Na quinta à noite ficamos sem telefone em casa, o que significa, entre outras coisas, que não ia ter internet, Enemy Territory e tudo o mais.

Fazer o quê, acabei fuçando no micro e encontrei uma pasta de backups, com um arquivo zipado...

...cheio de músicas que eu havia composto há cinco anos atrás.

São músicas num formato "antiquado" (XM, eXtended Module, se você quer saber), pobres de beleza melódica ou de timbres bonitos... mas ricas de recordações.

Rachei de rir com composições como a "Pagode has gotta DIE", um digital hardcore que fiz em protesto contra a má qualidade musical da época. Ah, como a coisa piorou tanto em tão pouco tempo... tinha uma chamada Thaty, que eu nunca terminei, era pra uma menina, uma loira lindíssima, que estudava comigo na PUC. Ouvir a música fez recordar direitinho o que eu sentia quando via a diaba da mulher... bons tempos.

Tinha uma chamada "The Edge", que, conforme os comentários que deixei dentro do arquivo, era uma música "muito estranha, como anda a minha cabeça". Putz, comparada com as esquisitices que faço nos Bit Cousins, é fichinha...

Tinha outra, chamada "Fallen"... putz, me lembro direitinho, compus porque estava chateado, a minha "visão" da vida na época havia caído e eu percebi que o mundo é um grande poço de problemas e gente problemática. Quanta infantilidade... o mundo não mudou muito, mas em compensação, a minha cabeça tosca...

E tinha a incrível "Pseudogirlfriend", que compus porque estava enrolado com uma menina (que depois namorei por quase um ano)... nos comentários, dentro do arquivo, eu prometia um "remix" se ficasse com ela. Eu até comecei a fazer o remix (chamado "no pseudogirlfriend", haha!), e fiquei até assustado com uma looonga e bonita introdução de piano que botei na música. Não havia notado o quanto meu sentimento por ela na época era profundo... putz, parece uma eternidade.

Inclusive, essa é uma das razões pela qual eu jamais faria uma música para minha namorada atual. Qualquer tentativa de expressar o quanto eu a amo não iria demonstrar nem 10% do que sinto de verdade...