Casório tá chegando: Faltam 32 dias...

Semana passada eu ganhei um presente de casamento da minha finada mãe: foi uma correção de saldo de FGTS dela, do antigo Plano Verão, que saiu numa decisão judicial. Eu, minha irmã e meu pai tínhamos direito a receber uma parte do valor, só precisávamos ir numa agência da Caixa pra receber.

Hoje eu fui numa agência tentar sacar o dinheiro. Fiquei quarenta e cinco minutos na fila do, er... caixa da Caixa, e ele me disse que não estava liberado. Aí fiquei mais quarenta e cinco minutos na fila do guichê do FGTS. A mulherzinha me atendeu e, meia hora depois, me disse que não podia liberar o saque enquanto eu não comprovasse o vínculo empregatício da minha mãe com as empresas onde ela trabalhou... em 1970. "A carteira de trabalho dela serve", me disse a atendente.

Observe que eu precisava de um documento de uma pessoa morta há quase dez anos, para comprovar algo completamente inútil: afinal, teriam as empresas recolhido FGTS pra minha mãe apenas por caridade, sem que ela trabalhasse nelas? A atendente achava que sim. Pra piorar, meu pai já tinha conseguido, em outra agência, liberar o saque da parte do dinheiro que era dele sem essas canseiras.

O problema só se resolveu quando eu virei pra atendente e disse que não levantaria daquela cadeira enquanto ela não liberasse o saque.

No total eu fiquei duas horas e meia na agência. Agora, só preciso voltar semana que vem, encarar novamente a fila de 45 minutos do caixa, e tirar o dinheiro...