Testando a paciência
Na semana passada eu comecei um novo projeto, no Rio. A equipe do projeto é composta de várias pessoas: eu, um consultor-sênior e... bem, é só isso.
Aí na quinta o sênior me falou um pouquinho do trabalho, apresentou algumas pessoas da empresa, e às quatro da tarde foi para o aeroporto. Me disse que iria mandar um e-mail e que eu podia ligar pra ele para tirar alguma dúvida.
O email eu estou esperando até agora, e ele não atendeu o celular em nenhuma das quinze vezes que liguei. Assim, ontem eu tive que passar o dia em reunião com um pessoal que mal conheço, para fazer algo que mal sei o que é.
No final deste belo dia eu só queria ir para o hotel e quebrar a rotina de fazer "terceiro tempo" e trabalhar até meia-noite. Aí, logo que entrei no quarto, toca o celular: era o líder do projeto de Windturn City, dizendo que prometeu que ia mandar pro cliente tal e tal coisa, e que eu tinha que preparar.
No exato momento em que desliguei o celular, TODAS as luzes do quarto se apagaram. Trevas. Era um sinal do destino. Bem, na verdade era porque eu esqueci de deixar o cartão-chave do quarto naquele slot que fica perto da porta e mantém as luzes acesas.
Lá pelas dez da noite chegou a comida que pedi: uma salada e um suco. Acontece que o copo de suco estava furado e fez uma lambança infernal na sacola. E o marmitex da salada também estava furado e acabei "temperando" minha perna direita todinha com o molho, enquanto tentava comer.
Por volta das onze eu, finalmente, terminei o trabalho. Só faltava enviar para o líder do projeto. Adivinha se a internet do quarto funcionou...
Desisti e fui dormir.
No outro dia, lá pelas oito, consegui me arrastar para fora da cama. Me vesti e fui arrumar a mala. Ao me agachar para pegar algumas roupas no chão, ouço o som da minha calça se rasgando...
Basicamente, o rasgo foi tão grande que a calça quase se partiu em duas. Tive que ir trabalhar com um visual meio cowboy: camisa social, sapato social... e calça jeans.