O Primo recomenda: Max Payne
Eu sei, é um jogo velho e tal... mas, em toda a minha história "gameira", eu tenho um parâmetro: se eu jogo um jogo todo, inteiro, mais de uma vez, é porque ele é excelente. Os únicos três jogos que tiveram a honra (hehe) de serem jogados por mim mais de uma vez foram: Doom (I e II), Half-Life e Max Payne.
Max Payne é tão bom que até minha irmã jogou o jogo todo. Payne é um policial que tem sua família (esposa e bebê) exterminada por uns viciados que usaram uma nova droga chamada Valkyr. A partir daí, Payne trabalha infiltrado no crime, até que esbarra com um peixe graúdo e é incriminado pelo assassinado do próprio parceiro. A partir daí, o buraco fica cada vez mais embaixo, e Payne vai descobrindo as origens da droga que causou a morte da sua família. Um detalhe: você joga a parte onde chega em casa e encontra os viciados matando sua mulher e filha. Várias partes cruciais para o storyline do jogo são jogados, inclusive dois "pesadelos" de Payne, que ficaram excelentemente bem feitos.
Destaque para os cenários impecáveis do jogo: a estação do metrô dá a nítida impressão de que você realmente está em NY. Mais à frente, a fase do estacionamento (Backstabbin Bastards) é uma das mais legais que já vi. A segunda fase, o velho hotel/prostíbulo entupido de gangsters, é minuciosamente detalhada...
Ainda sobre a história... a interatividade de Max Payne faz com que o jogo se torne realmente um filme interativo. E que filme. Em vários momentos você está prestes a abrir uma porta e escuta os gangsters conversando, revelando partes da história, e às vezes fazendo piada: um dos diálogos que eu nunca esqueci foi o dos gângsteres comentando: "Pô, sabe o que seria realmente legal? Um efeito nos filmes em que tudo ficasse em câmera lenta e você pudesse ver as balas voando"... obviamente falando do famoso bullet time, inspirado no velho e bom Matrix.
O bullet time foi a inovação responsável por elevar Max Payne ao status de clássico. Um clique no botão direito e toda a ação começa a acontecer em câmera lenta, com direito a poder ver as balas voando e tudo. Nada se iguala à sensação de abrir a porta de uma sala cheia de gângsteres, apertar o botão direito e ver, em câmera lenta e com um som de coração batendo ao fundo, Max Payne leeentamente pulando para o lado e matando 3 inimigos antes de cair no chão. Muito cool. A interação com o cenário também é perfeita: abre-se quase todas as torneiras, armários, gavetas... em determinados momentos isso é até engraçado: na fase "Ragnarok" você acaba atrás de um palco montado, com instrumentos. Dá pra tocar a bateria, a guitarra e quando você tenta usar o microfone, Payne diz: "Karaokê nunca foi meu forte"...
E quando o jogo termina, outra diversão começa... na Internet tem zilhões de MODs que você adiciona facilmente ao jogo. Armas novas, fases novas, remakes que deixam o jogo igual Matrix ou 007... só alegria. O primo recomenda, duas vezes :)