Previsão do (novo) tempo
A PC World publicou as opiniões de alguns especialistas, ou gurus da tecnologia, sobre o que eles acham que o mundo precisa em termos tecnológicos, e também o que o próximo ano, de fato, terá. Sem ler a reportagem, eu diria:
José Carlos Tinoco
Bacharel em Ciência da Computação e Analista de Sistemas do Banco Mercantil do Brasil
Os atentados de 11 de setembro levantou uma grande necessidade: segurança para transmissão de dados na Net. A necessidade de segurança é antiga, mesmo porque nunca foi completamente satisfeita. De fato, nunca haverá sistemas imunes à hackers. O que se pode esperar de 2002 é algum avanço em protocolos criptografados ou coisas do tipo, para ao menos dificultar ações maliciosas. Outra necessidade, filha de uma necessidade cada vez maior de espaço em disco nos computadores, é a de uma mídia que seja espaçosa como um DVD mas prática e universal como um disquete. As necessidades de 2002 giram em torno da intercomunicação fácil, prática e segura.
Minha previsão para o que teremos, de fato, em tecnologia, cai bem para o mercado. Com a popularização da banda larga, várias tendências podem se solidificar: hosting e execução remota de aplicativos, distribuição digital de filmes, CDs... até a moda dos reality shows pode cair na rede pelos olhos de webcams. No segmento de hardware, a computação móvel está em alta: a briga entre os filhos do Palm e os recém-chegados handhelds com Windows CE tende a aquecer o mercado. Para o mercado de software, vale a máxima do Chacrinha: "quem não se comunica, se estrumbica". A Microsoft entra forte com a plataforma .NET que, pela insistência (quase monopolista ) da gigante de Gates, deve vir pra ficar e causar reações de amor e ódio entre os desenvolvedores. Mas os filhos de Linus Torvalds, que andavam meio calados na segunda metade de 2001, podem vir com surpresas no ano que vem.