Observações pertinentes e oportunas sobre assuntos totalmente aleatórios
Achei que tinha desenvolvido uma tolerância à cafeína depois que comecei a ficar com sono logo depois de beber café espresso. Mas aí reparei que a forma que bebo cafeína é que faz diferença no tanto que ele me acorda.
Donde temos a seguinte escala:
- Espresso - Efeito nulo ou negativo (me dá sono)
- Café de coador - Efeito leve. Os cafés ruins de escritório (estilo 'café de asa de barata'), sem açúcar, são um pouquinho mais eficientes.
- Café solúvel - Efeito considerável. Destaque para o Nestlé DuoGrão (a.k.a. "do ogrão"), que mistura café solúvel com pó de café puro. A cafeína lhe dá um tabefe na cara quando você bebe.
- Café americano (aquele do Starbucks) - Efeito bastante consideravel, mesmo no tamanho pequeno ("tall"). No final do copo eu já estou me sentindo meio Papaléguas.
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Estava vendo minha music library e pensando: é praticamente um milagre eu não usar drogas. Nos últimos tempos eu ando ouvindo muuuuita música de noiado/frito/v1d4l0k4. Exemplos:
- Mad Lib: Discos com 50 faixas de 1 minuto cada, todas feitas de uma brisa das mais abstratas. É filosofia stoner, versão musical.
- Ras G: Eu ouço e dá pra imaginar o próprio Ras no meio da nuvem de fumaça, falando, arrastado: "Dude.... duuuude... u feelin this?..." (ps.: a faixa 11 do disco se chama "jus feel")
- Emeralds: A música se repete, repete, repete, repete, repete... e então o ácido bate.
- OOIOO: Versão japonesa do Santo Daime.
- Rustie: É tipo o cara que cheira uma linha e sai andando pela pista de dança se sentindo o próprio Alexandre Frota.
- SugarBeats: Tu toma um "E" e aquele show de funk (não o carioca, o de James Brown) subitamente fica... crocante.
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Eu continuo naquelas de contratar gente, o que significa ver milhares de CVs, o que significa ver coisas bizarras como:
- Gente que manda CV e no cabeçalho, logo debaixo do nome, vem o nome artístico.
- Gente que coloca hashtags no subject do email. Tipo: #Curriculo #Vaga #Projetos.
- Teve uma menina que incluiu uma citação de Mary Poppins no final do CV. Dizia assim:
Em cada trabalho a ser feito há um elemento de diversão. Você acha a diversão e - pronto! - o trabalho vira um lazer!
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Num fim de semana desses aí fomos conhecer Campos do Jordão. Sim, tá no verão, mas os dias estavam chuvosos e frios (a.k.a. "verão em São Paulo").
As pessoas chamam Campos do Jordão de "a Suíça brasileira". Na verdade é uma "Suíça wannabe", como bem definiu Bethania. Os caras fazem os telhados pontudinhos, servem fondue por tudo que é canto e - voilá! - eis a Suíça... versão brega.
Pra piorar, a cidade não funciona/não entrega:
- No posto de informações turísticas, logo na porta da cidade, ao ser perguntada sobre opções de turismo para dias chuvosos como aquele, a mocinha respondeu: "então né... chovendo assim é complicado..."
- Agendamos uma visita à fábrica da Baden Baden, quando o tour começou a mocinha disse que não teríamos acesso à fábrica por questões de segurança e o "tour" foi ela levando a gente pra ver uns barris de cerveja e lendo uma timeline com a história da cervejaria pregada na parede. Durou 10 minutos. No final deram dois copos de cerveja pra cada um, possivelmente pra ver se, bebendo, a gente esquecia aquela picaretagem.
- O Palácio da Boa vista fecha pro almoço (bem na hora que chegamos lá). Aí, pra não perder a viagem, resolvemos ir ao Café do Palácio, que - surpresa! - não tinha café.
- A aclamada "Fazenda Lenz Gourmet" é uma terrível armadilha pra turistas: de gourmet só o nome, porque o garçom errou tudo do nosso pedido, do ponto da carne às bebidas. A "área de lazer" da fazenda é deprimente, parece um galpão abandonado.