Inaugurando uma nova seção neste glorioso blog... a seção "O Primo Recomenda". Pra estrear, duas recomendações.

O PRIMO RECOMENDA: DJ Marky - Audio Architecture 2

(Ouça o disco aqui)

Só pra repetir o que todo mundo sabe, o DJ Marky é o melhor DJ de drum'n bass do mundo. A técnica do cara é muito fodassa pra caralho e tudo o mais.

Um exemplo é quando ele foi no Musikaos, programa da TV Cultura, e a agulha de uma das pick-ups quebrou. Marky colocou a agulha (com a capinha) no braço da pick-up mas, em vez de tirar a capinha, colocar um vinil e continuar a tocar, ele começou a fazer scratches com a agulha (ainda na capinha!) contra a superfície de borracha da pick-up. Eu nunca vou me esquecer disso...

Comecei a ouvir o disco cheio de expectativas, por causa do excelente "Audio Architecture 1". Mas o CD começou devagar, com coisas mais jazzy, com vocais, inclusive remix de Jorge Benjor e Toquinho pelo próprio Marky + Xerxes. "Ah, que dureza", pensei, achando que o disco ia pegar "leve" até o final. O remix do Toquinho é legal, vocais trabalhados de forma que eu nunca tinha ouvido antes. Eu gosto de novidades assim. Enquanto isso, ia lendo o encarte, com um texto de um tal Raul Cornejo, babando um ovo desmedido do Marky: "... onde uma seleção cuja perfeição só poderia ser alcançada por alguém com um profundo conhecimento (...) encontra-se com sua perícia técnica que já se tornou sua marca registrada...". Tá, o cara é bom mas não precisa pedir pra casar com ele. Lá pela faixa 4 ou 5 a coisa começou a ficar diferente e o clima foi mudando, ficando menos "analógico"... aí vem coisa boa, pensei. Por aí surgiu a distorção com sub-bass e também a primeira seção de scratches, que são sempre muito legais. O disco seguia interessante, até que veio a faixa 8. "Spaced Invader", de Hatiras vs. J. Majik, foi a redenção.

Eram 6 da tarde, eu tava ouvindo o CD no carro, e eu andava pela Via Expressa quando essa música começou a tocar. Eu fechei os vidros pra ouvir direito e botei o volume no talo, ficou um calor danado, mas eu nem me importava: aquela música era um achado. Era uma bomba! E eu arrepiava e ficava dando pulinhos no banco do carro... aquilo era o clímax do disco, e que clímax...

As faixas seguintes foram descendo a bola, os vocais foram voltando devagar, mas o pau ia comendo. E numa avaliação final, o disco realmente é muito bom, apesar do começo meio estranho. Se você não tá com saco de ouvir tudo, ouça pelo menos a faixa 8. É absurda de boa. O Primo recomenda o disco todo.

O PRIMO RECOMENDA: Unreal Tournament

Na vida tem sempre aquelas dobradinhas de concorrência: UOL versus Terra, Globo versus SBT, Faustão versus Gugu, e por aí vai. Nos FPS (First Person Shooters) a coisa é assim também. O primeiro Unreal surgiu meio que em resposta ao sucesso do Quake 1. Ambos são excelentes jogos. E logo no momento onde o Quake 3 Arena ia se firmando como um clássico do deathmatch, surge o Unreal Tournament.

Basicamente, o Unreal Tournament pegou tudo de bom que o Q3A tem e tornou ainda melhor. As armas vem em maior variedade e tem 2 modos de tiro cada uma, o dano é posicional (tiros na cabeça são mais 'doídos' que tiros na perna, por exemplo), entre outras coisas. Existem também mais modos de jogo do que no Quake, como o Domination, onde o objetivo é capturar e manter "pontos de controle", para ganhar pontos, e o "Assault", onde dois times se alternam para, respectivamente, invadir e defender um local.

Como a alma de um bom FPS é o "Lança Foguetes", o Rocket Launcher do Unreal é uma arma excepcional: Se você segura o botão de tiro, são carregados até 6 foguetes no "barril" da arma. Soltar o botão e ver 6 foguetes voarem em linha rumo a um oponente que sabe que não tem chance de escapar é uma satisfação só. Além disso, se você mantiver a mira sobre alguém por mais de 2 segundos, o foguete fica teleguiado.

Se você achava a BFG-9000 do antigo Doom muito poderosa, espere até conhecer a mãe de todos os lança-foguetes: o Redeemer. Geralmente ele só vem com um míssil, que é mais do que suficiente. O tamanho da explosão do Redeemer é simplesmente enorme, e você consegue matar uns 4 ou 5 oponentes com um tiro bem dado. E você ainda ouve uma agradável voz gritando "M-M-MOONSTER KILL-ILL-ILL!!!".

O Unreal Tournament pode até ser fruto de cópia descarada do Quake 3 Arena, mas que é divertido, ah... isso é. O Primo recomenda.