Eu tive pensando…
Bom, na verdade eu vim escrever este post porque passei a última hora deitado na cama, tentando dormir, mas não parava de pensar: “Putz, eu não vou conseguir dormir. De novo. Terceira noite seguida que eu custo a pegar no sono”. Na verdade, pensar que eu não ia conseguir dormir era o que me impedia de conseguir dormir.
Aí voltei pro computador. Quem sabe pensando em outra coisa eu acabe dormindo em cima do teclado…
---
Tive uma idéia meio malvada outro dia: montar um vídeo pra sacanear seus amigos. Funcionaria assim: cê chega pro cara e fala "meu, cê tem que ver esse vídeo, é muito legal". Aí entra no YouTube, bota o troço pra tocar e põe seu amigo pra ver. Enquanto isso você prepara sua câmera fotográfica...
Aí num ponto específico o vídeo subitamente muda para cenas de sexo explícito. Por uma fração de segundo seu incauto amigo estará lá, vendo putaria da grossa com a cara mais atenta do mundo, e você com uma câmera na mão pronta para registrar aquele instante para a posteridade.
Acho que não preciso explicar mais nada.
---
Eu tenho umas implicâncias completamente idiotas na hora de ouvir música com fones de ouvido. Por exemplo, eu JAMAIS uso os fones com os lados trocados: é sempre o L na esquerda e o R na direita. E eu NUNCA deixo a música rolando quando os fones não estão no meu ouvido: por exemplo, quando alguém quer falar comigo eu tiro um dos lados do fone e sempre dou um “pause”.
E quando me dão fones onde um lado está tocando com o volume diferente do outro? Meu amigo… isto é desesperador.
---
Ontem, perto das 18h, eu liguei pra um cara que estava me devendo um cronograma. Era minha terceira cobrança esta semana. Aí fiquei pensando que, de certa forma, eu sou pago pra ser chato com as pessoas.
O pior é que me pagam bem. Então, de duas, uma: ou querem que eu seja realmente MUITO chato ou estão apenas remunerando meu talento nato para a chatice…
---
Um detalhe: o cara que está me devendo o cronograma é igualzinho o Fausto Fanti (o Renato, o loiro magrelo da dupla Hermes e Renato). E eu sempre me lembro disso no meio das reuniões, e sempre, sempre tenho que ficar me segurando pra não começar a rir.
“Porra cara, esqueci o cronograma… mas depois eu te mando, valeu?”
---
Eu sou craque nesse negócio de não saber lidar com as próprias emoções. Pra exemplificar, uma historinha:
Na última sexta-feira, depois de passar metade do dia viajando (Marabá, lembram?) eu pousei em São Paulo, entrei no táxi e fui pra casa. No caminho vi que tinha um recado na caixa postal do celular e fui ouvir.
“Você tem cinco recados novos” – disse a gravação. Os cinco eram da minha esposa. Em cada um deles, risonha, ela dizia algo tipo “cadê você, chega logo!” e, na sequência, cantava algum daqueles clássicos da dor-de-cotovelo, tipo “Me Chama”, do Lobão…
“Tá tudo cinza sem você, tá tão vaziooo… e a noite fica sem porquê…”
Obviamente ela cantava de sacanagem, só pra me zoar. Só que eu encanei FEIO com os cinco recados, não digeri a coisa e fiquei meio assustado com aquela vontade toda dela de me ver. Então eu cheguei em casa e ela veio toda contente me receber. E eu lá, travadaço, sem a menor idéia do que fazer.
Obviamente ela estranhou minha “cara de tela azul do Windows” mas, como tinha uma amiga dela de visita lá em casa, só fomos ter a oportunidade de tocar no assunto umas duas horas depois. Aí eu, ainda travado e numa sem-graçeza ímpar, achei melhor me explicar de uma vez, respirei fundo e mandei um legítimo “prontofalei”:
- É que eu vi os cinco recados no celular e fiquei assustado com o tanto que você queria me ver e não consegui digerir direito a coisa toda e fiquei assim, travado.
Foi só terminar a frase que o peso da coisa toda sumiu de repente das minhas costas e me veio um alívio tão repentino e absurdo que, de uma só vez, eu voltei ao normal. E então eu saquei que o simples ato de verbalizar o que eu estava sentindo havia sido suficiente pra botar meu incômodo todo pra fora.
É engraçado… trinta anos de idade nas costas e eu ainda não aprendi como funciono.