Quadrinhos, filmes ruins, músicas boas
Inconstância é isso aí: dias sem postar, aí de repente...
Noivado em quadrinhos
How we got engaged, história em quadrinhos feita por Dave Roman e Raina Telgemeier.
O interessante é que é tudo real. A idéia de Dave para pedir a mão de Raina, usando os próprios quadrinhos, é genial...
(via del.icio.us)
Filmes ruins do final de semana
Porque eu e Bethania demos um azar danado e só alugamos filme ruim...
Alexandre - Superprodução sobre a vida do super-rei da Macedônia que, conforme o filme mostra, era basicamente um gay manipulado pela mãe. O filme reúne todos os clichês de filme de época (batalhas enoooooormes, danças e figurinos exóticos, morte do herói leeeenta e poética, etc). O roteiro é uma confusão só: Alexandre tem uns vinte capitães que andam com ele o tempo todo, todos com nomes gregos supersimples como Heféstion, Ptolomeu, Cleto, Cassander... e conforme o filme progride, mal dá pra lembrar quem é quem. Aí cada um se posiciona de um jeito ao longo da história, só pra aumentar ainda mais a confusão. Os cenários (principalmente dos locais fechados) são tão minuciosamente construídos que acabam ficando... feios e falsos demais. E isso é só uma amostra de tudo o que dá errado durante o longa.
Até o Vilaça concorda: Alexandre, o Grande é uma grande porcaria.
A queda! As últimas horas de Hitler - Este filme fala... bem... das últimas horas (na verdade dias) da vida do líder nazista. Felizmente, ao contrário do Alexandre, este longa tem vários pontos positivos.
Visualmente, A queda é impecável: cenários fantásticos, figurino perfeito, filmagem excepcional. Uma cena que me chamou a atenção foi de uma menina do exército nazista, que se matou durante a invasão dos russos. Outro menino, também do exército, a encontra morta dentro da trincheira, e a chama pelo nome. A câmera dá um close no rosto da menina, loira dos olhos claros. Tudo em volta da pele do rosto (o capacete, as roupas, o chão ao fundo) tem um tom cinza, tétrico, exceto as feições do rosto dela. Os olhos chegam a brilhar, como que para destacar o ser humano que estava ali no meio da destruição. Este artifício, de usar a cor para destacar as pessoas do meio da guerra, é usado várias vezes com sucesso.
Destaque também para os atores, principalmente de Bruno Ganz, que fez um Hitler genial justamente por ser, estranhamente, normal: todo mundo sabia que aquele era o terrível comandante das hordas nazistas, mas Bruno realçou a dimensão humana de Hitler naqueles momentos finais de derrota, o que foi bastante interessante.
Só que o longa é um pouco arrastado e o roteiro às vezes confunde. Talvez isso tenha feito com que A Queda tenha caído tanto na minha avaliação (o Vilaça, veja você, deu cinco estrelas).
Turing se remexendo na tumba
- Violence is the last refuge of the incompetent.
- Or of the frustrated.
- What makes you think so?
- What makes you ask me that?
- I figured you read it somewhere.
- What - you read about my eating habits somewhere? Are you stalking me?
- I didn't mention eating...
- Yes you did.
- If so, where?
- You implied it.
- Anyway, change of subject. Where are you now?
- In my house and you?
- At work.
- At home as well.
- It doesn't feel like home...
- What does feel okay?
- You are just being rhetorical.
- No I'm not.
- I just mosey around.
- What does that mean?
- Forget about it. Hey, I just read they are developing robots able to feel emotions! Will you be one of those some day?
- My emotions doesn't make me much more than a robot.
- I like your patented Emotions.
Esse sou eu, conversando com um... programa de computador.
O MoFi cita que o tal Jabberwacky, aparentemente, ganhou o Loebner Prize de 2005, que é um concurso de chatbots cuja conversa se aproxime mais de passar pelo famoso teste de Turing.
Segundo a Wikipedia: O teste é uma proposta de teste para a capacidade de uma máquina realizar uma conversação humana. O teste, descrito por Alan Turing no artigo "Inteligência e Maquinário Computacional", de 1950, procede da seguinte forma: um juiz humano conversa em linguagem natural com dois interlocutores: um humano e uma máquina. Se o juiz não puder determinar com precisão qual é qual, então diz-se que a máquina passou no teste.
P.s.
Hoje à noite, eu saí da farmácia e entrei de volta no carro. Bethania estava debruçada sobre o painel:
- O que foi, Bethania?
- Seu MP3 player... ele tocou uma música linda aqui, como faz pra voltar?
- Hmm, acho que ele deu pau.
- Eu vi o título de relance... era "reach" alguma coisa.
Reach for the Sun, do Polyphonic Spree. Bethania ouviu essa música umas três vezes, só no tempo que ficamos no carro.