Passeio no Ceasa
Estive no CEASA hoje de manhã. Cara... todo belorizontino que se preze deveria ir pelo menos uma vez ao CEASA.
O CEASA é um lugar muito divertido. O trânsito lá, apesar das placas, é mais ou menos livre. Todos os lugares são imeeeensos. Dentro dos "hipermercados" para atacadistas, há pilhas e pilhas de caixas que vão até o teto (que deve ter uns 15 metros de altura). As empilhadeiras são elétricas e fazem um zumbido robótico, e seus braços desdobram-se, atingindo uns 10 metros de altura. E os pilotos destas empilhadeiras são uma atração à parte, manobrando no meio dos estreitos corredores e passando a centímetros das prateleiras, com uma pilha de caixas de "Leite Integral Nova Manhã", de uns 900 Kg, suspensa a 5 metros do chão.
No meio do CEASA tem uma feira coberta de frutas e verduras. Este local tem o carinhoso apelido de "pedra", o que forma frases interessantes, tipo "Ei, vou ali na pedra comprar cenoura".
E as pessoas que lá trabalham são bastante simpáticas e pelo menos parecem gostar de estar lá. Não são como os otários daqui do banco que só sobrevivem se jogarem na Mega Sena toda semana e sonharem que vão ganhar. No CEASA as pessoas se preocupam com coisas mais simples. Sorria, e eles lhe sorrirão de volta. Chame-os de "amigo", sem aquela falsidade social diária, e você termina num bate-papo sobre o jogo do fim de semana. Ah, e devido ao alto grau de "carregação" de caixas, ninguém lá é obeso. Os corpos esguios e os braços grossos na pele mestiça e nos olhos enrugados das pessoas que são verdadeiramente brasileiras.