de alguma coisa e ele não funciona).
Nessa “rejogada” eu acabei revisitando várias cenas truculentas do GTA. E no meio de todos os tiros, explosões e gente atropelada, acabei revendo uma cena que é aparentemente inocente mas que foi especialmente chocante pra mim.
É assim: quando você rouba um carro de polícia, dá pra usar o computador da viatura para ver uma lista com a localização de criminosos procurados… para que você possa caçá-los no melhor estilo “mercenário justiceiro”. Essas mini-missões são bem divertidas e normalmente envolvem perseguições em alta velocidade e tiroteios entre você e a gangue do meliante… exceto quando você seleciona um cara chamado Jimmy Kand.
O computador indica que Jimmy está num conjunto habitacional em Northwood e você já pensa: “legal, tiroteio em local fechado, vou ter que chutar porta e sair fuzilando geral!”. Mas quando você chega no local e entra no prédio não há gangue nenhuma: apenas um apartamento em ruínas, com paredes manchadas, entulho, lâmpadas amareladas e gente semi-inconsciente estirada no chão.
Justamente enquanto você está estranhando a falta de resistência armada da missão, ouve a voz de um dos moradores do local lhe oferecendo heroína. E então tudo faz sentido: aquilo ali é um daqueles locais aonde viciados vão parar quando suas vidas foram para o buraco. O silêncio e a feiúra do lugar são angustiantes – mas você não abaixa a guarda, afinal Jimmy Kand deve ser algum traficante fortemente armado. E então você segue, checando cada canto do apartamento com sua arma em punho – mas só encontra viciados caídos, magros, sujos e viajando de heroína.
O pontinho vermelho do seu radar indica que Jimmy está bem ali, no quarto dos fundos, e então você recarrega seu fuzil e entra pronto para a troca de tiros. Mas encontra apenas um homem caído no chão, encolhido em uma poça de vômito, ao lado de um colchão sujo. A setinha vermelha sobre o corpo não deixa dúvidas: aquele é Jimmy Kand.
Esse, para mim, é o momento mais chocante do jogo. Mesmo porque você tá indo num ritmo de filme de ação e trocando tiro e fazendo justiça e se divertindo e, de repente, é confrontado com uma representação extremamente realista do fim da linha das drogas, um dos jeitos mais indignos de uma existência humana terminar.
E, pra piorar, você está ali para matar Jimmy. No caso dos outros criminosos você ainda completa a missão com um sentimento de realização do tipo “estou limpando a cidade” ou “fui mais habilidoso, escapei dos tiros”, mas Jimmy não representa ameaça para ninguém a não ser a si mesmo. Nas duas vezes que completei essa missão eu fiquei olhando Jimmy por longos minutos até ter coragem de puxar o gatilho e terminar sua existência miserável.
Talvez o GTA IV, com essa cena, tenha feito mais efeito do que muita campanha anti-droga por aí.
P.s.: No YouTube tem um vídeo da missão onde dá pra ver melhor o local.
Por que Wipeout HD me impede de fazer qualquer outra coisa da vida
2009-01-31 19:16:32 +0000
Sim, eu continuo devendo a continuação dos posts das férias. Mas aí eu inventei de fazer uma conta na Playstation Store (seguindo esta gambiarra aqui) e tinha o Wipeout HD pra vender, via download, pela bagatela de US$ 20, e eu não resisti.
Mas para vocês entenderem rapidamente a dimensão do meu problema, basta uma olhada na imagem abaixo:
Aí você pensa: “Que ilustração bonita, é da embalagem do jogo?”. Meu amigo, minha amiga, eu lhes digo: Isto é um screenshot do jogo. Sem Photoshop, sem NADA.
Mas não é só isso: agora clique sobre a imagem e veja a versão em tamanho original do screenshot. Repare que a resolução da imagem inteira é de 1920x1080 – o chamado “full HD”. Sim, meu amigo, minha amiga, Wipeout HD é isso aí em cima, rodando em 1920x1080 a 60 FPS.
É sério, gente. Depois de jogar Wipeout HD eu estou tendo problemas pra voltar a jogar GTA IV, porque ele fica FEIO na comparação. Na verdade o Wipeout HD é meio que um “cartão de visita visual da Sony” para o poder de processamento do PS3, mesmo porque essa é a única novidade - a trilha sonora é a mesma do Wipeoute Pulse, do PSP, e as pistas são remakes de pistas do Pulse e do Wipeout Pure, do PS2.
Entendeu o problema? E olha que eu ainda não joguei o multiplayer online, nem dele nem do GTA IV, porque estou prevendo que, no dia em que eu fizer isso, eu nunca mais voltarei a postar aqui…
Por que GTA IV me impede de fazer qualquer outra coisa da vida
2009-01-23 19:04:15 +0000
Primeiramente: Não, eu não morri, apesar de não atualizar o blog há um tempão.
Sim, eu estou devendo a continuação dos posts das férias. O problema é isso aqui:
Notou que tem uma TV LCD de 40 polegadas ali? E que tem um Playstation 3 em frente à TV? E que o jogo que está na tela é Grand Theft Auto IV, aquele que está prestes a desbancar a série Half-Life no meu ranking dos “melhores jogos de todos os tempos”? Pois é.
Eu estou me segurando pra não ficar falando sem parar de GTA IV, especialmente no Twitter. Além do óbvio (gráficos de cair o queixo, storyline excelente, trilha sonora – no rádio – extensa e bem selecionada, liberdade pra fazer o que quiser na cidade), o cuidado com os detalhes no jogo é TÃO ABSURDAMENTE GRANDE que chega a ser assustador. Por exemplo:
- Os danos quando você bate o carro são altamente realistas. Tipo, se você anda muito tempo com um pára-choque arranhado, com o tempo a pintura começa a descascar. Passar com o carro na terra ou areia deixa sujeira bastante realista nos paralamas, atropelar pessoas deixa manchas de sangue, etc. Se você acelerar demais um carro com o motor muito danificado, ele superaquece e pega fogo, ou pára de ligar quando você bate de frente com alguma coisa. Nestes casos o Niko fica virando a chave e reclamando: “Come on, you piece of junk, start!”.
- O GTA tem um avanço na “ragdoll physics” que é muito legal: quando você tromba com alguém na rua (a pé ou de carro), a pessoa não é simplesmente jogada pro ar como um boneco molenga: ela tenta se apoiar em alguma coisa, protege instintivamente a cabeça e até tenta manter o equilíbrio antes de cair. Os atropelamentos ficam MUITO mais realistas. O vídeo abaixo mostra alguns exemplos.
- Se você seguir alguém na rua que esteja conversando ao celular, dá pra ouvir a conversa inteirinha. E do começo ao fim ela sempre faz sentido. E eu NUNCA, em mais de OITENTA HORAS de jogo, ouvi uma conversa repetida.
- Tem também as coisas hilárias que se ouve na rua. Outro dia tinha um cara em frente à uma vitrine, dizendo: “Eu vou comprar. Não, não vou. Vou sim, eu quero. Não, não posso!”. Todos os diálogos tem contexto: o pessoal se assusta quando te vê roubando um carro ou empunhando uma arma na rua, e exclama coisas hilárias como “we’re being invaded!” ou até palavrões inusitados como “robot man juice” ou o meu predileto: “cheesy vaginas!!”.
E por umas duas vezes eu já fui xingado de “filho da puta” no trânsito, em português. Sim, Liberty City tem imigrantes portugueses. - Semana passada eu descobri que dá pra assistir a tevê que tem no apartamento de Niko. E fiquei MEIA HORA ASSISTINDO A TELEVISÃO DO JOGO. A programação é ENORME: tem desenho animado, reality show (“America’s Next Top Hooker”), programa de fofoca de celebridades, infomerciais estilo Shoptime e mais uma penca de coisa.
- A internet do jogo também é interessante. Quando você termina uma missão que teve muito tiroteio (como “Three Leaf Clover”, um assalto a banco que me lembrou “Onze homens e um segredo”), além dos “newsflashs” que tocam no rádio, sempre tem reportagens sobre o ocorrido nos sites de notícias. Tem também sites-paródia do Craigslist (Craplist.net), YouTube, MySpace e mais um monte, todos cheios de conteúdo. Niko até tem email (que entope de spam com o tempo, inclusive), e você pode até arrumar namoradas pela internet.
P.s.: Tem também um outro assunto “do momento” que nem comentei aqui: tá rolando Campus Party esta semana. Eu poderia ir de graça e acampar lá a semana toda, mas com base no que vi ano passado achei melhor não ir nesta edição. E pelo que estou ouvindo no Twitter (cuja tag #cparty virou um grande mural de recados) minha decisão, infelizmente, foi acertada. De ontem pra hoje teve até briga…
As imagens que marcaram a semana
2008-12-23 15:55:22 +0000
…bem, pelo menos a MINHA semana.
Esse aí em cima sou eu, no modo “Prof. Primo”, dando um treinamento no Rio de Janeiro na última sexta-feira. Seria a foto de um dia normal, não fosse este o meu último dia de trabalho deste ano de 2008.
Eu esperei muito, e ansiosamente, por este dia.
Se me pedissem para definir este ano em uma palavra, seria “stress”. Foi o primeiro ano morando em São Paulo, teve o fiasco do projeto na Espanha, tem o projeto atual que está absurdamente estressante e que, quando não me dá insônia, me manda pra lugares nunca imaginados desse Brasilzão de meu Deus. Eu ando até com medo de ler meus e-mails, minha caixa de entrada parece a terceira guerra mundial: só cai bomba. Então foi com um alívio ABSURDO que eu entrei no avião no final da sexta-feira e iniciei, oficialmente, um período de duas semanas de férias entre o natal e o ano novo.
Falando em natal, Papai Noel (ou seja, minha esposa) foi bastante condescendente com meu stress. Ela, que já havia acertado a mão no meu presente de aniversário, resolveu seguir a tendência de presentes “nerd-gamer” no natal e, portanto, agora sou o feliz proprietário de nada menos do que um Playstation 3!
E mais: na vida real eu ainda viajo de férias para passar uns dias na praia, mas no virtual eu estou adorando minhas férias em Liberty City, a cidade do espetacular Grand Theft Auto IV…
Eu sabia que o GTA IV era detalhado, mas não sabia que era TÃO detalhado, tanto que o jogo acompanha um mapa da cidade e um guia das “atrações turísticas”…
Bom, está na hora de mais um, er, city tour em Liberty City. Só devo voltar a postar aqui ano que vem, então desejo a você, querido leitor, boas festas e feliz ano novo!
P.s.: No dia 25, lembre-se que a coisa toda não se resume a Papai Noel e dê os parabéns ao aniversariante. Mesmo que seja em um breve pensamento.
O Primo recomenda – Wipeout Pulse (PSP)
2008-11-22 18:12:18 +0000
Eu estou completamente e absolutamente viciado no Wipeout Pulse do PSP. Há tempos um jogo não me dava um "barato" tão bom.
A jogabilidade é INTENSA e altamente absorvente, dá aquele "racer's high" de quando você está absolutamente concentrado em alguma coisa como se a sua vida dependesse daquilo - coisa que eu nunca tinha tido em nenhum jogo single player, apenas nos FPS online multiplayer como o Team Fortress ou o Wolfenstein: Enemy Territory. Tudo acontece muito rápido e uma fração de segundos é a diferença entre você estar em primeiro lugar ou virar uma bola de fogo incandescente e explodir. Mas o mais incrível é que, apesar disto, o Wipeout consegue a proeza de ser desafiador sem ser frustrante.
Além de tudo a "usabilidade" do troço é muito boa para sessões ocasionais de jogatina: ele é perfeitamente funcional com ou sem som ou sem os fones de ouvido, e sua estrutura de inúmeras corridas curtinhas é perfeita pra preencher aquelas pequenas esperas do dia-a-dia, como quando você só quer bater uma corridinha de 3 minutos enquanto sua mulher está na C&A experimentando roupas no provador (eu testei isto, e recomendo!). E o esquema de corridas contidas em "grids" de dificuldade progressiva, que vão abrindo conforme você completa o grid anterior, dá aquele viciozinho estilo "só vou passar mais um nível e depois eu paro"... e lá se vão algumas HORAS.
E como se não bastasse ele é futurista, ele é visualmente lindo e a trilha sonora, meu amigo... tem Kraftwerk, tem Aphex Twin, tem Stanton Warriors, Optical, Booka Shade e por aí vai. Mas a cereja no topo do sundae é que dá pra jogar via wi-fi, tanto com amigos em redes Ad-Hoc (PSP versus PSP) quanto pela internet mesmo, usando o wi-fi da sua casa. No dia em que eu descobri isso eu quase imbolotei…
Pacotes turísticos que a CVC nunca vai vender
2008-07-07 18:47:38 +0000
Afinal, graças à tecnologia, existem lugares fantásticos, construídos com muito esmero e muito bonitos de se explorar - apesar do fato de não existirem fisicamente. Eu, particularmente, adoro esse tipo de turismo virtual. Normalmente ele é muito mais emocionante e surpreendente do que qualquer city-tour desmaiado por algum conjunto de praça-igreja-monumento de alguma cidade manjada que você já se cansou de ver em fotos.
Veja só alguns roteiros turísticos, impossíveis no mundo real, mas bem divertidos de se fazer no virtual:
1) San Andreas
Visitar San Andreas é sinônimo de "liberdade": tudo, absolutamente TUDO é explorável em seus 36 km² de área. As opções de lazer são incontáveis e incluem:
- Atrações turísticas: Visite a Ponte de Gant (modelada como a famosa ponte Golden Gate de São Francisco), a Represa Sherman, a base militar ultra-secreta chamada "Area 69", as simpáticas comunidades rurais de Bone County, etc. As opções de transporte para visitar todas essas atrações são enormes: você pode ir de carro, barco, avião, helicóptero ou até mesmo usando um jetpack.
- Esportes: corridas de triathlon, descidas emocionantes de mountain bike pelo monte Chiliad (de 800 metros de altura) ou mesmo opções ainda mais radicais, como base jumping dos arranha-céus do centro de San Fierro. Além disso, todos os estádios das grandes cidades oferecem emocionantes competições automotivas sobre quatro ou duas rodas - e com prêmios em dinheiro.
- Diversão: Há uma variedade enorme de cassinos em Las Venturas com todo tipo de caça-níqueis, roletas, video poker e blackjack. E, para relaxar, aproveite os inúmeros strip clubs (e garotas de programa) espalhados pelo estado.
- E, se faltar dinheiro para aproveitar tudo que San Andreas oferece, use alguma das muitas opções de trabalho: ganhe a vida como entregador de pizza, manobrista, caminhoneiro, taxista, cafetão, bombeiro...
- Mas o melhor são as opções ilegais: torne-se mercenário, provoque guerras de gangues, ou simplesmente roube o carro de alguém e saia por aí atropelando quem quiser. Relaxa mais do que ir ao Club Med.
2) Roteiro "Half Life 2" - City 17, Ravenholm, Nova Prospekt
Acompanhe de perto o desenrolar da revolução em City 17, uma simpática cidade em ruínas, com arquitetura estilo leste europeu e com um enorme arranha-céu (a "cidadela") bem no meio. Visite também Ravenholm, um vilarejo que parece ter saído diretamente de filmes de terror, ou Nova Prospekt, uma enorme prisão (quase) abandonada. Tudo é como se fosse um "safári pós-moderno", onde é possivel ter contato com toda uma nova fauna de animais exóticos chamada "combine". Seguro de vida não incluído.
Murphy aprendeu a dar combos
2008-05-15 13:49:43 +0000
Ontem, 18:35, fim do expediente. Meu nariz começa a escorrer e eu concluo que estou prestes a gripar, enquanto a temperatura do planalto central cai vertiginosamente. Tudo que eu queria era voltar pro hotel...
...mas não tinha nenhum táxi no ponto.
O táxi só apareceu uns 20 minutos depois. Aí ele se enfiou nos engarrafamentos, chegou até a rodoviária (metade do caminho) e parou no sinal que dá acesso ao Eixo Monumental, movimentadíssimo àquela hora.
E aí Murphy entra no ringue: Round one, FIGHT!
O sinal abre e NINGUÉM anda. Alguns carros buzinam, só que a fila continua parada, parada... até que o sinal volta a fechar.
FIRST ATTACK!
Vários minutos depois o sinal abre novamente. 2-hit combo: NENHUM carro se mexe. O taxista desce pra dar uma olhada e avisa que tem um guarda fechando o trânsito. "Maldito, deve estar escoando o tráfego pesado do Eixo", pensei.
Daí o sinal abre de novo, nenhum carro anda, e o Eixo, de repente, esvazia. "Agora vai!", pensei. Mas ninguém se mexia. 3-hit combo!
Depois de mais duas rodadas do sinal abrindo e fechando, apelei e desci do táxi. Só então, a pé, percebi que quem estava parando o tráfego era um daqueles motoqueiros de escolta presidencial.
"Tá me zoando que esses filhos da puta fecharam a avenida toda só pro Lula passar", pensei. No mesmo instante os carros pretos da Presidência da República passaram, zunindo, e na sequência o guarda liberou o trânsito.
Meu "ex-táxi" passou por mim enquanto uma voz gritava no subconsciente:
M-m-m-multiple hit combo!
Furioso, comecei a andar em direção ao hotel. Só que Brasília não é uma cidade feita para pedestres: depois de andar por uns cinco minutos eu percebi que fui parar num lugar de onde não tinha como atravessar para lugar nenhum: o passeio acabava e não havia sinal ou faixa de pedestre, o que me obrigou a voltar exatamente para o lugar de onde desci do táxi. Tech hit!
E assim, depois de uma loooooooonga caminhada (de terno e mochila nas costas, vale lembrar), cansado e suado, dei um longo suspiro quando, finalmente, me vi diante da porta do quarto do hotel. Era o fim do meu calvário. Aí coloquei o cartão na maçaneta e... a porta não abriu. Tentei uma, duas, dez vezes mas não tinha jeito: o cartão-chave havia desmagnetizado.
MURPHY WINS...FATALITY!
A bela dublagem do Team Fortress 2
2008-05-13 23:35:43 +0000
Todos os outros first-person shooters focam muito mais em gráficos hiperrealistas, jogabilidade equilibrada e coisas similares; já a Valve pegou a contramão da tendência e, no Team Fortress 2, parece ter se esmerado muito mais no lado artístico do jogo - coisa bem incomum em jogos de computador.
Além do visual cartunesco dos personagens, o que eu mais curto no TF2 é o cuidado com as dublagens. Pra começar, todos os personagens tem sotaque próprio. O demoman tem sotaque escocês, o heavy tem sotaque russo, o pyro tem... bem, não tem sotaque porque não dá pra entender nada do que ele fala por causa da máscara - uma divertida sacada da Valve.
Até os announcements foram cuidadosamente dublados: ao invés de uns "you win" e "time has been added" pronunciados por uma voz sem sal, a dublagem é feita por uma belo talento vocal feminino que inclui no tom de voz a emoção correspondente ao tipo do announcement sendo feito: o "You Fail!" é dito num tom acusatório, quase decepcionado; o tom do "your control point is being contested!" deixa evidente a urgência do problema, etc.
For the Lulz
2008-01-05 19:02:15 +0000
Você sabe que é realmente nerd quando vê a figura abaixo e chora de rir.
57 coisas que aprendemos com videogames
2007-09-19 15:02:41 +0000
Este é o título de um ótimo artigo do GamerHelp.com. Alguns exemplos traduzidos abaixo:
- A maior parte das pessoas na rua não tem nada de interessante para dizer.
- A melhor forma de abrir uma caixa é destruindo-a.
- Comida cura qualquer ferimento.
- Leva-se uns dois segundos para comer qualquer coisa, normalmente ficando de pé sobre a comida.
- Cogumelos te fazem crescer. Flores fazem você soltar bolas de fogo das mãos.
- As pessoas não ligam se você entra na casa delas sem avisar. Elas também não se importam se você fuçar os armários e baús, procurando por itens.
- Um barril com símbolo de "radioativo" sempre explode se você atirar nele.
- Monstros e vilões costumam carregar o mesmo tipo de munição que você usa, mesmo quando eles mesmos não tem armas.
- Seios enormes não interferem com o desempenho atlético em nenhum esporte.
- Se você for envenenado mas permanecer imóvel, não vai morrer.
- É fácil achar granadas em qualquer área metropolitana, bosques, subúrbios, bases aéreas, hotéis, ônibus e escolas. Mas se você achar granadas numa base militar elas provavelmente serão de mentira.
- Pessoas mortas, após a decomposição, tendem a deixar armas, comida ou chaves.
- Donos de lojas compram tudo quanto é tralha que você tenha em sua mochila. Não importa a quantidade.
- Quando você vai dormir numa hospedaria, uma musiquinha de uns 3 segundos sempre toca quando você vai pegar no sono.
- Ao encontrar uma porta você sempre precisa da chave - mesmo se a porta for de madeira barata, do tipo que uma granada poderia pulverizar na hora.
Óculos 3D VR + simulador de vôo = NERDGASM!
2007-09-14 19:57:43 +0000
Tipo que eu definitivamente quero isso. O Microsoft Flight Simulator X é compatível com óculos de realidade virtual (da Vuzix, modelo VR920). Você bota os óculos e vê tudo em 3D "real" - ou seja, com sensação de profundidade e tudo. E o melhor: quando você olha para cima ou para os lados a câmera acompanha seus movimentos.
Acho que não há nada tão próximo a pilotar um avião de verdade do que isso. O vídeo de demonstração, com o cara pilotando um ultraleve, dá água na boca.
(Via Gizmodo)
Doido acha que é personagem do GTA
2007-06-30 00:56:00 +0000
Quer munição pra ala dos "anti jogos violentos"? Aqui vai uma boa, fresquinha, do BoingBoing:
Homem que pensa estar vivendo no mundo de Grand Theft Auto é mandado para instituição psiquiátrica
Um jovem deu entrada na prisão de uma instituição psiquiátrica após relatos de que ele estava agindo de maneira bizarra. Ele havia sido preso por roubo de automóveis e ataques com armas. Durante entrevistas, foi constatado que ele imaginava ser um personagem de um jogo de computador (para adultos e amplamente disponível no mercado), onde se ganha pontos por roubar carros, matar rivais e evadir veículos da polícia.
Eu não entendo. No GTA, assim que você é pego, volta direto pras ruas! Tem continues infinitos! Malditos policiais cheaters...
The Impossible Quiz
2007-06-05 00:42:00 +0000
É um joguinho de perguntas nada convencional. Mas nada convencional MESMO. Não chega a ser literalmente impossível, mas é quase...
Acabo de perder umas duas horas do meu dia nele e só cheguei até a pergunta 50 (são 99!), que reproduzo aí embaixo pra vocês terem uma noção do nível das perguntas...

O Primo recomenda: F.E.A.R.
2007-05-15 22:36:00 +0000

Não se iluda: nesta cena, o vilão de verdade é a terrível caixa de documentos voadora!!
F.E.A.R. foi meu ovo de páscoa, já que eu e Bethania fizemos um trato: em vez de ovos calóricos de presente, nós trocaríamos cultura. Livros, filmes, etc. E ninguém pode dizer que balas atravessando corpos virtuais não sejam cultura, não é verdade?
Os editores do Gamespot saíram falando que F.E.A.R. era "a melhor experiência single-player desde Half Life", o que é um baita de um elogio, considerando-se que Half Life segue imbatível como a minha melhor experiência single-player desde 2001. Assim, eu tinha que jogar o concorrente e conferir.
F.E.A.R. é, na verdade, uma sigla para "First Encounter Assault Recon", o avançado grupo tático de resposta a eventos paranormais (hein?) de que você, o jogador, faz parte. Seu personagem também é meio paranormal e, de acordo com a história, tem "reflexos fora do comum", ou seja, quando você aperta CTRL, tudo fica em câmera lenta por alguns segundos, mas você consegue mirar e atirar normalmente: é o tal "Slo-Mo", um recurso que contribui para a boyzação geral do jogo.
A história é assim: você está numa missão cujo objetivo é capturar Paxton Fettel, um doido psiônico que comanda um exército inteiro via telepatia. Enquanto você procura Fettel, acaba descobrindo uma trama paralela envolvendo experimentos secretos e... uma simpática garotinha chamada Alma.
Alma é, bem, a "alma" da história. Ela aparece de surpresa, toda hora, durante as fases, com apenas um único objetivo: lhe matar de susto. Imagine que você passou os últimos 10 minutos andando sozinho pela fase e, de repente, ao se virar de costas para descer uma escada, dá de cara com isso?

E bem nessa hora eu chamei Bethania: "Tou com medo!"
E como se não bastasse, de vez em quando, sem aviso, seu personagem pira o cabeção e tem alucinações aterradoras. Nestes momentos, meu caro, você vai cortar prego: tudo vai ficar borrado e você vai se ver perdido em corredores infinitos cheios de sangue, gritos e, ao fundo, a amigável risadinha de Alma, em momentos que deixariam as piores cenas de horror de Silent Hill no chinelo.
Mas falando da jogabilidade: F.E.A.R. deve ter, no máximo, uns cinco tipos de inimigos diferentes. E as fases são meio repetitivas. Mas tudo isso é compensado pela extraordinária inteligência artificial dos oponentes. Extraordinaria MESMO. Os combates ficam divertidíssimos porque os caras se escondem, tentam dar a volta e te emboscar pelos flancos, usam granadas pra te fazer sair de onde você estiver se escondendo, e por aí vai. É tão divertido quanto jogar com oponentes humanos pela Internet.
A despeito dos momentos de susto, eu fui homem e joguei tudinho até o final. Foi bem legal e F.E.A.R. é altamente recomendado. Mas jogue de dia, e com alguém do seu lado para segurar sua mãozinha nas horas do terror, ok?
Update: Perguntaram nos comentários sobre os minimal system requirements: Pentium4 1.7 GHz, 1 GB de RAM, placa de vídeo 3D com 128MB e compatível com DirectX 9, 3 GB livres no HD. No meu notebook rodou sem problemas com tudo ligado, exceto "shadows". Achei bem estranho isso, era só ligar as shadows e o jogo ficava lindo... e lento.
E o cara botou em seu blog um post intitulado: Com...
2007-04-09 19:31:00 +0000
E o cara botou em seu blog um post intitulado: Como o namoro com minha ex foi igual a uma partida de Doom II no modo "Nightmare". Hilário:
"Now there's an arch-vile running around resurrecting the dead. We've been over this issue a hundred times, are you just looking for an excuse to fight?"
O mundo dos gamers surdos
2007-03-01 02:43:00 +0000
Há algum tempo atrás Bethania me deu de presente a expansão do Doom 3, chamada "Resurrection of Evil". Só recentemente eu tive tempo de instalá-la pra jogar, e ainda tive um contratempo: eu precisava do Doom 3 completo pra conseguir instalar a expansão. Acabei recorrendo ao Capitão Gancho e baixei uma cópia pir... digo, de legalidade questionável, via Bit Torrent.
Acontece que a cópia que baixei estava em italiano. Enquanto fuçava na net pra descobrir como mudar o idioma do jogo, esbarrei em um link muito interessante: Doom 3 [cc], um mod, feito para deficientes auditivos, que adiciona closed caption no jogo.
Pra quem não sabe o termo mod vem do inglês "modification". Mods são programas que modificam ou acrescentam funcionalidades no jogo original, como novas armas, mapas, etc. Mas até então eu nunca havia visto um que tivesse finalidade tão altruísta...
Este mod nasceu de um post de um cara, nos fóruns do PlanetDoom, onde ele comentava porque diabos a Id Software não teve a decência de adicionar closed caption ao jogo. É que ele tinha um amigo com deficiência auditiva que sofria pra jogar Doom 3, já que grande parte da jogabilidade depende do som (exemplo: códigos dos armários de munição aparecem nas gravações de áudio dos PDAs que você acha no jogo).
As respostas que ele obteve do resto dos frequentadores do fórum foram de lascar:
"Seu amigo devia ir jogar Tetris"
"Nem tem tanto diálogo assim. Você esperava o quê?"
"Este é um dos posts mais idiotas que já li. Esse tipo de jogo não é para deficientes auditivos. Sabe por quê? Porque daria em legendas do tipo "demônio grunhindo atrás de você", "ruído de bola de fogo vindo da esquerda", "balas passando zunindo pelo seu ouvido". Ia ser muito idiota. Resumindo: JOGOS DE TIRO EM PRIMEIRA PESSOA NÃO SÃO PARA SURDOS. Caso encerrado. Como é que um surdo conseguiria jogar algum jogo desse tipo? Vê se cresce e pára de bancar o bebê chorão"
Felizmente, além desses babacas aí, também apareceram várias pessoas se dispondo a ajudar. Hoje vários jogos possuem mods de closed caption, e uma pequena comunidade já começa a se formar para garantir acessibilidade para jogadores com necessidades especiais.
Mas o mod para o Doom 3 é muito legal. Além das legendas normais, que descrevem os diálogos, há legendas para o som ambiente, barulhos de pegadas, de portas abrindo e, obviamente, dos inimigos. Além disso, há um pequeno "radar" no canto da tela que mostra de onde estão vindo os sons - o que permite que o jogador, mesmo surdo, saiba que o personagem "ouviu", por exemplo, um grunhido do lado esquerdo, alguns metros adiante. Este vídeo mostra como fica o jogo com as legendas.
Além do mod, os caras ainda foram gentis o suficiente para escreveram elaboradas transcrições do jogo, em documentos ilustrados contendo o timeline da história e todos os diálogos de todos os personagens.
P.G. Honda
2007-02-07 21:14:00 +0000
Eu vou dar a vocês apenas uma razão, pictórica, para ler o Jacaré Banguela todo dia:
Coisa de gênio.
A nível de vida pessoal humana
2006-12-12 00:01:00 +0000
Pavlov, o cachorro que agora mora lá em casa, vai muito bem. Eu achei que ia achar um saco ter cachorro em casa, mas estou adorando o danadinho.
No fim-de-semana passado fomos no churrasco de fim-de-ano do pessoal do trabalho de Bethania e deixamos que Pavlov, literalmente, corresse pelos campos. Aí ele aproveitou: comeu carne escondido, se engraçou com a poodle de uma outra menina que estava por lá e, de quebra, voltou cheio de carrapatos.
Lembrei disso porque encontrei um dos carrapatos em mim, há cinco minutos atrás.
(P.s. para Luiz e Norton: Jampou tava lá. Agora ele trabalha com Bethania...)
Bethania me deu o Half Life - Episode One de presente de aniversário, mas eu ainda não consegui jogá-lo. É que na hora de instalar eu cometi o erro de entrar no Half Life 2 só pra testar, e aí não resisti e comecei a jogá-lo todo de novo. Dessa vez no "hard", pra dar mais combate.
Durante toda a "rejogada" eu não via a hora de chegar em Nova Prospekt, um velho e enorme complexo penitenciário que surge na segunda metade do jogo. Nova Prospekt é, sem dúvida, a melhor fase de toda a história dos first-person shooters. A luz noturna, a arquitetura de prisão semidestruída, somada com o desafio imposto pela quantidade absurda (eu disse ABSURDA) de soldados Overwatch, torna Nova Prospekt um dos melhores lugares que eu já, hã, "visitei".
Durante todos os meus vinte e oito anos eu nunca consegui dormir em qualquer posição que não fosse de lado ou de bruços.
É porque faltava Bethania dormindo com a cabeça no meu ombro.
Eye Candy
2006-07-20 20:45:00 +0000
Vídeo do novo jogo da Valve, chamado Portal. O conceito é simplesmente genial...
Três meninas, um bote inflável, um gato e alta velocidade = Momento Kodak!
Quando eu vi que este vídeo chamava-se Quick Change eu achei que era algo sobre "troco rápido". Mas na verdade é um número de mágica estilo "se vira nos trinta" onde um casal troca de roupa no palco dezenas de vezes em centésimos de segundo. Impressionante.
Estava atoa na vida...
2005-11-15 16:27:00 +0000
Este mês tem 21 dias úteis, mas eu só terei trabalho em 10 deles. Lado bom: Férias. Lado ruim: Não remuneradas.
Pelo menos tive bastante tempo para entreter meu pobre cérebro cansado:
Doom 3 - Maldito jogo filadapeuta, nunca tomei tanto susto. Eu tinha tanto medo de entrar nas salas e explorar as fases que devo ter gastado umas 20 horas para jogar tudo. O veredito final: Doom 3 é excelente. Só que é muito escuro, e um pouco fácil demais. Procê ter uma idéia, eu morri apenas uma vez enquanto tentava matar o último chefão do jogo, e só porque caí num buraco. E no total, se eu morri umas seis vezes durante as 20 horas de jogo, foi muito.

Este é o Cyberdemon, o último chefão. Ele é grande, malvado e precisa de tratamento dentário.
Por sinal o filme vem aí...
Lost - Lost é, sem dúvida, a melhor série dramática da televisão. Um amigo arrumou todos os episódios da primeira temporada em DVD (pirata, claro), e eu e Bethania começamos a assistir.
Ontem nós ficamos das 2 às 7 da noite terminando de ver a primeira temporada. Depois do último episódio, a curiosidade foi tão grande que a gente foi até a casa de outro amigo nosso para pegar o DVD com os primeiros episódios da temporada seguinte, e ficamos assistindo até uma da manhã.

Episódio 19: Boone e Locke investigam a bendita escotilha...
Wolfenstein: Enemy Territory - Continua sendo meu jogo online predileto. Com o treino extra minha accuracy com o mouse aumentou de 28% para uns 32%. Minha irmã diz que a dela gira lá pelos 45%. Eu duvido e invejo ao mesmo tempo.

Siwa Oasis, primeira fase da campanha no norte da África: Na foto, um engenheiro alemão está de guarda para impedir os Aliados de destruirem as armas anti-tanque...
Outros assuntos randômicos
Outro dia, subindo a avenida Antônio Carlos, uma placa fazia propaganda de um curso de bacharelado em louvor e adoração...
Se você não quiser ser bacharel em louvor, pode tentar o curso de Teologia, ou o de Música e Gestão de Ministério...
http://www.verbeat.org/pesquisablogosferabrasil. Vai lá.
Novidades sobre o anúncio da Virgin que eu citei no post abaixo: Agora tem a foto em alta resolução. Dá pra ver bandas novas, como Korn, Eminem, Cranberries, Cypress Hill, Dinosaur Jr., Eels, Bee Gees... (valeu Gabes!)
E a Virgin tem uma outra propaganda, dessa vez em vídeo, só que com nomes de músicas. Abaixo algumas cenas do vídeo. Notem que a do meio é Seven Nation Army, música do White Stripes...

Tudo isso eu vi no Brainstorm #9, vale lembrar.
Top 100 melhores jogos de todos os tempos
2005-11-07 13:22:00 +0000
Ranking segundo o site GameFAQs.com
Não dá pra engolir o Halo na posição #9, e ver o Half-Life só na #31. Pelo visto só eu achei o Halo uma bela porcaria...
Exclusivo
2004-12-27 21:08:00 +0000
Screenshot do Half Life 3 vaza na web. Gráficos inacreditavelmente reais!!!
(Ok, ok, vi no Fazed)
Playstation Police!
2004-12-15 20:16:00 +0000
Tava lá a velhinha e seus três netinhos em casa. Chegam quatro ladrões apontando armas para todos.
No meio do assalto ouvem-se sirenes e gritos: "PARADOS! Vocês estão cercados! É a polícia!".
Os ladrões entram em pânico e fogem.
Tudo normal, se o som das sirenes e a voz de prisão não tivessem vindo do Playstation dos netos, que jogavam GTA - San Andreas...
Deu até no Slashdot essa.
Lindomar Sub-Zero
2004-11-05 23:57:00 +0000
A vida imita o Mortal Kombat...
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=XjKJnnhT6K4[/youtube]
Grand Theftendo
2004-10-28 23:39:00 +0000
Olha isso aqui embaixo.

Não, não é pixel art inspirada em GTA. É uma versão do Grand Theft Auto III inteiramente portada para o Nintendinho por um maluco canadense aí.
Gamers - Os profissionais do futuro
2004-10-25 21:15:00 +0000
Direto de Harvard vem um livro chamado Got Game: How the Gamer Generation Is Reshaping Business Forever.
O Financial Times diz, sobre o livro:
"Surpreendentemente, os autores não encontraram evidência de déficit de atenção [em gamers]. Longe disso. Jogadores ávidos possuem a habilidade de passar horas, dias, até semanas em concentração absoluta na busca de um objetivo. Também não foram encontradas tendências violentas. A explicação deles é que, por trás da fachada violenta, a maioria dos jogos são simulações sofisticadas que valorizam perseverança e aprendizado prático. O resultado disso é uma geração de pessoas que de início parecem "preguiçosos arrogantes", mas que na verdade são altamente motivados - caso tenham a chance de se desenvolverem e de ocupar posições de destaque em seus próprios projetos"
Ou seja: as dezenas de milhares de horas que passei em frente à telinha me tornaram um paitcha profissional...
(Vi isso aqui)
Perdoe-me, Pai, porque pequei
2004-09-24 04:11:00 +0000
Ontem eram umas 18:30 e eu fui na casa de Luiz para scanear umas fotos. Aí ele, logo que cheguei, já foi falando:
- E aí, quer dar uma olhada no Doom 3?
A tentação foi grande demais. Joguei o jogo desde o começo até a hora em que aparece o primeiro Pinky Demon (aquele "boi" semi-mecânico). Por sinal, quando ele apareceu, levei três porradas seguidas dele e gastei preciosos segundos para reorientar a vista e localizar o bicho. Aí tentei atirar... mas minha lanterna não parecia muito adequada para um inimigo daqueles. Só depois consegui apertar a tecla certa, sacar a metralhadora e resolver o problema.
Vale lembrar que joguei nas configurações gráficas mínimas, o jogo desligou vários efeitos e as texturas todas eram "comprimidas". E, meu Deus, se aquilo é o jogo no seu mínimo, nem quero imaginar como ele deve ser numa máquina adequada... às vezes eu parava e ficava admirando a sombra que a minha lanterna fazia na parede, ou o bump-mapping de uma mangueira jogada pelo chão...
A Id teve uma idéia curiosa para apresentar o jogo: primeiro eles bolaram um engine gráfico todo novo, texturas maravilhosas e fases estupendas. Aí esconderam quase tudo no escuro! O que a princípio parece uma contradição mostra-se uma bela estratégia: quanto menos se mostra, mais se induz a querer ver. Por isso eu joguei cinco horas seguidas e nem percebi.
Destaques que percebi até agora:
- Os secrets do jogo parecem estar mais inteligentes. Pegar a metralhadora pela primeira vez foi meio dedutivo: bastou fuçar o mesmo computador que o marine usou para me dar a pistolinha padrão com a qual o jogo começa. E há também algumas coisas divertidas, como o armário que só abre com um código que você encontra no site do fornecedor. Mas é no site mesmo: www.martianbuddy.com...
- O jogo de fliperama no hall de entrada da cidade marciana: Super Turbo Turkey Puncher 3! Usa texturas do primeiro DOOM e ainda faz piada com a Capcom.
- Ah, os zumbis marines... agora eles realmente ficaram espertos. É divertidíssimo vê-los procurar cobertura atrás da pilastra ou de uma caixa.
- Os emails e as mensagens de áudio que você vê nos PDAs dos pobres e finados cientistas e engenheiros dão um toque "maduro" para a história. E, enquanto eu passeava pelo corredor, ouvi a voz computadorizada da base dizendo algo como: "O seu dever, segurança da Cidade Marciana, é ajudar a todos. Consultas psicológicas são gratuitas e anônimas".
Como Luiz bem o disse, "agora a gente olha o mundo real e fala: que texturas mais paiosas essas". Realmente, Doom 3, de tão bonito, tornou o mundo real um pouco mais feio. Agora só tenho que esperar meu casamento passar pra que sobre algum dinheiro e eu possa upgradear meu micro para jogar esta obra de arte...
Faster Doom
2004-09-15 21:35:00 +0000
3 de Agosto - Doom 3 é oficialmente lançado
12 de Agosto - Primeiro torneio oficial de Doom 3 na QuakeCon 2004.
18 de setembro - Primeiro torneio de Doom 3 no Brasil
É tudo definitivamente muito rápido pra mim.
O tópico mais engraçado do Orkut
2004-08-27 22:17:00 +0000
Piores apelidos de golpes, na comunidade "Tiger Robocop". Alguns highlights:
- "E o camarada Zangief? Tinha vários! O mais famoso era o "cheira cueca"
- Sinistro era chamar o tatsumaky do Ryu de "Ataque das corujas". Era direto... ATAQUE DAS CORUUUUUUUUUUUUUUUUUJAS!!!!!!!!!!
-O pessoal do Starfox ao completar uma fase no SNES:
*Falcon: "Roupas de inverno!"
*Fox: "blerblerblergh!"
*O sapo: "desce daí, desce daí!"
- Isso tudo me lembrou uma piadinha da época bem infame:
-Ryu, qual a piroca que vc mais gosta?
e vc fazia o golpe
ryu: - A du Keeen
- O melhor era o da chun-li: "Vou dar pro dalsin!"
South Life
2004-08-26 00:15:00 +0000
Tipo, é matemática.
Half Life + South Park = Half Park.
Eu ri bastante, mas só porque eu sou nerd.
A prova de que games são melhores que sexo
2004-07-21 21:38:00 +0000
Traduzido do Bash:
Alh4zred: Tipo q eu descobri uma coisa
GenduShini: Vc me ama?
Alh4zred: Eu prefiro jogar jogos do que fazer sexo, sabe pq?
Alh4zred: Pensa bem
Alh4zred: Na cama vc tem DUAS pessoas pra satisfazer.
Alh4zred: Ou mais
GenduShini: e jogos duram mais que 10 minutos
GenduShini: err
GenduShini: tem isso tambem
Alh4zred: alem do mais
Alh4zred: se vc nao ta indo bem, alguem te xinga, "vsf"
GenduShini: e vc responde "meu pc eh lento" ou "hj eu tou ruim"
GenduShini: mas na cama...
Alh4zred: na vida real, a mulher sempre reclama... "vc eh bicha" ou "foi horrivel"
Alh4zred: orgasmos ruins... nao da pra jogar a culpa no lag
Alh4zred: Cara, nao dah.
Alh4zred: "Eu fingi todos os orgasmos"
Alh4zred: "vsf meu ping eh 300"
O Primo quase recomenda: America's Army
2004-06-14 21:48:00 +0000
Há dois anos atrás eu fiz um "O Primo não recomenda", xingando o America's Army, que na época chamava-se US Army: Operations. As minhas queixas eram que o treinamento era ultra-chato e que, no fim, ainda tinha que ficar online o tempo todo pra poder fazer upload dos resultados (naquele tempo eu tinha uma conexão ISDN).
Aí outro dia eu vi que liberaram mais uma atualização para o jogo, que já chegara na sua versão 2.1. E resolvi dar uma nova chance a ele. Afinal, é de graça, e eu estaria usufruindo indiretamente do dinheiro do contribuinte norte-americano.
Por alguma estranha razão, me animei mesmo quando vi que precisaria baixar 740 MB para jogá-lo.
Continuei animado mesmo depois que, com 99% do download concluído, o "Army Downloader", um gerenciador de download horrível e em flash, deu pau, me acusou meu disco de estar cheio (tinham 12 GB livres) e me devolveu apenas 1 KB dos 739 MB baixados.
Não perdi a animação mesmo quando refiz o download mas esperei dois dias pra jogar porque o site oficial (onde você registra seu soldado) estava fora do ar e não estava aceitando "recrutas". Continuei animado depois que refiz todo o treinamento mobral.
Aí eu finalmente entrei no jogo, pra jogar mesmo. E destacaram-se alguns pontos muito bons, sendo o principal deles o realismo.
O máximo de realismo que eu havia visto num FPS de guerra era o que o Enemy Territory me dava. Mas no ET era tudo muito arcade. E tinha coisas que me irritavam, como por exemplo um sniper que dá um tiro na cabeça de alguém e esse alguém não morre. E o AA cobre não somente este detalhe realista como também vários outros que deixam a coisa muito interessante. Exemplos:
- Granadas explodem exatamente como granadas comuns, com quase nenhuma fumaça ou fogo. E o barulho (extremamente realista) da granada deixa um zunido nos seus ouvidos, caso ela exploda muito perto de você.
- Falando em barulhos, é assustador o barulho de balas voando perto de você. Elas fazem um "WHOOSH!!!" de arrepiar.
- O dano das armas é totalmente realista: tiros na sua perna não lhe matam mas fazem você se movimentar muito devagar. Por outro lado, tiros na cabeça são morte certa. E um ferimento é idêntico a um ferimento real: se não é tratado, faz com que você sangre até morrer.
- Quando alguém morre, ele não cai no chão sempre daquele jeito "cinematográfico". A animação é dinâmica. É como alguém que desmaia, o corpo amolece e a pessoa "desmonta" e cai no chão conforme a gravidade mandar. Seria bonito se não fosse tão tétrico e realista.
Até agora eu ainda estou aprendendo a jogar. Não conheço os mapas, morro rápido e passo a maior parte do tempo como "spectator". Mas continuo animado.
Drogas
2004-05-23 07:16:00 +0000
Depois de alguns meses sem nenhum contato com o Enemy Territory, hoje eu resolvi jogar novamente.
E foi bom perceber que minha categoria de vício passou da dependência química para o uso recreativo.
Audionovela
2004-04-27 02:19:00 +0000
Acabo de chegar em casa. Meu pai e minha madrasta assistem Celebridade. Na tela, aquela vilã lá que eu (graças a Deus) não conheço se levanta para receber um prêmio, ao som da música-tema da novela.
"Pfft, e aí a Rede Globo premia a vingança", pensava eu, enquanto entrava no quarto. E, subitamente, o ruído da televisão na sala mudou.
E eu ouvi, espantado, por duas vezes, o barulho do chefão final do DOOM II lançando aqueles cubos saídos do seu cérebro que se transformavam em inimigos...
E enquanto eu escrevia este post, o som da TV mudou de novo. E agora, a mocinha e a vilã estão gemendo e ofegando... eu tentei pensar em alguma coisa diferente, mas minha mente está ocupada por uma palavra em loop. Lesbianismo.
Nunca mais assisto TV. Vou apenas ouvir TV daqui pra frente. É muito mais interessante.
Nada
2004-04-17 01:42:00 +0000
Há dois dias que eu não tinha ABSOLUTAMENTE NADA pra postar aqui.
Aí vi esse link no Fazed, é de um diretório de vídeos de gente fazendo proezas em jogos de videogame (tipo aquele japa que completou Super Mario 3 em 11 minutos).
Frases do Domingo
2004-04-12 01:08:00 +0000
A cena: 3 jovens (incluindo eu), joysticks de Playstation II na mão. Na TV, Winning Eleven 7.
- Vai, enfia aí no meio!
- Foi mal, te dei uma bola nas costas...
- Não! Num deixa ele passar não! Dá um pau nele!
- Putz, nunca imaginei que futebol fosse tão pornográfico.
- Droga. Eu jogo muito melhor no teclado de computador.
Entra a irmã do dono do Playstation:
- Tsc tsc... três solteirões e um videogame...
- Mas o videogame é a minha namorada - Responde o dono da namor... digo, videogame - aí eu divido ele com meus amigos, ué...
- E você conhece alguém que divida a namorada com os amigos?
- Não acredito. O Brasil não vai passar nem das eliminatórias da Copa. Isso não acontece desde 66...
O erro
2004-04-11 04:48:00 +0000
Esta noite eu cometi um erro terrível.
Eu sei que estou solteiro, eu sei que foi só um pouquinho e que não tem problema fazer essas coisas, mas no fundo da minha consciência algo me diz que eu realmente fiz uma grande besteira. Mas eu não resisti e sucumbi à tentação. E agora eu não consigo mais pensar em outra coisa.
Esta noite eu... joguei Castlevania - Lament of Innocence, do Playstation II.
Agora eu preciso jogar esse maldito jogo até o fim. Mas que droga...
JOY! stick
2004-02-06 21:07:00 +0000
Saiu no Fazed - Gotta Love Video Games (warning! mulher pelada!)
O mais engraçado são os comentários do pessoal: "I'd like to use my Power Glove on her"
É isso mesmo, Sílvio!
2004-02-04 13:16:00 +0000
O diretor de marketing da Valve (mãe do Half-Life melhor do mundo) chama-se Lombardi.
Parabéns do inferno
2003-12-11 05:22:00 +0000
Parabéns pra você,
Nessa data querida,
Muitas felicidades!
Muitos anos de vida!
Ontem foi aniversário do DOOM, 10 anos! Comemorações nessa série de artigos do Gamespy.
Boas memórias... lembro dos cinco disquetes com a instalação do danado, que guardei ansiosamente por quase um mês ANTES de receber meu primeiro computador. O Doom foi a segunda coisa que instalei nele (A primeira foi uma cópia do Turbo Pascal... hehe, que nerd).
Agradeço a todos os Cyber-Demons, todos os Imps, todos os Revenants e todos os Arch-Villes (ô bicho filho da peuta de matar) por terem me ensinado tudo que sei no ramo dos first person shooters. Se hoje eu jogo Enemy Territory muito bem, é graças a vocês!
(Via O Velho)
Nerd * 10^23
2003-11-24 20:06:00 +0000
Sábado à noite, estava junto de uma turma grande na casa de uma amiga. Aí, todo mundo entediado, resolveram jogar Detetive.
É, aquele jogo que você pisca para a pessoa para "matá-la" e o "detetive" tem que ficar esperto e descobrir quem é o assassino.
Eu fui de "vítima" umas 3 ou 4 vezes seguidas e não morri. Aí, num ápice de nerdice, pensei:
- Nó, não morri até agora, vou ganhar XP de Battle Sense...
Aí eu vi que isso não era Enemy Territory e me senti um imbecil.
P.s.: Enquanto escrevia este post notei que eu não ganharia XP de Battle Sense coisa nenhuma, já que não matei ninguém. Acho que nem pra ser nerd eu sirvo.
Downloading DEMO...
2003-08-07 20:36:00 +0000
Olha o que eu acabei de ler no fórum do site HardMOB!!!
"Putz agora pouco eu baixei um jogo demo, ai minha mae perguntou o que vc tah fazendo ate essa hora acordado? eu falei ,to baixando o demo......Putz agora ela pensa que eu to gostando de satanas etal....e vai proibir o computer....
Que porr@"
Ameaça Virtual. Mesmo.
2003-08-01 02:33:00 +0000
Não, por favor, Deus, não...
Sandy e Júnior - Ameaça Virtual (game de aventura 3D para PC) está em produção.
Blam blam pow crash ALLIES WIN!
2003-07-31 03:08:00 +0000
Acabo de ver um demo da final de um campeonato de Enemy Territory.
Eu nem sei o que dizer. Parece que eu assisti um jogo de xadrez, mas 200.000 vezes mais rápido (e com tiros).
Sei lá, foi uma coisa linda e bizarra ao mesmo tempo.
Bellica!!!
2003-07-26 08:24:00 +0000
Pensa aí, na sequência:
Mulheres.
Mulheres suecas.
Mulheres suecas que jogam Counter-Strike.
Mulheres suecas que jogam Counter-Strike e tem um clã chamado Femina Bellica
Eu tou completamente sem palavras. A única interjeição que eu tenho pra isso é algo como: "Owsctw..."
Você sabe que está MUITO viciado em Enemy Territory quando...
2003-07-18 02:01:00 +0000
1) Você olha pros arbustos em frente a sua casa pensando: "Putz, um soldier deitado com uma MG ali é imbatível")
2) Seu irmão mais novo, de 1 ano de idade, de tanto ouvir os sons do jogo enquanto você joga, aprendeu a falar "medic!"
3) Você esquece de comer porque ficou 4 horas jogando e só descobre quando vai se levantar e seu estômago dói
4) Você já decorou todas as sequências de teclas do "voice chat" do jogo. "We need an engineer" significa v,2,4 na sua cabeça.
5) Você editou o autoexec.cfg do jogo pra usar comandos de voz que não tem no menu.
6) Você ouve o som de um carro passando na rua e lembra dos "air strikes" do jogo, afinal o barulho é "igualzinho"
7) De dia, durante as reuniões de trabalho, você inventa uma tática nova pra dinamitar as "antitank guns" da fase Siwa Oasis.
8) O sinal abriu no trânsito e o carro da frente não anda. Você diz "move!!" com a entonação igual ao jogo (teclas v,3,3, por sinal)
9) Você joga tanto que até sua irmã se interessou pelo jogo (e ficou viciada também)
10) Quando alguma coisa dá certo no trabalho, você diz: "Aaah, sehr gut!!"
Obs.: Isso tudo aí é verídico, no meu caso :(
Se a vida real fosse um jogo, como seria o review?
2003-07-17 17:44:00 +0000
O editor do site GameSpot escreveu, ficou muito legal :)
Unreal Childhood
2003-02-02 04:48:00 +0000
Estava pensando... minha infância nunca mais terminará com Unreal Tournament 2003.
Quer jogar rouba-bandeira? O Unreal tem, é o Capture The Flag.
E você lembra do "ranca", aquele jogo onde o objetivo era descer o pau em quem estivesse com a bola? Voltou moderníssimo no Unreal, com o Bombing Run.
Ah, e aquela geléia verde que foi moda nos anos 80/90? O Unreal tem uma arma só disso, o Bio Rifle!
Jesus gives John the Baptist a taste of his rocket launcher
2003-01-07 12:43:00 +0000
Em breve teremos um mapa pro Unreal 2003 com cenários bíblicos e um skin de Jesus para o seu personagem. No site diz:
"Os pastores que assistiram a demonstração do jogo ficaram empolgados com os detalhes dos mapas e personagens criados por Timothy (o garoto que criou o mod). "Meu coração palpitou de contentamento quando Timothy colocou Jesus sob uma árvore no Monte das Oliveiras e conseguiu mais de 20 frags, mas não gostei quando um Muslim O atacou por trás e arrancou Sua cabeça!", disse o Pastor Fred. "E o personagem fez um comentário derrogatório sobre o Senhor, chamando-o de 'camper'". Timothy explicou que ainda faltam ajustes a serem feitos para que Jesus possa estar em 'god-mode' sem que outros personagens também estejam...".
(É óbvio que a notícia é falsa, mas foi bem bolada, embora desrespeitosa).
Emu
2002-12-02 23:47:00 +0000
Meridian Advance + arquivos GYM, SPC ou NSF = Diversão Infinita!!!
Alec Fu!
2002-11-14 18:40:00 +0000
É o que eu ouvi por muitos anos no fliperama, até descobrir que o que o Guile gritava, no Street Fighter, era "Sonic Boom" e não "Alec Fu".
Mas teve um dia dessa minha infância que eu nunca vou esquecer. Estava eu jogando com o Vega quando um pivetinho chegou do lado da máquina e me perguntou:
- Ou... dá um TÚ aí
- Tú?!??
- É, um tú!
- Que golpe é esse?!
- Um tú, ué!!
- Tá louco, moleque? Que diabo de tú é esse?
- É aquele, sô, que o cara sobe na grade e pula em cima do inimigo gritando "TÚÚÚÚÚ!"
O jogo Daikatana e os valores éticos
2002-11-01 05:07:00 +0000
No último fim de semana eu vi o jogo Daikatana original por R$ 8,90 no supermercado, e acabei comprando porque tava barato. A crítica caiu em cima desse jogo, diz que é ruim, mas pensei "ah, é o John Romero, o cara fez Doom, tem como ter errado não".
Mas só precisei jogar a primeira fase pra ver que o jogo é uma bosta completa, R$ 8,90 jogados no lixo. Pra justificar meu argumento, só preciso de uma frase: Você não pode salvar a qualquer momento, tem que achar um item lá (save gem) e só aí você tem direito ao save. Precisa falar mais alguma coisa?
De qualquer forma, um detalhe que me chamou a atenção foi a etiqueta de aviso da faixa etária, que alertava dizendo que o jogo tinha "desvirtuamento de valores éticos"... ééé rapá, depois de jogar esse jogo eu vou começar a furar fila, fazer piadas racistas, enganar meu chefe no serviço, assustar velhinhas na rua, gritar palavrões na igreja...
Normal
2002-10-31 14:46:00 +0000
Miho Fubuki nem vê o tempo passar quando lê e pode passar domingos inteiros sentada com seu livro predileto. Normal.
Isuzu Otake aluga 4 ou 5 DVDs, assiste todos à noite e só vai dormir quando o dia está amanhecendo. Normal.
Kenji Otoshi passa de 3 a 4 horas jogando pela Internet num cibercafé sul-coreano. MEU DEUS!! É UM DOENTE ANTISOCIAL!!!! PRECISA DE TRATAMENTO!!!!!
Pelo menos é o que diz essa matéria da Folha.
TTY UT
2002-10-07 23:57:00 +0000
Depois do Quake em modo texto... Unreal Tournament em modo texto.
Um dois três, parei.
Segure o botão
2002-09-19 19:11:00 +0000
Ah não... o jogo mais genial da Internet... vai lá agora...
Monday Night Entertainment
2002-09-17 12:27:00 +0000
Assistir Cidade de Deus no cinema e depois chegar em casa com o demo de Unreal Tournament 2002 pra jogar, é muita alegria para uma noite de segunda-feira...
Por sinal, pára de ler esse blog e vai baixar o UT2003 e ver o horário do cinema agora! Não deixe de ir ao cinema ver o Cidade de Deus!!! Isso é uma ordem!!!
O Primo recomenda: Max Payne
2002-08-07 15:43:00 +0000
Eu sei, é um jogo velho e tal... mas, em toda a minha história "gameira", eu tenho um parâmetro: se eu jogo um jogo todo, inteiro, mais de uma vez, é porque ele é excelente. Os únicos três jogos que tiveram a honra (hehe) de serem jogados por mim mais de uma vez foram: Doom (I e II), Half-Life e Max Payne.
Max Payne é tão bom que até minha irmã jogou o jogo todo. Payne é um policial que tem sua família (esposa e bebê) exterminada por uns viciados que usaram uma nova droga chamada Valkyr. A partir daí, Payne trabalha infiltrado no crime, até que esbarra com um peixe graúdo e é incriminado pelo assassinado do próprio parceiro. A partir daí, o buraco fica cada vez mais embaixo, e Payne vai descobrindo as origens da droga que causou a morte da sua família. Um detalhe: você joga a parte onde chega em casa e encontra os viciados matando sua mulher e filha. Várias partes cruciais para o storyline do jogo são jogados, inclusive dois "pesadelos" de Payne, que ficaram excelentemente bem feitos.
Destaque para os cenários impecáveis do jogo: a estação do metrô dá a nítida impressão de que você realmente está em NY. Mais à frente, a fase do estacionamento (Backstabbin Bastards) é uma das mais legais que já vi. A segunda fase, o velho hotel/prostíbulo entupido de gangsters, é minuciosamente detalhada...
Ainda sobre a história... a interatividade de Max Payne faz com que o jogo se torne realmente um filme interativo. E que filme. Em vários momentos você está prestes a abrir uma porta e escuta os gangsters conversando, revelando partes da história, e às vezes fazendo piada: um dos diálogos que eu nunca esqueci foi o dos gângsteres comentando: "Pô, sabe o que seria realmente legal? Um efeito nos filmes em que tudo ficasse em câmera lenta e você pudesse ver as balas voando"... obviamente falando do famoso bullet time, inspirado no velho e bom Matrix.
O bullet time foi a inovação responsável por elevar Max Payne ao status de clássico. Um clique no botão direito e toda a ação começa a acontecer em câmera lenta, com direito a poder ver as balas voando e tudo. Nada se iguala à sensação de abrir a porta de uma sala cheia de gângsteres, apertar o botão direito e ver, em câmera lenta e com um som de coração batendo ao fundo, Max Payne leeentamente pulando para o lado e matando 3 inimigos antes de cair no chão. Muito cool. A interação com o cenário também é perfeita: abre-se quase todas as torneiras, armários, gavetas... em determinados momentos isso é até engraçado: na fase "Ragnarok" você acaba atrás de um palco montado, com instrumentos. Dá pra tocar a bateria, a guitarra e quando você tenta usar o microfone, Payne diz: "Karaokê nunca foi meu forte"...
E quando o jogo termina, outra diversão começa... na Internet tem zilhões de MODs que você adiciona facilmente ao jogo. Armas novas, fases novas, remakes que deixam o jogo igual Matrix ou 007... só alegria. O primo recomenda, duas vezes :)
O Primo NÃO recomenda; US Army
2002-07-16 15:26:00 +0000
E eu baixei o US Army: Operations... o lendário jogo feito pelo Exército Americano como propaganda para conseguir mais recrutas. Tinha tudo pra ser uma porcaria, mas depois que li bons reviews do jogo e descobri que ele usa o mesmo engine gráfico do Unreal, fiquei curioso.
Mas tinha que ser coisa de americano mesmo!! A desgraça do jogo tem 200 MB, e a tela de início do jogo NÃO TEM um "Start Game" ou nada parecido: Daí cliquei num "Create Soldier" e o trem abriu um BROWSER pra eu REGISTRAR MEU SOLDADO ONLINE...! E se eu não tiver Internet, como fica?? Aí saí e fui no "training"... só o primeiro treinamento que tá liberado, mas se eu passasse dele os outros deviam liberar também. Só que o primeiro treinamento é de familiarização com o rifle M16: fique parado atirando naqueles bonequinhos de papel em forma de gente. Depois, faça isso agachado. Depois, faça isso deitado. Se você se MEXER mesmo que seja UM METRO, dá "Mission failed" e o seu "treinador" fala: "Ei, recruta, fique no seu lugar aê ou!".
Aí, depois de um tempão tedioso atirando nos bonequinhos de papel, deu um "Congratulations" que eu concluí o treino... só que pra eu passar pro próximo eu ia ter que CONECTAR NA INTERNET e fazer UPLOAD DO RESULTADO DO TREINO pra liberar o próximo!!!!!!!!!
Ridículo trinta vezes. O primo não recomenda.
O Primo Recomenda: Moonwalker
2002-05-12 22:11:00 +0000
Estava eu passeando num CD que peguei emprestado com o Primo, era um CD só com jogos de Mega Drive, quando de repente... o jogo mais divertido do mundo apareceu: MOONWALKER.
Fala sério: O jogo é com Michael Jackson em pessoa, com direito aos pulinhos, viradinhas e gritinhos característicos, ele derrota inimigos jogando purpurina neles, o objetivo das fases é encontrar crianças perdidas (que dizem um Amistoso "michael!" quando são encontradas)... é hilário!!
Muitas, MUITAS risadas. E o gameplay é até bom! Diversão garantida pelo Primo!
O primo recomenda
2002-04-19 18:16:00 +0000
Inaugurando uma nova seção neste glorioso blog... a seção "O Primo Recomenda". Pra estrear, duas recomendações.
O PRIMO RECOMENDA: DJ Marky - Audio Architecture 2
(Ouça o disco aqui)
Só pra repetir o que todo mundo sabe, o DJ Marky é o melhor DJ de drum'n bass do mundo. A técnica do cara é muito fodassa pra caralho e tudo o mais.
Um exemplo é quando ele foi no Musikaos, programa da TV Cultura, e a agulha de uma das pick-ups quebrou. Marky colocou a agulha (com a capinha) no braço da pick-up mas, em vez de tirar a capinha, colocar um vinil e continuar a tocar, ele começou a fazer scratches com a agulha (ainda na capinha!) contra a superfície de borracha da pick-up. Eu nunca vou me esquecer disso...
Comecei a ouvir o disco cheio de expectativas, por causa do excelente "Audio Architecture 1". Mas o CD começou devagar, com coisas mais jazzy, com vocais, inclusive remix de Jorge Benjor e Toquinho pelo próprio Marky + Xerxes. "Ah, que dureza", pensei, achando que o disco ia pegar "leve" até o final. O remix do Toquinho é legal, vocais trabalhados de forma que eu nunca tinha ouvido antes. Eu gosto de novidades assim. Enquanto isso, ia lendo o encarte, com um texto de um tal Raul Cornejo, babando um ovo desmedido do Marky: "... onde uma seleção cuja perfeição só poderia ser alcançada por alguém com um profundo conhecimento (...) encontra-se com sua perícia técnica que já se tornou sua marca registrada...". Tá, o cara é bom mas não precisa pedir pra casar com ele. Lá pela faixa 4 ou 5 a coisa começou a ficar diferente e o clima foi mudando, ficando menos "analógico"... aí vem coisa boa, pensei. Por aí surgiu a distorção com sub-bass e também a primeira seção de scratches, que são sempre muito legais. O disco seguia interessante, até que veio a faixa 8. "Spaced Invader", de Hatiras vs. J. Majik, foi a redenção.
Eram 6 da tarde, eu tava ouvindo o CD no carro, e eu andava pela Via Expressa quando essa música começou a tocar. Eu fechei os vidros pra ouvir direito e botei o volume no talo, ficou um calor danado, mas eu nem me importava: aquela música era um achado. Era uma bomba! E eu arrepiava e ficava dando pulinhos no banco do carro... aquilo era o clímax do disco, e que clímax...
As faixas seguintes foram descendo a bola, os vocais foram voltando devagar, mas o pau ia comendo. E numa avaliação final, o disco realmente é muito bom, apesar do começo meio estranho. Se você não tá com saco de ouvir tudo, ouça pelo menos a faixa 8. É absurda de boa. O Primo recomenda o disco todo.
O PRIMO RECOMENDA: Unreal Tournament
Na vida tem sempre aquelas dobradinhas de concorrência: UOL versus Terra, Globo versus SBT, Faustão versus Gugu, e por aí vai. Nos FPS (First Person Shooters) a coisa é assim também. O primeiro Unreal surgiu meio que em resposta ao sucesso do Quake 1. Ambos são excelentes jogos. E logo no momento onde o Quake 3 Arena ia se firmando como um clássico do deathmatch, surge o Unreal Tournament.
Basicamente, o Unreal Tournament pegou tudo de bom que o Q3A tem e tornou ainda melhor. As armas vem em maior variedade e tem 2 modos de tiro cada uma, o dano é posicional (tiros na cabeça são mais 'doídos' que tiros na perna, por exemplo), entre outras coisas. Existem também mais modos de jogo do que no Quake, como o Domination, onde o objetivo é capturar e manter "pontos de controle", para ganhar pontos, e o "Assault", onde dois times se alternam para, respectivamente, invadir e defender um local.
Como a alma de um bom FPS é o "Lança Foguetes", o Rocket Launcher do Unreal é uma arma excepcional: Se você segura o botão de tiro, são carregados até 6 foguetes no "barril" da arma. Soltar o botão e ver 6 foguetes voarem em linha rumo a um oponente que sabe que não tem chance de escapar é uma satisfação só. Além disso, se você mantiver a mira sobre alguém por mais de 2 segundos, o foguete fica teleguiado.
Se você achava a BFG-9000 do antigo Doom muito poderosa, espere até conhecer a mãe de todos os lança-foguetes: o Redeemer. Geralmente ele só vem com um míssil, que é mais do que suficiente. O tamanho da explosão do Redeemer é simplesmente enorme, e você consegue matar uns 4 ou 5 oponentes com um tiro bem dado. E você ainda ouve uma agradável voz gritando "M-M-MOONSTER KILL-ILL-ILL!!!".
O Unreal Tournament pode até ser fruto de cópia descarada do Quake 3 Arena, mas que é divertido, ah... isso é. O Primo recomenda.
You Win
2002-04-10 15:21:00 +0000
Ontem eu resolvi um trauma de infância.
Enquanto esperava minha namorada, passei no Shopping Cidade e fiquei perambulando pelo fliperama de lá, pra matar o tempo. Mal sabia eu que esse passeio no flipper ia ser mais interessante do que o normal.
Pra começar, tinha uma menina jogando Marvel vs. Capcom. Eu tenho uns 10 anos de experiência em fliperama e nunca, NUNCA vi uma mulher jogando nenhum jogo da série Street Fighter. Mulher em fliperama é muito raro. E a menina jogava bem, com direito a Hadouken e Shoryuken. Ela jogou até o último chefe. E a menina era até bonita...
Aquela cena me deixou perplexo por um tempo, e me fez lembrar de um trauma de infância: era um grande tormento quando alguém entrava na máquina pra jogar contra mim. E pelo nervosismo, eu perdia e ficava furioso. Sempre odiei jogar videogames contra alguém, eu não sabia competir, muito menos perder.
Daí eu cresci, vieram os emuladores, vieram os jogos em primeira pessoa (começando pela inesquecível, a all time classic série Doom), nos quais eu sou relativamente bom, e depois de muito gritar e chutar mesas de computador, fui aprendendo a perder. E fui aprendendo a explorar o erro do adversário, variar a técnica para surpreender, improvisar... tudo que eu não conseguia fazer antes por estar de cabeça quente. E no teclado do PC os golpes que não saíam no fliperama saíam até mais facilmente (muita gente horroriza comigo por isso). A partir daí eu comecei a jogar no mesmo patamar do primo Luiz (que é bem mais viciado que eu), e nossos torneios de Street Fighter Zero 3 no emulador ficavam pau a pau.
Veio também a festa da LAN em Sete Lagoas, onde pela primeira vez eu pude testar minhas habilidades em jogos em primeira pessoa contra oponentes humanos. No Quake 3, ninguém ganhava de mim, até mesmo Norton, que é um baita dum adversário. A derrota vinha era no Alien vs. Predator, onde Norton estava anos-luz à frente de mim. Mas a derrota já virava experiência.
Voltando ao fliperama, lá foi o teste final da minha "maturidade de jogos". Comprei uma ficha e fui jogar Marvel vs. Capcom. De repente, um adversário humano, chega e pergunta: "Posso entrar?". Respondi que sim.
A luta foi um achado. Não teve nada de especial, mas para mim a coisa foi completamente diferente. O que antes era uma enxurrada de raiva e ansiedade virou coisa de Chapolin: "Todos os meus movimentos são friamente calculados". Eu via tudo. Eu percebia as táticas do adversário, claras como água. Depois dos cinco primeiros segundos de luta, eu já sabia da técnica barata do adversário e planejei o que fazer para vencer. Eu improvisava, eu criava, eu não errava o timing dos golpes especiais. Resultado final: ganhei, e com folga. Sobrava mais de 80% da energia dos meus lutadores. E ver meu adversário humano saindo apressado da máquina, irritado, como muitas e muitas vezes eu saí, foi uma sádica satisfação.
Veio outro adversário humano. Dessa vez, a técnica dele não era tão clara, e eu teria que improvisar. A vitória veio no erro do adversário: ele deu especial de longe. Nunca se dá especial de longe contra um oponente humano. Há alguns anos atrás, mesmo com essa chance enorme de decidir a luta, eu erraria o movimento por nervosismo. Dessa vez não. Enquanto ele dava o especial, meu lutador voava por sobre a enxurrada de golpes, calmamente, pousando atrás do oponente, de costas, sem defesa. Nada havia sido tão prazeiroso quanto ver o desespero na cara do meu adversário, naqueles segundos de vulnerabilidade total que parecem uma eternidade, pensando "eu vou morrer". Depois de aterrisar, num rápido movimento saiu o *meu* especial, e a luta acabou. Eu havia passado de presa para predador. O que me fazia perder agora fazia outros perderem.
Grande coisa, hein...
Jogos bizarros de Arcade
2002-02-26 15:32:00 +0000
MIKIE: O objetivo deste jogo é passar bilhetinhos para as paqueras da sala de aula, sem que o professor pegue você.

WALL STREET: Deve ter sido ambientado na crise de 1929... o objetivo é pegar os empresários suicidas antes que eles caiam no chão e façam o "índice Dow Jones" abaixar...

DINO REX: Quem precisa de Street Fighter? T-Rex versus o mesmo T-Rex com o gráfico invertido e a cor trocada. Animal!

DOMINO MAN: Sim, é isso mesmo. Enfileire os dominós e cuidado com as, er, "coisas" que tentam derrubá-los.

I'M SORRY: Desculpe, mas o nome do jogo é realmente "I'm sorry". O objetivo: pegue dinheiro e fique repelindo os agentes da Receita.

ROCK'N RAGE: Sua banda está detonando num show quando de repente aparecem múmias e monstros mutantes do espaço. O que fazer? Pegar os instrumentos e pau neles...

Isso e muito mais em The Bizarre Arcade Game Archive
Profético!...
2002-02-22 15:28:00 +0000
"Jogos de computador não afetam crianças. Se o Pac-man tivesse nos afetado quando éramos crianças, hoje em dia estaríamos todos badalando por salas escuras, engolindo pílulas mágicas e escutando músicas eletrônicas repetitivas..."
(Kristian Wilson, Nintendo Inc, 1989)
Fonte: a ótima coluna do Lúcio Ribeiro, na Folha: Pensata
Lembra daquele joguinho, o Genius?
2002-02-14 20:40:00 +0000
Uma bela e moderna versão flash dele está aqui.
Até agora consegui 18 pontos...
A vida é curta...hahahahahahahaha!!
2002-01-31 14:20:00 +0000
É interessante ficar de mau humor. Sempre vem aquela musiquinha do Sonic Youth na cabeça: "She's in a baaaaaad moooooood..."
Daí cheguei no serviço, meu sistema deu pau durante a noite e ninguém se incomodou de deixar um e-mail pra mim avisando (descobri por acaso). E na minha caixa postal tinha um vídeo com a propaganda do X-Box.
O vídeo mostra uma mulher em trabalho de parto. De repente o moleque sai igual um foguete da barriga dela. A câmera mostra o bebê voando em altíssima velocidade. Mas o bebê já se tornou um menino. O menino grita, com as mãos entre as pernas. Mas o menino cresceu e agora já é um homem. Continua voando em altíssima velocidade.
Dois detalhes: Em um momento você vê a mesma rua de árvores secas que aparece na propaganda do Windows XP. "Ahh, a MS tava querendo parodiar a propaganda do XP... dâââ...". Detalhe 2: Esse vôo não acontece rápido, como é de se esperar nos comerciais. A transformação dura uns 30 segundos (num comercial de 1 minuto!). Demora ao ponto de ficar chata pra quem assiste e quer saber logo o final.
Daí o homem vira véio e começa a cair. Cai num cemitério, direto num túmulo, quebrando a tampa de "mármore" da cova, que dá claramente pra notar que é de papel. Finalmente, digo eu, aí vem a mensagem publicitária pra nos ajudar, pobres mortais, a entender o que o comercial quer dizer!
Life is short. Play more.
Subitamente meu mau humor passa instantaneamente. Só a Microsoft pra fazer algo tão ridículo numa campanha de marketing zilionária. Milhões de pessoas no mundo perderão um minuto de suas vidas assistindo uma propaganda imbecil que diz: "Olhe como esse menino voa e envelhece em trinta segundos! Por isso, a vida é curta, jogue mais."
Fresh Beck
2001-10-26 13:43:00 +0000
Ei, primo... eu peguei o Castle of Illusion pra jogar justamente porque lembrei do Globo Reporter... e o F-Zero que a gente viu? Aquela cena da navezinha explodindo, a câmera vai lá na frente e vira de repente, mostrando a fumaça... e nós babando!!!
il castello d'illusione
2001-10-24 13:30:00 +0000
Ok, eu admito.
Eu gosto de Castle of Illusion.
Pior ainda: Estou jogando a versão do Mega Drive nesse exato momento.
Pong 3D
2001-08-23 13:36:00 +0000
Pong, ou paredão, foi um dos primeiros videogames já inventados...um crássico.
Jogue essa linda versão 3D de Pong, mas cuidado, é altamente viciante. (Requer Shockwave)
Serious
2001-07-13 21:42:00 +0000
Hoje, 00:30. Estava eu jogando Serious Sam. De repente, aparece isso na minha frente. De repente mesmo, surgiu no ar, do nada.Tomei um susto de pular da cadeira, literalmente. Daí tive que desligar o micro e ir dormir, era emoção demais pra uma madrugada de sexta feira.
Serious Sam é legal, visual egípcio, belíssimo, e muitos, muuuuitos , mas MUITOS bichos pra matar. E o Sam, o personagem, é um novo Duke Nukem. Dá pra notar pelas frases de efeito que ele diz durante o jogo. Cê morre de rir (quando não morre literalmente depois de ser explodido por guerreiros kamicases sem cabeça).
Mas o melhor jogo de ação 3D, de longe, o melhor de todos os tempos, é Half-Life. Eleito jogo do ano por mais de 50 publicações especializadas. E o protagonista é Gordon Freeman, um cientista envolvido num acidente que trouxe bichos de outra dimensão à terra. O jogo é simplesmente lindo. As fases são belíssimas e impecavelmente detalhadas. Até na dimensão dos aliens você chega a jogar. E quem é Quake 3 pra dar o mesmo feeling da metralhadora com lança-granadas...