É, agora eu sou um cara honesto e compro MP3 online. É mais barato do que você imagina.

Mês passado tinha o seguinte na minha sacolinha:

Kid Koala - Some of my best friends are DJ's

Eu tinha que comprar um disco do Kid Koala depois de ouvir "Like Irregular Chickens" no Pandora. Afinal, um cara que faz uma música usando scratches de um cara imitando uma galinha merece todo o meu respeito (?!).

Some of my best friends... acabou não preenchendo completamente a minha necessidade porque eu esperava um disco mais chutadinho, mais corrido, virtuoso, sei lá. Talvez eu quisesse que Kid Koala fosse mais um Mixmaster Mike do que um DJ Shadow. No entanto isso não desmerece o disco, que continua sendo muito bom justamente por ser inovador e muito bem-humorado. Destaque para "Skanky Panky" e "Flu Season": esta última é deliciosa, foi feita com scratches de um cara espirrando (?!??).

Belle and Sebastian - The Life Pursuit

Os caras do B&S tinham um problema sério: fazer um disco melhor que o Dear Catastrophe Waitress...

Bethania tem um tio que toca oboé na orquestra sinfônica, é músico profissional, toca meia dúzia de instrumentos com um pé nas costas. Um dia desses ele foi lá em casa pra assistir os Lost's que eu baixei da internet e acabou ouvindo o Medulla, da Bjork, que estava estrategicamente colocado no som da sala. Ele pediu uma cópia do CD pra ouvir melhor. Como sobrou espaço no disco, eu copiei também o Dear Catastrophe Waitress.

Acertei na mosca: ele adorou... parece bobagem mas eu fiquei orgulhoso de mim com isso. Foi como que um teste da grandeza do Dear Catastrophe..

Mas voltando ao assunto: No Life Pursuit, os caras do B&S desviaram do tom mais "baladinha" do disco anterior e fizeram faixas com muito mais prato batendo, vocal aberto, guitarra comendo. O resultado foi um disco que não "bate" de cara como o Dear Catastrophe.., mas que vai crescendo a cada audição. Está cada vez mais provado que o B&S é mais uma daquelas bandas "constantes", que sempre lançam discos, no mínimo, muito bons.

Architecture in Helsinki - In Case We Die

Taí uma banda estranha. Muito estranha. Os arranjos das músicas são, no mínimo, incomuns. As letras tem uma psicodelia engraçada. Os vocais são feitos num estilo "criança pequena que tomou um LSD do pai hippie por engano". O conjunto do disco tem um caráter meio "felicidade de menino pequeno filho de artista plástico".

Na verdade, eu não faço a menor idéia do que escrevi no parágrafo anterior. É porque eu não sei o que pensar do In Case We Die. Ou ele é uma viagem errada, ou uma peça artística genial, ou uma mistureba de sonoridades que não gostam uma da outra. Ou tudo isso, ou nada. E vice-versa. Sacou? Pois é.