Feriadão no Rio

Jesus abençoe essa mulher bonita minha...
Lembram que no começo do mês foi feriado de Finados? Pois é. Eu, Bethania e um casal de amigos iríamos aproveitar a ocasião para ver o Cirque du Soleil no Rio, e de quebra fazer um turisminho básico. Sim, porque volta e meia eu estou no Rio, a trabalho; sendo assim, o máximo de diversão que eu consigo ter nestes casos é um cooper "Primo versus velhinhos" em Copacabana...

Murphy resolveu aparecer também: o tempo ficou chuvoso todos os quatro dias e o vôo das meninas (de BH pro Rio) entrou no meio do caos dos controladores do tráfego aéreo, e elas acabaram tendo que vir de ônibus. Mas apesar disso a gente conseguiu se divertir um bocado.
A idéia era ficar na casa de uns amigos, na Barra, e gastar todos os programas turísticos ultrabásicos: Cristo, Pão de Açúcar, Ipanema, Leblon, Lagoa Rodrigo de Freitas e demais cenários de Páginas da Vida. Bethania também queria fazer umas coisas mais radicais, como (glup!) saltar de asa delta da pedra da Gávea, mas o mau tempo acabou não deixando.
Foi um sossego só esse feriado. O esquema era acordar, sair pra passear, almoçar em algum lugar legal, passear mais, depois entornar um vinhozinho e ir dormir suando em bicas. Sim, meu amigo... no Rio faz calor, muito calor.

Finzinho de tarde em Grumari
No sábado teve a apresentação do Cirque. Pra evitar mais dores de cabeça com o ingresso (lembram?), resolvemos passar na bilheteria com três horas de antecedência. Mesmo assim, fiquei meia hora na fila, já que a fila era única pra quem queria comprar ou apenas retirar ingressos já comprados (meu caso). Aí, pra não deixar meu ódio pelo Ticketmaster morrer, no exato momento em que eu cheguei no guichê pra ser atendido, a menina se levantou e foi saindo, dizendo: "Hoje eu não atendo mais". Aí tive que voltar pra fila e esperar a outra atendente gastar mais 15 minutos vendendo ingresso pra dois velhinhos, antes de ser atendido.

Panorâmica da zona norte...
Mas no final valeu o esforço: o show do Cirque foi de cair o queixo. O chato foi os spoilers: as propagandas do Bradesco que passavam na TV mostraram trechos de quase todos os números. E quando estávamos em Buenos Aires, na lua-de-mel, acabamos pegando um trecho do Jornal Hoje (não pergunte como) que mostrou um número de mímica inteiro. Era um dos melhores números do espetáculo, que perdeu o efeito surpresa por causa disso.

... e panorâmica da zona sul.
Mas isso não desmereceu o show: sobraram boas surpresas nas mais de duas horas de espetáculo. Uma delas (cuidado... vou contar... não diga que não avisei) é a malabarista, que começa a fazer aquele número manjadíssimo de malabarismo com três bolinhas. Sim, aquele mesmo que qualquer moleque de sinal de trânsito faz. Só tinha um detalhe: ela fez isso enquanto sapateava no ritmo da música. E depois, no gran finale, ela fez um malabarismo com nada menos do que nove bolinhas. Não fosse na vida real e eu diria que ela estava usando um cheat.
Além do show, fizemos bastante turismo gastronômico no Rio: conhecemos a famosa Cafeteria Colombo (onde você só consegue um garçom se for bem insistente) e o Outback, com sua famosa Blooming Onion. E ainda teve bastante vinho na casa dos nossos anfitriãos. O Rio, além de quente, engorda...


Bethania e seus All-Stars no piso centenário da cafeteria (esq.) e a cebola semidestruída, no Outback (dir.)