Turismo no trabalho
Hoje foi um dia de turismo no trabalho: visitamos dois grandes pátios de ferro-velho. Vimos pilhas enormes de sucata e ouvimos as histórias dos funcionários.
Uma delas é curiosa: o supervisor de um dos pátios vivia preocupado com o sumiço dos capacetes de segurança. Às vezes ele comprava uma dúzia de capacetes e no fim do mês todos haviam sumido. Desconfiado de que os funcionários andavam fazendo coleção de capacete em casa, ele teve uma idéia: encomendar capacetes na cor rosa choque.
Nenhum deles sumiu desde então...
Devido a tanta atividade ao ar livre acabei batendo meu personal frio record: sensação térmica de -15 graus celsius (por causa do vento) no alto de um maquinário de uns 12 metros de altura. Minhas orelhas começaram a doer de frio e eu não sentia meus lábios direito.
Mais tarde fomos almoçar com um funcionário brasileiro, chamado Guile, que nos deu carona até o restaurante. O Guile foi falando com o Ryu:
- O som desse carro é muito bom, cara. Tem até um CD aqui que eu gosto de usar pra testar o som, saca só.
- Que disco é esse? - perguntei, enquanto ele apertava o play
- Dire Straits...
E aí começou a tocar "Money for Nothing" no último volume. Guile e Ryu, no banco da frente, iam sorridentes, balançando a cabeça. Além desse acabei ouvindo mais dois CDs brasileiros durante o trajeto: o da banda Cálix e o novo disco do Skank.
Quando estávamos voltando, o disco do Skank começou a tocar uma das prediletas de Bethania; "Amores imperfeitos". Aí a saudade bateu forte, conforme o Samuel Rosa ia cantando:
Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação...