“Era tão jovem e infartou…”
Acabei de voltar do médico. Fiz uns exames e, veja você, meu colesterol baixou!
Isso seria uma ótima notícia… não fosse o fato de que o máximo de colesterol que uma pessoa saudável pode ter é 240 mg/dL. E o meu ainda está em 263 mg/dL. E no ano passado ele estava AINDA MAIS ALTO. Segundo o médico, se continuar assim eu posso acabar virando um daqueles casos que as pessoas ficam comentando que “era tão jovem e infartou”.
Eu te digo que não é nada agradável ouvir isso da boca do seu médico. Especialmente quando você tem só 30 anos de idade.
Como o meu caso já tá meio crônico eu deveria estar tomando remédios. O problema é que eles agridem o fígado, e o meu também não está bem: tem umas enzimas meio altas demais, e em 2008 eu até estava com o tal “fígado gorduroso” (esteartose hepática). Basicamente um foie gras humano.
Aí vou ter que entrar na dieta e começar a fazer exercícios. De antemão o médico me entregou uma folhinha com recomendações alimentares, que pode ser resumida assim: “A partir de agora você come tudo que sua mãe mandar. E sua mãe é NAZISTA”. Ou seja, adeus doces, cerveja, queijos, biscoitos, bacon, carne vermelha, frituras, ovos, amendoim e tudo que ajuda a tornar essa vida dura suportável. Vou ter que arrumar alguma coisa pra compensar, um outro vício, sei lá, começar a fumar maconha ou algo assim*.
O próprio médico ficou fazendo piadinha comigo: “Vou te indicar uma nutricionista. Ela vai te passar uma dieta, mas basicamente ela vai dizer assim: ‘Tá vendo essa alface e esse copo d’água aqui? Bom apetite!’”. E caía na risada.
* – Eu, obviamente, estou brincando.