Fim de semana, extended version
E desde quinta-feira eu estava sem trabalhar devido a um "buraco" de agenda. Aproveitei as horas vagas para, basicamente, duas coisas: dormir e jogar Doom 3.
Por sinal é engraçado notar que o Doom 3 é o produto de um investimento de milhares de dólares e de um esforço minucioso para criar uma experiência desagradável: o jogo é escuro, claustrofóbico, satânico e lhe prega sustos de cinco em cinco minutos. Mas por alguma estranha razão eu não conseguia largar o maldito...

Cena típica do Doom 3 onde você pode ver... nada direito.
O final de semana teve uns filmes também:
Plano de Vôo - Jodie Foster faz uma mãe traumatizada que "perde" a filha num avião, durante um vôo internacional. O filme é bem eficiente, e a trama dá umas guinadas interessantes. Numa hora você acha que ela é doida mesmo, noutra parece que é tudo uma conspiração, e essa indecisão mantém o suspense até o final. Só a Jodie Foster que já está meio enrugada...

Um dia eu ainda vou voar nesses aviões de cinema, com tanto espaço que dá pra correr pelo corredor...
O Jardineiro Fiel - Esse é o tal "filme de Hollywood dirigido pelo brasileiro Fernando Meireles". Só por isso já era pra ser uma prova de fogo pro cara, meio que seu "cartão de visitas" na direção de filmes norte-americanos. E ele se saiu muito bem. O Jardineiro tem uma trama complexa, inteligente e muito bem contada, em grande parte graças ao estilo de filmagem e a excelente performance dos atores. Até mesmo os assuntos cliché, como a situação do povo na África ou a ganância da indústria farmacêutica, ganharam fôlego novo pela forma inovadora de serem abordados. Nota 10 pro Meireles.

Ralph Fiennes, o diplomata/jardineiro, em um de seus (muitos) momentos "panguá"
Mas teve também a "bomba"...
Menina dos Olhos - Esse doeu. Doeu por ter sido dirigido pelo Kevin Smith, que tinha no seu portfólio uns filmes ótimos como Dogma ou "O Balconista". A história é manjadíssima: Ben Affleck é um pai solteiro que perde a carreira bem sucedida de Relações Públicas de celebridades para poder criar a filha.
Inacreditavelmente, o Kevin Smith, o mesmo Kevin Smith que inovou com cenas geniais em O Balconista, se rendeu nesse filme às mesmas cenas pré-cozidas que todo mundo já está cansado de ver. Exemplo: aquela onde o Ben Affleck briga com a filha. Depois aparece a menina na escola, com olhar melancólico, sentada no balanço, com uma música triste ao fundo. Eu pensei: "Ótimo, agora aposto que vai cortar para o pai, também melancólico". E foi exatamente o que aconteceu. O final do filme também foi o ápice do previsível: Ben Affleck tinha que escolher entre ir a uma entrevista do emprego dos seus sonhos (mas que faria com que ele se distanciasse da filha) ou participar - Deus que me perdoe - do teatrinho infantil da filha na escola. Adivinhem qual ele escolheu?...

Ben Affleck e a filha. Por quê, Kevin Smith, POR QUÊ?!??
Uma curiosidade: no meio de toda aquela merda, fiquei surpreso com a atuação de Liv Tyler que, apesar de coadjuvante, estava bem acima do que eu esperava.
O fim de semana serviu também para coisas úteis. Uma delas foi resolver coisas do casamento, que agora já tem data: 12 de agosto. Não, não é "agosto de Deus", é sério mesmo.