Primeiro foi o iPhone. Agora, sabe meu notebook, o Vostro, que rima com colostro? Morreu também, no começo do mês. Aparentemente a placa-mãe fritou.

Assim, os dois aparelhos eletrônicos que mais uso morreram num período de menos de 45 dias. Estou com fortes suspeitas de que me tornei radioativo ou coisa parecida.

Ao contrário do telefone, o notebook já não está mais na garantia. E sem garantia o atendimento da Dell fica aproximadamente trinta vezes PIOR do que uma operadora de celular quando você tenta entrar em contato com eles pra usar a assistência técnica. E não existem peças da Dell no mercado, er, "alternativo".

"Grandscoisa, ficar sem computador", alguns podem estar pensando. Acontece que o notebook é a minha ferramenta para absolutamente tudo. É o alfa e o ômega, é o caminho, a verdade e a vida e o universo e tudo o mais. Para vocês entenderem o impacto disso na minha rotina, vou descrever brevemente como é um dia típico da minha semana:

  • Acordar, guardar o notebook na mochila e ir trabalhar.
  • Ao chegar no trabalho a primeira coisa que faço é tirar o notebook da mochila e usá-lo o dia todo para emails, planilhas, apresentações, documentos, relatórios. Todos os meus arquivos de trabalho ficam nele.
  • No fim do dia, guardar o notebook na mochila e levá-lo pro hotel.
  • Ao entrar no quarto do hotel a primeira coisa que faço é ligar de novo o notebook, dessa vez para feeds, blogs, Twitter, internet, downloads, conversar com a digníssima esposa no Skype, pagar uma ou outra conta no site do banco, estudar coisas sobre gerenciamento de projetos, ouvir/fazer/baixar música, escrever aqui no blog e mais uma infinidade de coisas. Eu normalmente janto em frente ao computador. Eu passo semanas INTEIRAS sem sequer ligar a TV do hotel.
  • Quando o sono bate, eu desligo o notebook e vou dormir.

Agora tente ler o texto acima sem as partes onde eu uso o notebook. Não dá, né? Pois é.

"Então por que você não compra outro?", você se pergunta. E é aí que reside o único lance de sorte de toda essa história: Desde o final do ano passado eu já estava planejando gastar minhas muitas milhas aéreas e ir visitar as terras de Barack Obama, e minha partida acontecerá daqui a mais ou menos um mês - e o soco financeiro no rim ao comprar eletrônicos no exterior é uns 50% mais ameno do que no Brasil. O chato é aguentar a abstinência computacional até lá...