Tava vendo aqui, proibiram menores nas LAN Houses do Rio. A alegação é que o CounterStrike estimula a violência e aquela papagaiada toda.

Aí eu pensei uma coisa... o problema disso é cultural.

A violência, como também o consumismo, são coisas moralmente questionáveis, mas que acabaram se entranhando na cultura de tal forma que não dá pra simplesmente culpar um jogo. A culpa é do sistema, que permitiu que a violência virasse coisa normal. Afinal, preocupar-se com ladrão e botar alarme no carro virou coisa normal, em vez de ser percebida como o absurdo que é.

E tem outra: Imagine um moleque de 16 anos. Sua educação foi muito boa, seu senso moral é bom. Este moleque tem uma série de frustrações e medos, naturais devido a sua idade. O alívio psicológico que ele encontrou para suas frustrações é a agradável sensação de vitória que ele tem quando enfia uma bala no crânio de um terrorista do CounterStrike. Mas o que dá esse prazer a ele não é o fato de ele ter "virtualmente" matado alguém, é o fato dele ter tido a habilidade de mirar corretamente e atirar no momento certo.

Resumindo, acho que em vários casos o que atrai gente para jogos violentos não é a violência, e sim o desafio do jogo. Nesse caso, matar alguém no CS pode ser tão atraente quando ganhar uma corrida de Formula 1 em rede...