A agenda do fim dos tempos drásticos
Eu queria compartilhar com vocês uma das ferramentas do meu dia-a-dia que mais gosto: minha agenda de anotações.
Sim, eu sei, você deve estar se perguntando que diabos é aquilo de “necrofilia do mundo final”. É que isto não é exatamente uma agenda: é um livreto que foi distribuído ano passado na Bienal, em São Paulo, e que na verdade é parte de uma obra de arte de Javier Peñafiel. A agenda foi apresentada ao público na própria Bienal, em uma performance do artista, e cópias da agenda estavam disponíveis para quem quisesse levar.
O nome da agenda dá título a este post: “Agenda do fim dos tempos drásticos”.
Por dentro ela é cheia de ilustrações, pequenos textos e de um bocado de espaço em branco – aonde passaram a morar minhas anotações de trabalho.
Pode parecer estranho, mas ter arte na sua frente dá a perspectiva correta aos dias de trabalho cheio de gente engravatada, cafezinhos e reuniões. Mesmo porque os textos de Javier questionam – ainda que de forma bem hermética – o próprio passar dos dias, descritos pela agenda como “impróprios”, “plurais”, “comuns”, “similares” e por aí vai.
O ruim é que a agenda é curtinha e o espaço da minha se esgotou esta semana, então terei que recorrer às agendas convencionais. Mas pra não perder a perspectiva, pelo menos ainda posso resistir às convenções na forma de anotar – como no exemplo abaixo, que é uma observação sobre ausência de função estratégia feita em estilo Cersibon: