E tome foto
Porque aqui no primo é assim: numa semana não tem foto nenhuma. Na outra tem milhares.
Certifique-se de ter clicado em cada um dos links deste post. Modéstia à parte, as fotos estão boas...
Sexta
À noite, eu e Bethania começamos o fim de semana enrolando brigadeiro para a festa-surpresa de aniversário para um de nossos housemates. Fizemos uma bagunça no carpete do quarto, já que, pela surpresa, não dava pra usar a cozinha.
Depois era hora de sair. O plano era tentar, novamente, achar um bar de jazz. Mas não foi dessa vez...
Acabamos indo parar num restaurante vizinho, chamado Red Violin, especializado em coisas latinas, inclusive rodízio à brasileira. Na entrada, a funcionária perguntou:
- Oh, are you brazilians?
- Yes - dissemos nós.
- I know some words... bom dia, boa tarde, obrigado, calaboca...
O lugar estava fechando e só deu tempo de ver um pouquinho da banda que tocava salsa e de rir de um cara, de terno e gravata, que insistia em dançar como um epilético.
Sábado
O sábado marcou o início oficial da maratona pelas atrações turísticas oficiais de Toronto. A primeira delas foi a Casa Loma, um castelo que pertenceu a um tal Henry Pellatt, comerciante ricaço do início do século. O coitado do Henry acabou falindo e a casa foi vendida a preço de banana.
O que eu gostei mesmo na Casa Loma foram duas coisas:
O órgão Wurlitzer. O diabo do órgão é a vapor, mas tem timbres de piano, xilofone, celesta, um kit completo de percussão e efeitos sonoros, totalizando 18 instrumentos diferentes.
O guia turístico eletrônico. Você entra num dos quartos e vê uma plaquinha com um número. Aí é só discar o número no aparelho que uma simpática voz de guia turística lhe fala alguma coisa sobre o local.
Ah, e a piada da vez era que o Sir Henry Pellatt construiu a casa naquele local só pra ter uma boa vista da CN Tower...
Falando em CN Tower, foi pra lá que nós fomos depois. Trocadilhos à parte, foi o maior passeio que fizemos até agora aqui no Canadá. A vista lá de cima é simplesmente espetacular.
Ainda fomos ver o famoso "chão de vidro", a 342 metros de altura. Era muito engraçado ver as pessoas andando pelo chão, medrosas, ou ver todo mundo sair correndo quando alguém resolvia começar a pular...
Pra tornar tudo ainda mais bonito, subimos até o SkyPod, o ponto "habitável" mais alto da torre, a 447 metros do chão. E, de lá, ficamos vendo o pôr-do-sol e a cidade anoitecendo (mais fotos aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)
E na saída da CN Tower eu vi esta propaganda, simplesmente genial, do Royal Ontario Museum. É sobre uma exposição chamada "dinossauros com penas e a origem do vôo". Volta e meia eu levo um susto com a competência do marketing aqui no Canadá.
Depois voltamos pra casa para a festa de aniversário-surpresa, com direito a velinhas, balões, brigadeiro e conversa fiada até de madrugada.
Domingo
Continuando a maratona de atrações turísticas, fomos ao Toronto Zoo, pra matar a vontade que Bethania tinha de conhecer um urso polar. O zoológico é enorme: não deu pra andar nem metade dele porque também queríamos ir no Ontario Science Centre.
O passeio no OSC também foi bastante divertido, porque as experiências são bastante interativas: muitos botões pra apertar, coisas pra ler, vídeos pra ver. Até entramos na fila do gerador de Van Der Graaf pra tirar uma foto com o cabelo arrepiado. Mico total: além de nós, só tinha criança na fila...
Depois de passar pelo zoológico e pelo OSC, deu pra perceber que os canadenses tem uma preocupação crescente com o futuro: a preocupação evidente da administração do OSC é que as crianças que visitam o lugar tenham uma experiência divertidíssima com a ciência, pra que possam vir a se tornar os cientistas de amanhã.