Tou aqui ouvindo o pessoal chegar no escritório:

- Olá fulano, como foi o fim de semana?
- Foi molhado...

Sai a neve, vem a chuva: começou sexta à noite e a previsão é que ela vá até terça. Que beleza viu...

Sábado

Durante o dia fomos tomar chuva em Toronto: deixamos o carro num estacionamento e compramos um passe do metrô para perambular pela cidade. Passamos a tarde no Royal Ontario Museum. O museu é enorme, são três andares de exposições variadas: dinossauros, coisas egípcias (incluindo uma múmia de verdade), artefatos greco-romanos, história natural e mais uma pá de coisa.

À noite fomos ao Esplanade Bier Market, um lugar especializado em cervejas. O menu tinha cerveja de dezenas de países... mas nenhuma brasileira. O garçom passou e perguntamos o porquê. A resposta dele:

- É porque não existe cerveja brasileira boa.

Depois disso eu teria me levantado e ido embora na mesma hora. Mas éramos muitos e o pessoal acabou ficando.

Tinha música ao vivo: uma bandinha-padrão tocava um pop-padrão para uma platéia animada que se espremia em frente ao palco. Acabei sendo arrastado pra lá e fiquei tempo suficiente pra ver algumas bizarrices:

Tinha um cara peidando no meio do público. Volta e meia formava-se uma rodinha vazia em meio à multidão por causa das bufas que o cara soltava.

Um outro mané estava dançando com um óculos estilo Elvis... com costeletas postiças penduradas nas hastes do óculos.

Quase no fim do show fiquei surpreso ao ver uma cena genuinamente brasileira: uma senhora, gorducha, vendendo rosas no meio da multidão. Fiquei ainda mais surpreso quando a véia foi para a frente do palco e começou a tirar a roupa. Bem, na verdade ela só tirou as duas blusas de frio que usava e depois ficou levantando uma das duas saias para a vocalista. Medo.

Quando o show acabou, a vontade de dançar do pessoal ainda não tinha passado, então acabamos indo mais uma vez (a anterior tá aqui) na Guvernment. Bethania entrou e ficou uns 10 minutos embasbacada com o lugar, as luzes e as drog... digo, a animação do pessoal.

Dessa vez o som estava mais pro lado do trance, o que automaticamente significa que de cinco em cinco minutos vai ter um break no meio da música. Só que o DJ da noite se empolgou demais e a cada break ele cismava de fazer alguma coisa: fazia uns scratches estranhos, parava a música por completo pro público ficar gritando... até que ele entrou numa egotrip e ficou DEZ MINUTOS com o som parado, fazendo apenas uns barulhos medonhos com o sampler. DEZ MINUTOS de "Bzzzz!! Bzzzzzzzzzzzzz! Bzzz! Bzz!".

Ficamos pouco mais de uma hora lá dentro e fomos embora.

Domingo

A programação original do domingo incluía um passeio em Toronto Island e, depois, um joguinho de baseball no Rogers Centre, com os ingressos gratuitos que eu havia ganhado.

Deu tudo errado: a chuva não deixou irmos em Toronto Island. E quanto ao jogo de baseball... bem, eu confundi o horário: achei que era às seis e descobri às três que o jogo era uma da tarde.

Só deu pra almoçar e ir no Pacific Mall para um momento muamba. Meu pai havia pedido uma câmera digital e acabei comprando uma uma Fuji A345. É uma câmera point-and-shoot, sem firulas avançadas pra confundir os usuários mais básicos, mas com qualidade de gente grande: 4.1 megapixels, zoom ótico de 3x, etc. Perfeita.