A regra de ouro do sampling
...é a seguinte: Não sampleie músicas melhores do que a música que você está fazendo.
Sabe, isso é tão óbvio, mas só hoje me dei conta. Músicas que usam samples de músicas muito boas tendem a ser uma droga.
É um caso de matemática bizarra, onde o resultado final piora conforme você vai somando músicas boas a ele. Um exemplo: Funky Shit, do Prodigy. A música abre com um sample de Root Down, dos Beastie Boys - com Mike D gritando "Oh my god that's the funky shit". Desse instante em diante, meu cérebro passa a ignorar a música do Prodigy e eu só consigo pensar no quanto o Ill Communication é um disco bom...
E o mais legal é que o inverso também funciona: você soma um monte de porcarias que não valem nada e o resultado final pode ficar 10 vezes melhor que as músicas ruins todas juntas. Quer um exemplo? Girl Talk, o cara que joga um monte de maluquices no liquidificador e, no fim, serve o melhor milk shake que você já viu. Ou você acreditaria que "Bounce That", mostrada no vídeo abaixo, usa samples de Britney Spears, Ludacris + Ciara, Elastica e Stevie Wonder?
(Por sinal esse vídeo aí não é oficial: foi feito por Matthew Soar - professor da Universidade de Concórdia, em Montreal - junto com seus alunos, como contribuição para o Open Source Cinema Project. Ficou duca.)