Crianças mortas
O post da Beta me lembrou uma coisa...
Eu sempre tive uma paixão mal-resolvida por medicina e tal. Mas nunca tive coragem de encarar o vestibular, aí fui mexer com computador mesmo. Daí, outro dia estava na casa do primo, cujo irmão é médico recém-formado (e foi convocado pra servir o Exército na Amazônia, coitado), e dei de cara com um livro de obstetrícia. E enquanto ouvia um dos discos do Galaxy 500, folheava o livro e via a parte de gravidez incompleta, descolamento de placenta, aborto, essas coisas.
Cheguei numa parte que dizia possíveis métodos para a retirada de um feto morto de dentro do útero. Mal pude acreditar no que eu lia... os métodos eram:
Quebrar a clavícula ou a bacia do feto e retirar (pra ele passar com facilidade). Se não me engano eram esses os ossos.
Decapitar o feto, já que a cabeça é o que dificulta mais a saída
Esquartejar (isso mesmo) o feto, partí-lo em pedaços e retirá-los.
E por último, os piores: esmigalhar o crânio do feto pra ele poder passar ou simplesmente perfurar o crânio e sugar o cérebro pra reduzir o volume intracranial.
É claro que você pode pensar pelo lado de "é apenas um corpo sem vida", "você faz a mesma coisa com frangos na hora do almoço", mas me desculpem, eu ainda não me desvinculei tanto assim da cultura ocidental que considera bebês a coisa mais linda e frágil do mundo. E talvez eu, que me orgulho da minha grande capacidade de conseguir desvincular completamente o meu lado emocional quando necessário, me considerei inapto para a medicina.
Jardinagem é melhor. Lá o esquartejamento chama-se apenas "poda".