07:00 – O despertador toca. Bethania, ainda zonza de sono, me abraça e murmura qualquer coisa indecifrável. Pavlov percebe que acordei, pula na cama e começa a me lamber.

07:30 – Banho tomado, barba feita, encho uma caneca grande com Sucrilhos e vou pra janela, ficar olhando os aviões descendo em Congonhas.

07:47 – Pego o carro e entro nas ruas já semi-engarrafadas do Itaim. Meu destino é a Vila Olímpia, o bairro vizinho.

08:10 – Chego no trabalho. Missão de hoje: dar um treinamento de gerenciamento de projetos para uma turma de vinte e poucas pessoas.

10:12 – Coffee break. O treinamento vai bem, a turma é bem espertinha e aprende rápido.

12:10 – Hora do almoço. Um quarteirão de caminhada depois e estamos no Seo Gomes. A comida é cara (buffet livre a R$ 25,90) mas muito gostosa. Quem me acompanha é a Agnes, facilitadora dos treinamentos no cliente. Ela conta do Wii Fit que o marido trouxe dos EUA. “Minha filha adora”, diz.

13:15 – O treinamento recomeça e segue sem muitas surpresas até às 17:30.

17:41 – De novo no carro, após deixar uma pequena fortuna no caixa do estacionamento. No caminho eu me encontro com Bethania.

18:30 – Seguem-se conversas triviais de casal, estilo “como foi seu dia”.

19:10 - Devido à preguiça de cozinhar qualquer coisa, resolvemos pedir comida por telefone. Na TV passa um DVD da primeira temporada de House, com quatro episódios.

22:20 – Breve pausa no DVD para comprar os ingressos pro show do Radiohead: alguém avisou no Twitter que já estavam disponíveis, 2 horas antes do início “oficial” das vendas.

23:50 – O DVD de House toca seu último episódio. Sonolentos, eu e Bethania vamos pra cama.

Este, meus amigos, foi, por incrível que pareça, o primeiro dia onde trabalhei em São Paulo, exatamente um ano e 20 dias após ter me mudado pra cá. Eu já havia me esquecido de como é acordar na minha própria cama num dia de semana, ver aviões da janela da minha casa (ao invés de ver minha casa da janela do avião) e até de como é bom ir trabalhar no meu próprio carro e não num ônibus/táxi/van.

A vontade de chutar o balde da consultoria só aumenta.