Eletronika Telemig Celular - Dia 1
INFRA-ESTRUTURA: Realmente, a utilização do teatro como "club" ficou boa, tem uma arquibancada pro pessoal sentar e um bom espaço pra quem quer dançar. Deu pra ver o espaço do "Eletronika Parque", todo coberto com plástico transparente. Muito legal!
PRODUÇÃO: Um erro horrível: no livreto com a programação do evento não há uma grade dividida por dia, como no site, e as atrações de hoje estão no livreto como se fossem de sexta!! Erro feio.
Mas vamos ao que interessa:
DJ Léo Mille: Perdi, cheguei muito tarde.
Roger Moore e convidados: Uma boa surpresa pra noite! Mistura de DJzice com percussão e guitarra. O show ficou mais para a instrumentação acústica do que para o trabalho do DJ, mas me surpreendeu: som maduro e inteligente. E bem brazuca, mas sem ufanismo. Pela primeira vez eu gostei de um trabalho eletrônico-acústico.
Otto: Quando eu e o Primo entramos de novo no teatro, o show já tinha começado e o teatro subitamente entupiu de gente. O Otto é uma "gracinha" no palco: pergunta se tá tudo bem com a platéia, se o show tá bom, manda um monte de abraços pro pessoal da organização... e canta inspirado, de olho fechado e tudo. O som da banda surpreende: muito bem tocado. Mas o que mais me surpreendeu foi o feedback do público, como se Otto fosse Deus... como se as letras do tipo "pelo engarrafamento eu vejo o mundo/cheio de pessoas e sinais" fossem o ápice de genialidade. Mas o batuque do Otto convenceu, e todos dançaram. Destaque para as músicas "Pelo Engarrafamento" e "Renault/Peugeot" (nessa última eu até animei, tamanha a paulada sonora que eles deram na coisa), e para o baixista que estava IDÊNTICO ao Lenny Kravitz.
Rainer Trüby: Esse foi interessante. Primeiro, logo que o show do Otto terminou, TODO MUNDO saiu, ficou bem pouca gente no teatro quando o Rainer começou a tocar. E ele começou tocando um monte de coisas com influência brasileira, umas neobossas e coisas assim, e a pista só esvaziando. Apesar da cara do Rainer parecer ser a de quem está se lixando pro povo, logo logo a neobossa virou um "breakbeat" diferente, sem NADA brasileiro, e a pista encheu de novo, com direito a gritinhos da platéia e tudo o mais. Uma boa diversão para dançar, mas nada muito surpreendente vindo de um cara tido como um dos melhores do mundo, elogiado por LTJ Bukem, etc.
Kruder e Dorfmeister: A gente só viu o Kruder (ou o Dorfmeister, sei lá). Ele começou tocando uns breaks/house que começaram a ir demais pro lado "JOVEM PAN" da música eletrônica. A platéia adorou, eu e o meu primo ficamos entediadíssimos enquanto sentávamos na arquibancada e víamos a platéia aos gritinhos. A técnica do cara é boa, ele sabe sondar e se corresponder com o público. Pena que o som não foi surpreendente...
No mais, amanhã promete!! Esperem o próximo relato...