Coisas atípicas
9:30 da manhã. Eu no elevador, subindo para uma reunião.
A porta se abre em um andar e, no hall, vejo umas cinco pessoas equilibrando-se num pé só e com os braços para cima.
Ginástica laboral é isso aí.
13:20, eu voltando do almoço, a pé.
Na rua tem um carro de luxo, com o alarme disparado. Mas ao invés da sirene de sempre, o alto-falante do carro tocava, bem alto, uma gravação:
"Atenção, atenção! Este carro está sendo ROUBADO! Favor ligar para 0800..."
17:45, todos no fim de sexta-feira aguardando a hora de ir embora.
Um dos muitos funcionários que trabalham aqui na sala colocou Credence pra tocar no seu computador. Eu olhei para o Rudy:
- Ei, vamos tacar músicas nos nossos notebooks também. Só pra zoar.
Ele botou Ozzy Osbourne, eu botei Oliver Ho, e o Excêntrico ficou todo excitado e já foi aumentando o volume das caixinhas de som do seu micro:
- Me aguardem... olha essa, olha essa!
E no momento que ele teclou ENTER, o micro travou.
- Maldição! E eu não tinha salvo o texto que estava no Word!
17:55, desci para pegar um suco de manga na vending machine.
Uma das funcionárias daqui, que vive cruzando comigo pelo corredor mas que eu não conheço, me parou na escadaria da saída:
- Ei, você viu que eu te adicionei no meu Orkut né? Depois a gente troca uma idéia...
18:48, fazendo hora e ouvindo techno no notebook.
Coloco pra tocar um dos clássicos do hard techno: Jeff Mills - Alarms. Ao ouvir, uma colega de trabalho exclama:
- Ué, essa música é boa hein!
Alguém gostar dos meus hard technos é, de longe, o fato mais atípico do fim de semana. Disparado.