Primeiramente: Não, eu não morri, apesar de não atualizar o blog há um tempão.

Sim, eu estou devendo a continuação dos posts das férias. O problema é isso aqui:

gta

Notou que tem uma TV LCD de 40 polegadas ali? E que tem um Playstation 3 em frente à TV? E que o jogo que está na tela é Grand Theft Auto IV, aquele que está prestes a desbancar a série Half-Life no meu ranking dos “melhores jogos de todos os tempos”? Pois é.

Eu estou me segurando pra não ficar falando sem parar de GTA IV, especialmente no Twitter. Além do óbvio (gráficos de cair o queixo, storyline excelente, trilha sonora – no rádio – extensa e bem selecionada, liberdade pra fazer o que quiser na cidade), o cuidado com os detalhes no jogo é TÃO ABSURDAMENTE GRANDE que chega a ser assustador. Por exemplo:

  • Os danos quando você bate o carro são altamente realistas. Tipo, se você anda muito tempo com um pára-choque arranhado, com o tempo a pintura começa a descascar. Passar com o carro na terra ou areia deixa sujeira bastante realista nos paralamas, atropelar pessoas deixa manchas de sangue, etc. Se você acelerar demais um carro com o motor muito danificado, ele superaquece e pega fogo, ou pára de ligar quando você bate de frente com alguma coisa. Nestes casos o Niko fica virando a chave e reclamando: “Come on, you piece of junk, start!”.
  • O GTA tem um avanço na “ragdoll physics” que é muito legal: quando você tromba com alguém na rua (a pé ou de carro), a pessoa não é simplesmente jogada pro ar como um boneco molenga: ela tenta se apoiar em alguma coisa, protege instintivamente a cabeça e até tenta manter o equilíbrio antes de cair. Os atropelamentos ficam MUITO mais realistas. O vídeo abaixo mostra alguns exemplos.
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  • Se você seguir alguém na rua que esteja conversando ao celular, dá pra ouvir a conversa inteirinha. E do começo ao fim ela sempre faz sentido. E eu NUNCA, em mais de OITENTA HORAS de jogo, ouvi uma conversa repetida.
  • Tem também as coisas hilárias que se ouve na rua. Outro dia tinha um cara em frente à uma vitrine, dizendo: “Eu vou comprar. Não, não vou. Vou sim, eu quero. Não, não posso!”. Todos os diálogos tem contexto: o pessoal se assusta quando te vê roubando um carro ou empunhando uma arma na rua, e exclama coisas hilárias como “we’re being invaded!” ou até palavrões inusitados como “robot man juice” ou o meu predileto: “cheesy vaginas!!”.
    E por umas duas vezes eu já fui xingado de “filho da puta” no trânsito, em português. Sim, Liberty City tem imigrantes portugueses.
  • Semana passada eu descobri que dá pra assistir a tevê que tem no apartamento de Niko. E fiquei MEIA HORA ASSISTINDO A TELEVISÃO DO JOGO. A programação é ENORME: tem desenho animado, reality show (“America’s Next Top Hooker”), programa de fofoca de celebridades, infomerciais estilo Shoptime e mais uma penca de coisa.
  • A internet do jogo também é interessante. Quando você termina uma missão que teve muito tiroteio (como “Three Leaf Clover”, um assalto a banco que me lembrou “Onze homens e um segredo”), além dos “newsflashs” que tocam no rádio, sempre tem reportagens sobre o ocorrido nos sites de notícias. Tem também sites-paródia do Craigslist (Craplist.net), YouTube, MySpace e mais um monte, todos cheios de conteúdo. Niko até tem email (que entope de spam com o tempo, inclusive), e você pode até arrumar namoradas pela internet.

P.s.: Tem também um outro assunto “do momento” que nem comentei aqui: tá rolando Campus Party esta semana. Eu poderia ir de graça e acampar lá a semana toda, mas com base no que vi ano passado achei melhor não ir nesta edição. E pelo que estou ouvindo no Twitter (cuja tag #cparty virou um grande mural de recados) minha decisão, infelizmente, foi acertada. De ontem pra hoje teve até briga