Alô criançada, 2006 chegou...
O reveillon foi a tradicional bagunça de sempre na Serra do Cipó.
Logo após a virada, a primeiríssima coisa que fiz em 2006 foi tomar um banho. Do champanhe cidra que um amigo estourou em cima de mim.
No dia 02 de janeiro eu já tinha viajado quase 700 km em 2006...
Numa estimativa por baixo, eu devo percorrer mais de 50 mil quilômetros até o final do ano.
A minha lista de resoluções para o ano novo é essa aí embaixo:
- 1024x768
- 800x600
- 640x480
Exercitando um pouco a futurologia. No mundo da tecnologia, em 2006...
- Alguém (infelizmente) vai comprar o Opera
- A Microsoft e o Google vão levar um susto com um cara que andou correndo por fora em 2005.
- 2006 será o ano do boom da Web 2.0, que tem potencial para impulsionar uma nova... bolha de internet.
Previsões mais profissionais aqui e aqui.
E como ainda estou verborrágico hoje, vamos falar de música.
O maldito - e genial - Fatboy Slim
Sabe esse careca aí embaixo?
Esse cara produzia discos muitos bons, como o Better Living Through Chemistry, mas nem era assim tão famoso. Aí por alguma razão ele fez um disco chamado You've Come a Long Way, Baby, cuja faixa número 2 era uma bomba chamada Rockafeller Skank. Ela começava com uma voz masculina repetindo algo em inglês que se parecia muito com "cheque não, mãe! Eu sei que sou pobre..."
Aí fudeu tudo.
Como, na época, essa coisa toda de música eletrônica estava começando a pegar, The Rockafeller Skank simplesmente devastou Billboards, pistas de dança, listas de mais vendidos e pá. Como ele mesmo disse num dos discos, Fatboy Slim is fucking in heaven. E aí veio o terceiro disco, que teve o mesmo impacto de um segundo disco de uma banda ótima ou de um Matrix Reloaded... ou seja, foi uma bosta.
Halfway between the gutter and the stars é um disco chatérrimo, cheio de ego trips e de parcerias com seres medonhos da música, como Macy Gray, a cantora que deveria ver um fonoaudiologista em vez de fazer shows. Eu me senti roubado quando comprei este CD e não consegui ouví-lo de uma vez só até o final.
Foi por isso que eu nem pensei em comprar o Palookaville, o disco subsequente. Nele, o careca até tentou voltar à velha forma (vide as faixas Slash Dot Dash e Jingo) mas já era tarde demais.
No entanto, por alguma estranha razão, o cara aí ainda acerta a mão como DJ. Acerta muito. Tirando o On The Floor At The Boutique, disco mixado que fica inaudível depois da sexta faixa, seus DJ sets são inacreditáveis de bons. Mas bons mesmo. O cara toca o créme de la créme da dance music, é automaticamente divertido.
Tanto que me causam uma sensação singular, como se eu estivesse fazendo alguma coisa errada ao ouvir seus sets. Como se eu fosse diabético e estivesse escorrendo o conteúdo de uma lata de 5 litros de leite condensado diretamente dentro da minha boca. É uma delícia mas eu não deveria estar fazendo aquilo.
E ele tá vindo em Belo Horizonte mês que vem. E eu vou ver.
(Nota: falando em DJs... muita coisa boa pra baixar no site especializado em música mixada chamado Blentwell. Tudo a zero reais.)