Oi(tenta dias para comprar um celular) - Parte quatro
(Partes anteriores: Zero(new!) Um Dois Três)
Update: Eu encontrei um leitor deste blog hoje à noite. Ele me perguntou porque diabos eu não ia numa loja da Oi e comprava o bendito telefone. A explicação está aqui, na etapa "zero" desta saga.
Antes de mais nada, eu devo explicações aos fiéis leitores que devem estar me achando um trouxa de ainda não ter cancelado minha assinatura com a Oi.
Primeiramente, quem me conhece sabe que eu sou muito paciente. Mas MUITO paciente, tanto que chega a ser um defeito. Concordo com quem disser que eu estou exagerando na paciência em relação a este problema, porque eu realmente estou e sei disso. Quantos de vocês têm defeitos, os conhecem, mas não conseguem passar por cima? Pois é.
Além disso, os argumentos para continuar na Oi são bastante consideráveis:
- Bethania e a maioria dos meus contatos mais freqüentes também estão na Oi, portanto eu ligo de graça pra eles no fim de semana. No longo prazo, essa economia compensa os planos de outras operadoras.
- Meu número de celular está impresso em milhares de cartões de visita que eu distribuo por aí. Outros muitos contatos importantes, dos quais eu às vezes não tenho o número, só tem meu celular atual. Em suma: trocar de celular é meio que um "reset" em meu networking.
- Parafraseando um colega de trabalho, cliente da Tim: "operadora de celular é um mal necessário". Basicamente, os problemas de sinal, de atendimento, etc., serão encontrados em todas as outras operadoras.
Além do mais eu nunca tive problemas para o uso diário do telefone: minhas contas sempre vieram corretas, ninguém nunca reclamou que não consegue me ligar. Cancelar minha assinatura, a essa altura do campeonato, nem vai representar nada pra Oi: eu seria apenas um que sai, entre um milhão que continuam. O ideal seria processar a Oi, mas isso iria consumir ainda mais dinheiro e paciência.
Mas voltemos à saga do telefone. Hoje saí um pouco mais cedo para o almoço e fui a uma outra agência tentar fazer o depósito identificado. Deu na mesma: o caixa ficou me olhando com cara de paisagem e dizendo que "não posso fazer o depósito porque o identificador é inválido".
Saí do banco e, com meu celular, liguei de novo pra Oi (pela 41a vez). Expliquei novamente o problema e ela disse:
- Bom, você é o primeiro cliente que apresenta este problema no depósito...
- E daí? Eu quero fazer esse depósito em outro banco.
- Mas senhor, pra fazer isso você vai ter que cancelar este pedido e fazer outro...
- Cancelar é o caralho, minha filha. Se você cancela meu pedido o celular vai sumir do estoque, como sempre some, e eu vou ficar mais um mês ligando praí?
- Mas para mudar a forma de pagamento o pedido tem que ser cancelado...
- Minha filha, eu estou cagando e andando pra como você vai resolver este problema. Eu só sei que quero fazer essa porra de depósito, e rápido.
- O senhor vai ter que mudar o seu linguajar para que eu possa continuar o atendimento, senhor.
- Ah é... ok então, serei bonzinho e afetuoso com vossa senhoria. É importante que você perceba que, devido aos inúmeros telefonemas que já me vi obrigado a fazer a este serviço telefônico de atendimento, minha paciência vá estar um tanto quanto abalada. Portanto eu gostaria que vsa. sra. usasse de celeridade na resolução deste problema...
Então a menina começou a fazer o cancelamento e um novo pedido quando, de repente, a ligação caiu. Liguei mais duas vezes (42a e 43a, respectivamente), a ligação caiu nas duas vezes. Fui até um orelhão mas, com aquele teclado horrível, eu não passava nem da primeira digitação do número do celular. Então, voltei ao serviço e liguei de um telefone fixo (44a vez). E a atendente falou:
- Senhor, todos os outros clientes conseguem fazer este depósito sem problemas...
- OK, então eu sou um incapaz mesmo.
- N-não, não é que o senh...
- Olha, eu queria fazer este depósito em outro banco porque o banco não aceita o identificador.
- Um momento.
Depois de alguns minutos de espera, a atendente me falou que eu podia fazer o depósito no mesmo banco, usando apenas o número do pedido, sem as letras problemáticas que o caixa não aceita. Perguntei a ela três vezes se isso era verdade. Ela confirmou. Anotei o nome dela e o do supervisor dela, só pra garantir, e fui ao posto bancário.
E consegui fazer o depósito. Até digitei uma réplica do comprovante e salvei no micro, como backup. Esse papelzinho vale ouro.
Na parte cinco (e, se Deus quiser, final) desta saga eu conto os problemas que acontecerão quando tentarem entregar o telefone. Obviamente ainda devem restar mais umas três ou quatro ligações a fazer para o Oi Atende. Uma delas é garantida: será aquela onde eu vou fazer uma reclamação formal por tudo que passei.