Macumba veicular
Quem me conhece sabe do meu azar com carros. Meu último carro, um Uno, foi batido três vezes, roubaram meu CD Player dentro da minha própria garagem, fora os inúmeros golpes de azar que se abateram sobre o pobre carrinho.
Daí troquei de carro, comprei um Fiesta. Conforme a propaganda da Ford, uaaaau! O carrim é bom. E achei que tivesse me desfeito do azar junto com o velho carro. Mas o azar tá comigo mesmo.
De cara, a válvula de um dos pneus não funciona, não dá pra calibrar o bichinho, tenho que trocar. Quando o carro completou 1000 quilômetros rodados, algum infeliz fez o favor de encostar algo na porta do motorista e arranhou-a toda. Tudo bem...
Daí hoje eu estou entrando no estacionamento do meu serviço, e a aura negativa de destruição veicular começou a se manifestar...um vento vindo sabe-se-lá-de-onde começou a soprar violentamente, sacudindo as árvores e levantando uma poeira danada. Estou eu alegremente a manobrar meu carro para colocá-lo debaixo de uma mangueira (por causa da sombra) quando, subitamente... ka-POW!!!
Um galho se soltou e caiu exatamente em cima do capô do carro ao lado do meu. Os arranhões brancos recém-fabricados faziam contraste com a lataria preta do Escort, vítima do ataque aéreo. Eu gelei. O vento continuou.
Puxei o carro mais para trás, numa vaga longe da árvore, mas perto o suficiente para o sol da tarde fazer sombra sobre o carro. O vento ficou mais forte e dessa vez começaram a cair as mangas. Uma delas (Ka-POU!!) foi direto no capô de outro carro. Resolvi deixar o carro no sol, porque a macumba hoje tava braba... no fim das contas, quando eu saía do estacionamento, o vento parou.
Na saída do estacionamento tem um pé de jaca. Adivinha se eu passei debaixo dele...