O Primo recomenda - Moça com brinco de pérola
Eu sei que estou mais de um ano atrasado nesta recomendação mas ela vai mesmo assim.
Quando vi o trailer deste filme, senti uma vontade muito grande de vê-lo por causa de um fator em específico: a fotografia. "Que diabos, parece uma pintura em movimento", pensava eu.
O Pablo Vilaça, minha referência par o bom cinema, disse em sua crítica:
Porém, até mesmo estes aspectos técnicos da produção empalidecem frente à fotografia espetacular do português Eduardo Serra, que se inspirou na obra de Vermeer ao conceber o belíssimo esquema de luzes e cores do projeto. Criando enquadramentos extremamente elegantes, Serra e Webber tomam grande cuidado com os detalhes: veja, por exemplo, a cena em que Griet observa a camera obscura no ateliê do patrão e perceba a disposição impecável dos objetos de cena, a incidência da luz e o equilíbrio do plano: o resultado é tão maravilhoso que poderíamos perfeitamente imprimir aquela tomada em uma tela e pendurá-la em qualquer museu do mundo. E o melhor: este não é um exemplo isolado; não há um só plano em Moça com Brinco de Pérola que não pareça ter sido exaustivamente preparado por Eduardo Serra.
O grifo aí no final é meu, porque foi exatamente o que eu percebi nos instantes iniciais do filme. Griet, a personagem de Scarlet Johansson, começa o filme cortando verduras para uma salada. Aquela primeira cena, das diversas verduras em cima da mesa, davam, sozinhas, um quadro belíssimo. Eu achei que estava viajando, porque não ia dar pro Eduardo Serra fazer "pinturas" com TODAS as cenas do longa... mas foi exatamente o que aconteceu.
Contudo, a imagem não é nada sem conteúdo: As atuações de Johansson e Firth são fabulosas, a intimidade entre seus dois personagens fica cada vez mais explícita à medida em que ambos não conversam, por não haver mais necessidade. Os inúmeros diálogos não-verbais dos dois ficaram muito bem representados.
Aí, pra bichar o final de semana, eu tinha que pegar um filme ruim.
O Primo NÃO recomenda - Anjos da Noite - Underworld
Eu nem vou gastar meu teclado com este filme, vou apenas reproduzir um diálogo entre eu e minha irmã, enquanto assistíamos:
- Putz, mas essa mulher atua mal demais, credo! Como será que botaram uma mulher tão ruim de serviço pro papel principal?
- Deve ser mulher do diretor.
- Que nada... não pode ser.
Aí o filme acabou e eu vi que a direção era de Len Wiseman, marido de Kate Beckingsdale, a atriz principal. Acho que já expliquei o suficiente, né?
Se precisar de mais argumentos, veja a crítica de duas estrelas do Pablo Vilaça.