Quando me diziam que eu deveria usar um aparelho dentário eu respondia: “só vou colocar um no dia que o dentista disser que eu vou MORRER ou ficar banguela se não usar aparelho”. Até que recentemente entrei numas de que aparência é, sim, importante e lá fui eu ao dentista pedir um sorriso Colgate.

A primeira coisa que o cara fez foi me dar um tal expansor palatino. Não confunda: na foto abaixo, é o da esquerda.

image image

O expansor palatino é um mini-instrumento de TORTURA MEDIEVAL. Repare que no meio do aparelho tem um furinho redondo: todo dia de manhã e à noite eu tenho que enfiar uma alavanca nesse furinho e girá-la. A cada giro da alavanca, o expansor se abre um pouco mais e vai separando o palato (o céu da boca), ou seja, eu estou lentamente abrindo meu crânio pelo lado de dentro.

Resultado: meus dentes dóem, estou cheio de aftas, comer qualquer coisa é extremamente frustrante e não fiquei nem um pouco mais bonito até agora - pelo contrário, já que o aparelho me impede de falar direito e eu fico com uma dicção de quem tem língua presa. Ontem eu liguei para uma assistência técnica da Sony (o leitor Blu-Ray do meu PS3 morreu) e o cara estava nitidamente segurando o riso enquanto eu falava: “O número da nota phishcal é quatlo phlêis dois…”.